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terça-feira, 28 de junho de 2016

OS EFEITOS DO ÁLCOOL

OS EFEITOS DO ÁLCOOL

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1. INTRODUÇÃO
No início a utilização de bebidas alcoólicas pelas sociedades estava muito ligada à prática religiosa, pois acreditava-se que elas facilitavam o contato com os deuses. Ainda hoje, de forma diferenciada, o álcool serve de símbolo para muitas religiões. Outro sentido para o uso de alcoólicos era a sua utilização tanto como dissipador de preocupações e dor e como elemento abortivo.
Nos primórdios da civilização o teor alcoólico era baixo, pois somente existiam bebidas fermentadas. Com a revolução industrial, foram desenvolvidas bebidas destiladas como o uísque (usquebaugh - água da vida), as quais possuem um teor extremamente alto, gerando inúmeros malefícios ao corpo humano. Acompanhando a revolução industrial, as bebidas fermentadas também passaram a conter um grau etílico maior, aumentando o número de dependentes em álcool.
O alcoolismo decorre do uso prolongado, geralmente entre 20 a 25 anos, de substâncias alcoólicas. Nesta fase o hábito de consumir a bebida já está relacionado ao ritmo de vida do indivíduo, sendo muito difícil convencê-lo a parar de ingeri-la. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a partir de 2010 será a doença que mais causará vítimas fatais no mundo.
2. EFEITOS NO CÉREBRO
Acreditar que o álcool é somente um estimulante é um grande engano. Ele, num primeiro momento, ao agir diretamente no lobo frontal do cérebro, desinibe o indivíduo, modificando sobremaneira seu comportamento social, mas sua principal característica é provocar a depressão.
Seus efeitos podem ser observados em três fases:
Na primeira o indivíduo, via de regra, perde seu senso moral, seus medos e inibições, passando a se comportar conforme pendores íntimos que estavam reprimidos pelas Leis do Estado e pelos costumes vigentes no grupo social em que se relaciona. Se tinha comportamento tímido, passa a se soltar, principalmente em relação ao sexo oposto. Se era quieto, torna-se loquaz.
Na segunda, pode ocorrer falta de coordenação motora, descontrole dos reflexos, descontrole emocional e agressividade. Isto explica a mudança brusca de comportamento, visualizada geralmente quando ocorrem atos de violência após o consumo de bebidas alcoólicas. Muitos pais de família, que fazem uso de alcoólicos, ao retornarem ao lar acabam por extravasar seus pendores de violência na esposa e nos filhos.
A terceira é caracterizada pela depressão, condição em que o indivíduo reclama de tudo e de todos, da vida, do salário e normalmente extravasa suas angústias por meio de lágrimas. Ocorrem também problemas digestivos como: vômitos, diarréias, dores de cabeça, sono, mal estar geral, coma etc. Esta fase é mais perigosa, pois a depressão alcoólica pode levar ao suicídio, principalmente em alcoolistas que, ao retornarem à realidade percebem que não conseguiram ficar sem a bebida. Este sentimento de fracasso é agente impulsionador do comportamento suicida.
3. A DEPENDÊNCIA
Denomina-se alcoolismo a dependência à bebida alcoólica, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, com progressiva tolerância à intoxicação produzida pela droga e desenvolvimento de sintomas de abstinência, quando o consumo é interrompido. Os sintomas mais comuns no caso de uma crise de abstinência são sudorese, aceleração cardíaca, insônia, náuseas e vômitos. Num estado mais avançado, ela se caracteriza como delirium tremens, causando confusão mental, alucinações e convulsões.
Inicialmente o alcoolista era discriminado, sendo tratado como um ser de personalidade fraca. Na Inglaterra até o final do século XIX, o nome de quem se excedia na bebida era publicado nos jornais, gerando um enorme constrangimento. Mas com o avanço da ciência e dos tratamentos, chegou-se à conclusão de que o alcoolismo é uma doença, potencialmente forte e destruidora do caráter do indivíduo, que faz de tudo para ter satisfeita a sua vontade de beber: mente, rouba, trai, seduz.
O alcoolismo gera deterioração psicológica e física. O indivíduo, aos poucos, pela perda dos neurônios, tem sua capacidade mental reduzida, descuida-se da sua apresentação, torna-se impontual e tem a concentração nas atividades corriqueiras limitada.
Para esta doença não há cura, o que existe é um tratamento ininterrupto, para que jamais ocorra novamente o consumo, sob risco de retornar todo o prazer em sorver os alcoólicos, colocando a perder todo o tratamento já realizado.
HISTÓRICO DE UM ALCOOLISTA
EVENTO IDADE
1º DRINQUE 12-14
1ª INTOXICAÇÃO 14-18
1º PROBLEMA LEVE 18-25
1º PROBLEMA GRAVE 23-33
INÍCIO DO TRATAMENTO 40
MORTE 55-60
Fonte: Trabalho realizado pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande - Centro Regional de Estudos, Recuperação e Prevenção de Dependentes Químicos.
4. O ÁLCOOL E A SOCIEDADE
Impulsionado pelos costumes sociais, pela tradição das festas e comemorações múltiplas, o homem não se dá conta de que o álcool é um dos maiores males que existe na face da Terra. É agente impulsionador da violência, possui inúmeras doenças atreladas ao seu uso abusivo e está entranhado em quase todas as ocasiões em que um grupo humano se reúne, como se fosse impossível conversar, trocar idéias, tomar decisões na vida particular ou em sociedade, sem estar com um copo na mão.
Aliado ao baixo custo de produção, tornando-o uma droga acessível a qualquer grupo social, e às políticas de governo pouco eficazes no combate ao seu consumo indiscriminado, ele se torna um verdadeiro destruidor de vidas, carreiras e da sociedade.
5. CONSIDERAÇÕES
Para se verificar o grau de envolvimento de um indivíduo com o consumo de bebidas alcoólicas utiliza-se observar a freqüência do consumo da substância por semana. Se a sorve apenas uma vez, é um bebedor social; se de três a quatro vezes, é um bebedor excessivo; mas se bebe todos os dias, é considerado bebedor dependente. Nem todo bebedor social vai ser um bebedor dependente, porém todo dependente um dia já foi bebedor social. Na fase da dependência, ele dificilmente sairá sem ajuda; é preciso solicitar auxílio a parentes, amigos e especialistas.
A maior dificuldade de se combater o uso abusivo de alcoólicos está na cultura do consumo, arraigada nas sociedades de quase todo o mundo, países onde o álcool é uma droga socialmente aceita. A maioria dos bebedores dependentes iniciam seu consumo por intermédio da própria família, principalmente pais e tios, que ao se reunirem em dias festivos, querem provar um ao outro que seus filhos são adultos suficientes para beberem com responsabilidade. Neste momento inicia-se uma caminhada rumo à dependência alcoólica que poderá levar até vinte e cinco anos e que poderá levar aquele jovem à morte.
6. O ÁLCOOL E O ESPÍRITO IMORTAL
Sobre esta substância química, consumida por grande parte da humanidade, Joanna de Angelis nos alerta que o seu uso reflete o declínio dos valores espirituais da sociedade, bem como é aceito como hábito social. Enfatiza que a viciação alcoólica inicia-se pelo aperitivo inocente, repete-se através do hábito social, impõe-se aos poucos como necessidade e converte-se em dominação absoluta pela dependência. Alertando que a desencarnação dá-se através do suicídio indireto, graças à sobrecarga destrutiva que o dependente de álcool depõe sobre o corpo físico. (Após a Tempestade).
Aqueles que têm consciência da sobrevivência do Espírito à morte do corpo físico podem compreender o perigo no hábito de consumir bebidas alcoólicas, uma vez que os seus efeitos transcendem os umbrais da morte, vão além dos danos causados ao corpo físico, instrumento de trabalho da alma reencarnada, que o devolve à terra após o desenlace, a morte. Esta substância deixa inúmeras marcas no corpo espiritual, o perispírito, e na mente do depende alcoólico, que refletirão na próxima encarnação.
Da análise do texto de Manoel P. de Miranda no livro "Nas Fronteiras da Loucura", psicografia de Divaldo P. Fralco, podemos concluir que a intoxicação alcoólica traz os seguintes prejuízos a quem a ela torna-se dependente:
1. Libera toxinas que impregnam o perispírito;
2. Introduz impurezas amortecendo as vibrações;
3. Entorpecimento psíquico;
4. Insensibilidade ao tratamento espiritual;
5. A dependência prossegue depois da morte;
6. As lesões do corpo físico refletem-se no corpo espiritual;
7. O perispírito imprime as lesões nas futuras organizações fisiológicas;
8. O perispírito plasma no novo corpo físico a pré-disposição orgânica.
("Nas Fronteiras da Loucura" - Manoel P. Miranda)
Na daquele autor espiritual, o indivíduo que faz uso de álcool e outras drogas se transforma em perigoso instrumento dos espíritos inferiores, pois alimenta a si mesmo e a dois tipos de entidades que o obesediam: os viciados os que se alimentam dos alcoólicos e os que se aproveitam da fraqueza do obsidiado. Estas entidades, enfermas, trazem consigo um hálito mental desajustado, pernicioso, que trará inúmeras conseqüências ao alcoolista.
Se pudéssemos visualizar um ambiente onde se consomem substâncias alcoólicas, seja um bar, uma festa ou no próprio lar, estaríamos a observar diversas entidades espirituais viciadas em álcool a sorver fluidos alcoólicos que saem das vísceras dos bebedores. Por isso é que muitas vezes a indução para começar ou continuar a beber é extremamente forte, pois há um espírito induzindo-o constantemente ao consumo, somente desta forma ele consegue ter sua vontade saciada, tendo em vista não ser possível ao espírito desencarnado o consumo direto da substância.
Neste contexto, Emmanuel nos esclarece que: "O viciado ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daqueles, deixando o viciado enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos".
Como se manter longe das drogas?
Cultive um bom ambiente familiar, tenha em seu lar a visualização de um local de aprendizado para a vivência no mundo exterior, na vida em sociedade. Segundo Emmanuel, no livro O Consolador, a melhor escola de preparação das almas reencarnadas na Terra, ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter.
Mas, Joanna de Angelis aponta o caminho a ser buscado por todos nós: "Educação integral da humanidade com base no evangelho, chamando-nos a atenção para a finalidade da vida no sentido do progresso moral e espiritual"(Após a Tempestade).
Se conheces alguém que faça uso abusivo ou é dependente de álcool, ofereça-lhe ajuda através da Casa Espírita, onde ele poderá encontrar diversos tratamentos que o conduzirão a uma posição favorável ao não prosseguimento do uso, tais como o passe, a água fluidificada, as reuniões de desobsessão, as preces e os ensinamentos evangélicos com base no Evangelho de Jesus, bem como, encaminhe-o a uma entidade especializada no tratamento de alcoolistas, para que estas terapias, em conjunto, consigam auxiliá-lo em sua recuperação. Lembrando sempre que é imprescindível o acompanhamento médico, o tratamento ambulatorial jamais deve ser interrompido.
Referências:
Prevenção ao uso indevido de drogas: Curso de Capacitação para Conselheiros Municipais. Brasília: Presidência da República, Secretaria Nacional Antidrogas, 2008.
REVISTA SUPER INTERESSANTE. Inteligência. Qual o tamanho da sua? Ano 22, nº 8, São Paulo, Editora Abril, Agosto 2008
Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008.
Trabalho realizado pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande - Centro Regional de Estudos, Recuperação e Prevenção de Dependentes Químicos.
Apostila A prevenção de drogas à luz da ciência e da doutrina espírita - Reflexões para jovens e educadores, Rosa Maria Silvestre Santos.
Apostila - Drogas - Professora Ana Luisa Miranda Vilella.
Sites pesquisados:
www.senad.gov.br
www.cebrid.epm.br

Blog Vida Espiritista: Em torno do Alcoolismo

Blog Vida Espiritista: Em torno do Alcoolismo: Amigos, este é um tópico que diz respeito a muitas famílias no mundo. A nossa intenção aqui é fomentar considerações de como lidar com o alc...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

ALCOOLISMO

O Alcoolismo na visão espírita



Veja também os vídeos sobre Alcoolismo na seção:
- Vídeos Explicando o Mundo Espiritual.
Ou leia a mensagem completa + os vídeos no texto da coluna esquerda:
- Alcoolismo-Visão Espírita.


bebidas1

                  bebidas2

Pare de Beber.  A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual.
Alcoólicos Anônimos. A medicina atual ainda reluta - e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão.

Narcóticos Anônimos   
Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão.
De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carington, Price, na Inglaterra, até a outros  para-psicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia.
Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as “mentes desencarnadas”.
Jean Ehrenwald, psicanalista, chegou a publicar importante livro intitulado: Novas Dimensões da Análise Profunda, corroborando as experiências de Karl Wick-land em Trinta Anos Entre os Mortos.
Koogan, na Europa de hoje, acompanhado por vários pesquisadores, efetuou experiências de controle remoto da conduta humana pela telepatia, obtendo resultados satisfatórios.
Tudo isso nada vale para os que se obstinam na negação pura e simples, como faziam os cientistas e os médicos do tempo de Pasteur em relação ao mundo bacteriano.
As quadras de Cornélio Pires sobre a obsessão alcoólica não são apenas uma brincadeira poética.
Elas nos mostram - num panorama visto do lado oculto da vida - a própria mecânica desse processo obsessivo.
Espíritos inimigos, (que ofendemos gravemente em existências anteriores), excitam-nos o desejo inocente de “tomar um trago”.
Aceitamos a “idéia maluca” e espíritos vampirescos são atraídos pelas emanações alcoólicas do nosso corpo.
Daí por diante, como aconteceu a Juca de João Dório, “enveredamos na garrafa” e vamos parar no sanatório.
Os espíritos vampirescos são viciados que morreram no vício e continuam no mundo espiritual inferior, aqui mesmo na Terra, buscando ansiosamente os seus “tragos”.
Satisfazem-se com as emanações alcoólicas de suas vítimas e continuam a sugá-las como vampiros psíquicos.
Nas instituições espíritas bem dirigidas esse processo é bastante conhecido, e são muitos os infelizes que se salvam após um tratamento sério.
Nos hospitais espíritas as curas são numerosas.
Veja-se a obra do Dr. Inácio Ferreira: Novos Rumos à Medicina, relatando as curas realizadas no Hospital Espírita de Uberaba.
Não é só a obsessão alcoólica que está em jogo nos processos obsessivos.
Os desvios sexuais oferecem um contingente talvez maior e mais trágico do que o do álcool, porque mais difícil de ser tratado.
Tem razão o poeta caipira ao advertir que “álcool, para ajudar, é cousa de medicina”.
Só nas aplicações médicas o álcool pode ser usado como remédio.
Mas temos de acrescentar, infelizmente, que os médicos de olhos fechados para a realidade espiritual não estão em condições de atender aos casos de alcoolismo.
Os grupos espíritas e as associações alcoólicas obtêm resultados mais positivos, quando em tratamentos bem dirigidos.
* Sobre o autor: Pseudônimo utilizado por José Herculano Pires.

http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?codigo1=3271

ALCOOLISMO E OBSESSÃO
CONSEQÜÊNCIAS, IMPLICAÇÕES ESPIRITUAIS E TRATAMENTO
ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO – Londrina, PR

O alcoolismo e a Medicina
- Esteve em agosto de 1999 no Rio de Janeiro, para participar do 13o Congresso Brasileiro de Alcoolismo, o psiquiatra americano George Vaillant, autor do livro A História Natural do Alcoolismo Revisitada, fruto da maior pesquisa feita até hoje sobre o alcoolismo, em que pesquisadores da Universidade de Harvard acompanharam a vida de 600 homens.
Em sua obra e na entrevista que concedeu à revista VEJA de 18/8/99, Dr. Vaillant afirma que, ao contrário do que muitos pensam, não existe o gene do alcoolismo, mas sim um conjunto de genes que tornam o indivíduo vulnerável à dependência do álcool.
O alcoolismo é, na verdade, uma doença provocada por múltiplos fatores e condições sociais e que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é incurável, progressiva e quase sempre fatal.
Eis, de forma sintética, as principais informações e esclarecimentos dados por George Vaillant na referida entrevista:

1. O alcoolismo é um problema de dimensões trágicas ainda subdimensionadas e seu maior dano é a destruição de famílias inteiras.
2. Metade de todas as crianças atendidas nos serviços psiquiátricos vem de famílias de alcoólatras e boa parte dos abusos cometidos contra crianças tem raiz no alcoolismo.
3. Sem qualquer sombra de dúvida, o alcoolismo é uma doença.
É o resultado de um cérebro que perdeu a capacidade de decidir quando começar a beber e quando parar.
4. Não é possível detectar numa criança ou num pré-adolescente traço algum que permita antever que eles se tornarão alcoólatras.
“Alcoolismo cria distúrbios da personalidade, mas distúrbios da personalidade não levam necessariamente ao alcoolismo.”
5. A principal diferença entre alcoolismo e outras dependências diz respeito ao tipo de droga.
Opiáceos são tranquilizantes, mas o álcool é um mau tranquilizante, tende a fazer as pessoas infelizes ficarem mais infelizes e piora a depressão.
A pequena euforia que o álcool proporciona é sintoma do início da depressão do sistema nervoso central.
6. Do ponto de vista da sociedade, o álcool é um problema muito grave.
O alcoólatra provoca não somente acidentes de trânsito, mas problemas graves à sua volta, a começar por sua família.
7. As únicas pessoas que estão sob o risco de alcoolismo são as que bebem regularmente, mas, se nunca passar de dois drinques por dia, o indivíduo pode usufruir socialmente da bebida em festas, casamentos, carnaval, e não se tornar alcoólatra.
8. Há pouco a fazer para ajudar um alcoólatra, mas uma coisa é essencial: não se deve tentar proteger alguém de seu alcoolismo.
Se uma mulher encontra seu marido caído no chão, desmaiado sobre seu próprio vômito, não deve dar banho e levá-lo para a cama.
O único caminho para sair do alcoolismo é descobrir que o álcool é seu inimigo.
Proteger uma pessoa nessa situação não ajuda.
9. Não é papel da família tentar convencer o alcoólatra de que o álcool é um mal para ele.
Na verdade, em tal situação, a família precisa de ajuda, como a oferecida pelo Al-Anon, a divisão dos Alcoólicos Anônimos voltada ao apoio a famílias de alcoólatras.
10. A abstinência é fundamental no tratamento do alcoolismo.
Um alcoólatra até pode beber socialmente, da mesma forma que um carro pode andar sem estepe, ou seja, é uma situação precária e um acidente é questão de tempo.
11. Num horizonte de seis meses, muitos alcoólatras conseguem manter seu consumo de álcool dentro de padrões socialmente aceitos, mas, se observarmos um intervalo maior de tempo, vamos verificar que a tendência é ir aumentando gradualmente o consumo, até voltar ao padrão antigo.
Em períodos mais longos, normalmente, só quem para de beber não sucumbe ao vício.
12. Em 1995, uma substância, a naltrexona, foi saudada como a pílula antialcoolismo.
Vendida no Brasil com o nome de Revia, não se conhece ainda seu efeito a longo prazo.
Mas, em linhas gerais, drogas podem funcionar como apoio por, no máximo, um ano, visto que é muito difícil tirar algo de alguém sem oferecer alternativas de comportamento.
Usar essas drogas equivale a tirar o brinquedo de uma criança e não dar nada no lugar.
13. A terapia oferecida pelos Alcoólicos Anônimos é parecida com as terapias behavioristas, que pretendem obter uma determinada mudança de comportamento.
Mas, além de ser um tratamento barato e que dura para sempre, a terapia dos A.A. tem um componente espiritual importante.
Terapias ajudam a não beber, mas os Alcoólicos Anônimos dão ao indivíduo um círculo de amigos sóbrios, dão-lhe significados, amigos, espiritualidade.
“É o melhor tratamento que temos.”
14. Embora as estatísticas nesse campo não sejam precisas, sabe-se que cerca de 40% das abstinências estáveis são intermediadas pelos Alcoólicos Anônimos.

Consequências do alcoolismo
– Os efeitos do alcoolismo atingem não apenas a saúde do alcoólatra, mas igualmente a comunidade em que ele vive e, especialmente, sua família.
A) Seus efeitos na saúde:
Físicos – afecções como a cirrose hepática e cânceres diversos.
Mentais – perda da concentração e da memória.
Neurológicos – prejuízos na coordenação motora e o caminhar cambaleante.
Psicológicos – apatia, tédio, depressão.
B) Seus efeitos sociais:
Crimes – o número de homicídios detonados pelo álcool é surpreendente: em 1996, 41% em São Paulo e 54% nos Estados Unidos.
Acidentes de trânsito – em 1995, 30% de todos os acidentes com vítimas ocorridos no Brasil foram motivados pelo álcool. Dados mais recentes divulgados por Veja em 13/10/99 informam que 30.000 pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano no Brasil: metade é vítima de motoristas bêbados ou drogados.
Má produtividade no trabalho – além dos danos produzidos à empresa que paga o salário ao alcoólatra, o fato geralmente redunda na demissão e muitos não conseguem um novo emprego devido a isso.
Perda do senso do dever e dos bons costumes – falta ao trabalho, desemprego.
C) Seus efeitos na família:
Comprometimento dos filhos – 80% dos filhos aprendem a beber em casa, diz a psicóloga Denise de Micheli.
Desestruturação do lar – o desemprego gera as dificuldades financeiras e as discussões inevitáveis.
As separações conjugais – a mulher não agüenta as conhecidas fases da euforia: momice (macaco), a valentia (leão) e a indolência (porco).
A violência doméstica – 2/3 dos casos de violência infantil ocorrem quando o agressor está alcoolizado.

O alcoolismo na visão espírita
- A exemplo de André Luiz (Espírito), que nos mostra em seu livro Sexo e Destino, capítulo VI, págs. 51 a 55, como os Espíritos conseguem levar um indivíduo a beber e, ao mesmo tempo, usufruir das emanações alcoólicas, José Herculano Pires também associa alcoolismo e obsessão.
No capítulo de abertura do livro Diálogo dos Vivos, obra publicada dez anos após o referido livro de André Luiz, Herculano assevera, depois de transcrever a visão do Espírito de Cornélio Pires sobre o uso do álcool:
“A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual.
A medicina atual ainda reluta – e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão.
Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão.
De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carrington, Price, na Inglaterra, até a outros parapsicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia.
Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as mentes desencarnadas”.
A dependência do álcool prossegue além-túmulo e, como o Espírito não pode obtê-lo no local em que agora reside, no chamado plano extrafísico, ele só consegue satisfazer a sua compulsão pela bebida associando-se a um encarnado que beba.

Um caso de enxertia fluídica
- Eis como André Luiz relata, em sua obra citada, o caso Cláudio Nogueira:
Estando Cláudio sentado na sala de seu apartamento, aconteceu de repente o imprevisto.
Os desencarnados vistos à entrada do apartamento penetraram a sala e, agindo sem-cerimônia, abordaram o chefe da casa.
"Beber, meu caro, quero beber!", gritou um deles, tateando-lhe um dos ombros.
Cláudio mantinha-se atento à leitura de um jornal e nada ouviu.
Contudo, se não possuía tímpanos físicos para registrar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante.
O Espírito repetiu, pois, a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reafirmando uma ordem.
O resultado não demorou.
Viu-se o paciente desviar-se do jornal e deixar-se envolver pelo desejo de beber um trago de uísque, convicto de que buscava a bebida exclusivamente por si.
Abrigando a sugestão, o pensamento de Cláudio transmudou-se, rápido.
"Beber, beber!..."
e a sede de aguardente se lhe articulou na idéia, ganhando forma.
A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vagueava no ar.
O Espírito malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomilos, e indefinível secura constringiu-lhe a laringe.
O Espírito sagaz percebeu-lhe, então, a adesão tácita e colou-se a ele.
De começo, a carícia leve; depois da carícia, o abraço envolvente; e depois do abraço, a associação recíproca.
Integraram-se ambos em exótico sucesso de enxertia fluídica.
Produziu-se ali – refere André Luiz - algo semelhante ao encaixe perfeito.
Cláudio-homem absorvia o desencarnado, à guisa de sapato que se ajusta ao pé.
Fundiram-se os dois, como se morassem num só corpo.
Altura idêntica. Volume igual. Movimentos sincrônicos. Identificação positiva.
Levantaram-se a um tempo e giraram integralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o frasco de uísque.
Não se podia dizer a quem atribuir o impulso inicial de semelhante gesto, se a Cláudio que admitia a instigação, ou se ao obsessor que a propunha.
A talagada rolou através da garganta, que se exprimia por dualidade singular: ambos os dipsômanos estalaram a língua de prazer, em ação simultânea.
Desmanchou-se então a parelha e Cláudio se dispunha a sentar, quando o outro Espírito investiu sobre ele e protestou: "eu também, eu também quero!", reavivando-se no encarnado a sugestão que esmorecia.
Absolutamente passivo diante da sugestão, Cláudio reconstituiu, mecanicamente, a impressão de insaciedade.
Bastou isso e o vampiro, sorridente, apossou-se dele, repetindo-se o fenômeno visto anteriormente.
André aproximou-se então de Cláudio, para avaliar até que ponto ele sofria mentalmente aquele processo de fusão.
Mas ele continuava livre, no íntimo, e não experimentava qualquer espécie de tortura, a fim de render-se.
Hospedava o outro simplesmente, aceitava-lhe a direção, entregava-se por deliberação própria.
Nenhuma simbiose em que fosse a vítima.
A associação era implícita, a mistura era natural.
Efetuava-se a ocorrência na base da percussão. Apelo e resposta.
Eram cordas afinadas no mesmo tom.
Após novo trago, o dono da casa estirou-se no divã e retomou a leitura, enquanto os Espíritos voltaram ao corredor de acesso, chasqueando, sarcásticos...

Tratamento do alcoolismo
- Embora o alcoolismo tenha sido definido pela Organização Mundial de Saúde como uma doença incurável, progressiva e quase sempre fatal, o dependente do álcool pode ser tratado e obter expressiva vitória nessa luta, que jamais será fácil e ligeira.
Sintetizando aqui os passos recomendados pelos especialistas na matéria e as recomendações específicas do Espiritismo a respeito da obsessão, nove são os pontos do tratamento daquele que deseja, no âmbito espírita, livrar-se dessa dependência:
1. Conscientização de que é portador de uma doença e vontade firme de tratar-se.
2. Mudança de hábitos para assim evitar os ambientes e os amigos que com ele bebiam anteriormente.
3. Abstinência de qualquer bebida alcoólica, convicto de que não bebendo o primeiro gole não haverá o segundo nem os demais.
4. Buscar apoio indefinidamente num grupo de natureza idêntica à dos Alcoólicos Anônimos, que proporcionam, segundo o dr. George Vaillant, o melhor tratamento que se conhece.
5. Cultivar a oração e a vigilância contínua, como elementos de apoio à decisão de manter a abstinência.
6. Utilizar os recursos oferecidos pela fluidoterapia, a exemplo dos passes magnéticos, da água fluidificada e das radiações.
7. Leitura de páginas espíritas, mensagens ou livros de conteúdo elevado, que possibilitem a assimilação de idéias superiores e a renovação dos pensamentos.
8. A ação no bem, adotando a laborterapia como recurso precioso à saúde da alma.
9. Realizar pelo menos uma vez na semana, na intimidade do lar, o estudo do Evangelho, prática que é conhecida no Espiritismo pelo nome de culto cristão no lar.
A família que lê o Evangelho e ora em conjunto beneficia a si e a todos os que a rodeiam.
O recado de Cornélio Pires – No capítulo 1 do livro Diálogo dos Vivos, José Herculano Pires transcreve a resposta em versos que Cornélio Pires (Espírito) enviou a um amigo que o interpelou, através de Chico Xavier, sobre o problema do alcoolismo na visão dos Espíritos. Intitulada Informações do Além, a mensagem diz o seguinte:

“Recebi o seu bilhete,
Meu amigo João da Graça,
Você deseja do Além
Notícias sobre a cachaça.

O assunto não é difícil.
Cachaça, meu caro João,
Recorda simples tomada
Que liga na obsessão.

Você sabe. Aí na Terra,
Nas mais diversas estradas,
Todos temos inimigos
Das existências passadas.

Muitos deles se aproximam
E usando a idéia sem voz
Propõem cousas malucas
Escarnecendo de nós.

Nas tentações manejamos
Nossa fé por luz acesa,
Mas se tomamos cachaça
Lá se vai nossa firmeza.

Olhe o caso de Antoninha.
Não queria desertar,
Encafuou-se na pinga,
Hoje é mulher sem lar.

Titino, homem honesto,
Servidor de tempo curto,
Passou a viver no copo,
Agora vive de furto.

Rapaz de brio e saúde
Era Juca de João Dório,
Enveredou na garrafa,
Passou para o sanatório.

Era amigo dos mais sérios
Silorico da Água Rasa,
Começou de pinga em pinga,
Acabou largando a casa.

Companheiro certo e bom
Era Neco de Tião,
Afundou-se na garrafa,
Aleijou o próprio irmão.

Cachaça será remédio,
É o que tanta gente ensina...
Mas álcool, para ajudar,
É cousa de Medicina.

Eis no Além o que se vê.
Seja a pinga como for,
Enfeitada ou caipira,
É laço de obsessor.

Nas velhas perturbações,
Das que vejo e que já vi,
Fuja sempre da cachaça,
Que cachaça é isso aí.”

ESPIRITISMO - PROGRAMA TERCEIRA REVELACAO - 16 DIVALDO FRANCO - PERDAO D...

ADULTÉRIO

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No caso dos adultérios existe resgate ou reajuste dos espíritos?
Que informação tem o sentimento de culpa?
Qual o papel da vítima neste caso?
Se não houver escândalo é um mal menor?