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terça-feira, 8 de novembro de 2016

O BEM QUE ME FAZ

    O Bem que se Faz

    Quando a ingratidão te bater à porta, não digas: nunca mais ajudarei a ninguém! Quando a impiedade daqueles a quem beneficiaste chegar ao teu lar, não exclames: para mim, chega!

    Não sofras e nem te arrependas de ter ajudado.

    Nem reclames: e eu que lhes dei tudo!

    Não retribuas mal por mal, pois que assim, vitalizarás o próprio mal.

    bem que se faz a alguém é sempre luz que se acende na intimidade.

    Naturalmente, gostarias de receber gratidão, amizade, compreensão. Todos apreciamos experimentar os frutos da gratidão.

    Pensa que a árvore jamais pergunta a quem lhe colhe os frutos para onde os carregará ou o que pretende fazer deles.

    Ela se felicita por poder dar. Por se multiplicar através da semente que, atirada ao solo, o abençoa com novas dádivas de alegria.

    Segue-lhe o exemplo.

    Teus frutos bons, que produzam bons frutos além...

    Tuas nobres tarefas, que se desdobrem em tarefas superiores mais tarde.

    Fica com a alegria de fazer, de doar. Nunca com a idéia de colher reconhecimento ou gratidão.

    Porque esperar gratidão pode ser também uma espécie de pagamento.

    Sê tu sempre grato, mas não esperes pelo reconhecimento de ninguém.

    bem que faças, viajando sem parar em muitos corações, espalhará luz no longo curso da tua vida.

    Amanhã ou depois, nos caminhos sem fim do futuro, mesmo que não o saibas ou que o tenhas esquecido, esse bem te alcançará, mais formoso, mais fecundo.

    Assim, prossegue ajudando sempre. Observa como age a natureza:

    O rio não cogita de examinar as bênçãos que conduz em suas águas, nem interpela o solo por onde segue.

    Deixa-se jorrar, beneficiando a terra, a agricultura, as gentes.

    O perfume, bailando no ar, nada pede para se espalhar até onde possa.

    O grão não espera nadaalém de ser triturado, para se converter em alimento.

    O sol não escolhe lugar para visitar com luz, calor e vida.

    A chuva não tem preferência por onde espalhar vitalidade.

    Todos cooperam em nome da divindade, sem exigências e sem reclamações.

    São úteis e passam. Nada esperam, nada impõem.

    Age desta forma, tu também, e transforma-te num cálice de bênçãos, servindo sempre.

    Se a tristeza te visitar a alma, ante a ingratidão de tantos a quem doaste o que possuías de melhor, recorda o mestre de todos nós.

    Ele disse que estava no meio de nós, como aquele que serve.

    E, tendo derramado o seu amor, plenificando de vida a todos os que dele se aproximaram, recebeu na hora extrema a ingratidão do abandono.

    Mesmo assim, até hoje ele prossegue, convidando: vinde a mim.

    Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao pai senão por mim.

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