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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

CAUSOS DE CHICO XAVIER



a: Causos de Chico Xavier

A HISTÓRIA DA CHAVE

Com a saída do chefe da casa dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar em casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância. Aí começou a dificuldade.
Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras. A madrasta bondosa preocupou-se. Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar. Dona Cidália observou… observou… E ficou sabendo quem lhes subtraia os recursos da horta; entretanto, repugnava-lhe a idéia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.
Chamou, então, o Chico e lembrou. – Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria. Peça-lhe um conselho. Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como de outras vezes, a mãezinha apareceu. O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse: – Você diz a Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que são sempre pessoas de quem necessitamos. Será então aconselhável que ela de a chave da casa à amiga que vem lhe talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo, a vizinha ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.
Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação. Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira.
Fonte: Diário Espírita – Chico Xavier dia a diahttp://www.usesjrp.org/informativos/chico.php?indl=H#noreg

SE EU MORRER ANTES DE VOCÊ…

Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo…
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
-“Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!”
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
“Ser seu amigo, já é um pedaço dele…”
Autor: Chico Xavier

O GIGANTE DEITADO

Nascido em Ituiutaba (MG), em 1 de novembro de 1939 e tendo desencarnado em 25 de novembro de 1989, a vida de médium Jerônimo Mendonça foi um exemplo de superação de limites.
Totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, cego há mais de vinte anos, com artrite reumatóide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas por todo o Brasil a fora para proferir palestras.
Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado “O Gigante Deitado” pelos amigos e pela imprensa.
Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou de uma hemorragia acentuada das vias urinárias.
Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar.
– Doutor, será que podemos pelo menos levá-lo até Uberaba para despedir-se de Chico Xavier? Eles são tão amigos!
– Só se for de avião. De carro ele morre no meio do caminho.
Um de seus amigos tinha avião. Levaram-no para Uberaba. O lençol que o cobria era branco e quando chegaram a Uberaba estava vermelho, tinto de sangue.
Chegaram na Comunhão Espírita onde Chico trabalhava, mas ele não estava naquela hora, participava de trabalho de peregrinação, visita fraterna, levando pão e o evangelho aos pobres e doentes.
Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue, disse Chico:
– Olha só quem está nos visitando! O Jerônimo! Está parecendo uma rosa vermelha! Vamos todos dar um beijo nessa rosa, mas com muito cuidado para ela não se despetalar!
Um a um, os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração de energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome e assim permanecendo por alguns minutos.
Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou.
Ele que, fraco, havia ido ali se despedir para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica a pedido de Chico. Em seguida, veio a seguinte explicação:
– Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo?
– Não, Chico.
– Foi porque você aceitou o “coitadinho”. Coitadinho do Jerônimo, coitadinho… Você desenvolveu a autopiedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo fluidicamente interferiu no seu corpo físico, gerando a lesão. Doravante Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você.
Jerônimo sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia “fatal”. Venceu o “coitadinho”.
Que essa história nos seja um exemplo para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de autopiedade e esmorecimento.
Fonte: autor desconhecido.

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