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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ABUSO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS


Quando você planta uma mudinha de flor, qual é a sua primeira preocupação?
Um bom jardineiro dirá que a primeira providência deve ser tomada antes do plantio, no preparo do terreno, escolha do tempo certo, etc.
Mas a nossa pergunta é para você, pessoa comum, que não tem habilidades de jardinagem.
Talvez, mesmo sem ser um profissional da área, você conheça algumas providências básicas para que a mudinha cresça e dê flores.
Uma delas é plantar em terra fértil. Outra é cuidar para que o sol não a queime, a água não a apodreça, as pragas não a comam, as ervas-daninhas não a sufoquem.
Certamente você não colocaria sobre a sua plantinha, algum veneno que pudesse matá-la, não é mesmo?
Pois bem, fazendo uma comparação com a mudinha de flor e uma criança, podemos seguir o mesmo raciocínio.
Se uma planta merece nosso cuidado, um filho merece muito mais.
Mas, infelizmente, alguns pais, que não derramariam na planta produto que a destruísse, permitem que seu filho faça uso de um veneno que está cada vez mais popular entre crianças e adolescentes: o álcool.
Alguns pais permitem, outros incentivam.
Se você visse alguém derramando alguma substância nociva sobre a frágil plantinha, certamente diria: “isso é loucura!”
No entanto, você vê um pai ou uma mãe dando bebida alcoólica à criança, e considera isso um fato normal.
Estranho paradoxo, esse!
Hoje os problemas decorrentes do uso de bebidas alcoólicas têm preocupado governantes e muitos têm envidado esforços para conter essa epidemia.
Afinal, esse é um problema que ameaça os valores econômicos, políticos e culturais da sociedade.
Acarretam gastos com tratamento médico, internação hospitalar; provocam o aumento dos índices de acidentes de trabalho, de trânsito, de violência urbana, mortes prematuras, entre outros.
É realmente uma catástrofe de grandes proporções, pois os prejuízos não ficam somente no campo da economia.
Os danos morais e espirituais são ainda maiores.
As perturbações da personalidade do usuário, as lesões afetivas causadas nos familiares, os afetos destruídos, as esperanças despedaçadas, os sonhos ceifados, a infelicidade...
E assim, esse imenso jardim que poderia ostentar flores belas e perfumadas, apresenta flores amareladas, sem perfume, sem viço, sem esperança, de breve aparição no solo terreno...
Os perigos advindos dessa substância nociva chamada álcool, espreitam em cada esquina...
Os malefícios desse veneno vão destruindo a criatura lentamente, qual parasita que lhe rouba as forças e lhe impõe cada vez mais necessidade de uso...
A ação devastadora dessa praga cruel é lenta, mas decisiva...
Você, que consegue perceber a gravidade do assunto, pense com carinho a respeito disso.
Passe a observar quanto descuido paira sobre a infância desprotegida...
Perceba quanta indiferença pesa sobre a juventude desorientada...
E você, jardineira ou jardineiro a quem Deus enviou essas almas para fazê-las florir e dar bons frutos, certamente responderá, um dia, sobre a tarefa que lhe foi confiada.
Pense nisso, e não perca nem mais um minuto, pois em um minuto a situação pode fugir totalmente do seu controle.
Você sabia?
Você sabia que o uso e o abuso de bebidas alcoólicas está cada vez mais cedo na vida de crianças entre 9 e 12 anos de idade?
Justamente numa faixa etária em que o ser está em formação, tanto física quanto psicológica.
Por essas e outras razões é que precisamos, com urgência e determinação, salvar esse jardim em perigo.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

Chico foi Kardec? Contos e Causos Espíritas

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A PAZ


A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem tão precioso.
Mas, será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?
O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de maneira imprópria.
É muito comum se desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando dela ainda mais.
O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreveu, certa feita, uma mensagem que intitulou Ação de paz:
Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer contato esfogueante.
Indispensável saber preservar a tranquilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção dessa ou daquela dificuldade.
Decerto que, para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma por inércia.
Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.
Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer ideia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.
Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.
Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes que, provavelmente, jamais aparecerão.
Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do Espírito.
Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de que a intemperança mental não te precipite na vala da delinquência.
Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.
Se conservas o hábito de orar, recorre à prece nos instantes difíceis, mas se não possuis essa bênção, medita suficientemente antes de falar ou de agir.
Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.
As palavras lúcidas de Emmanuel nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.
Importante que, na busca pela paz, não venhamos a ser causadores de desordem e violência.
Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.
Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará com essa atitude.
E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a nossa.
*   *    *
A nossa paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.
Se mantivermos acesa a chama da paz em nossa intimidade, então podemos acreditar que a paz mundial está bem próxima.
Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.
Redação do Momento Espírita, com base em
mensagem do livro 
Urgência, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Em 17.

RENÚNCIA DE MÃE

 |  no texto   

ícone Renúncia de mãe
        O amor é o combustível que mantém acesa a chama da esperança.

        Pela tela da TV os rostos sofridos daquelas mães encarceradas expressavam essa realidade, de forma marcante.

        A repórter as entrevistava e elas davam as mais variadas e emocionantes respostas.

        Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o bebê que nasce na cadeia tem o direito de ficar com a mãe por quatro meses.

        Embora no Brasil essa legislação varie  de Estado para Estado, no caso da reportagem, após os quatro meses, as crianças seriam encaminhadas aos cuidados de algum parente que se dispusesse a assumir a missão.

        Já os bebês das presas que não têm parentes, devem ficar em um abrigo do Estado ou com uma mãe substituta.

        O que vale ressaltar de tudo isso, é o amor-renúncia, possível de ser observado em algumas das mulheres entrevistadas.

        O filho de uma encarcerada, que foi condenada por tráfico de drogas, foi embora mais cedo, por decisão dela mesma.

        Fiquei com medo dele sofrer, porque ele já estava me conhecendo. Eu saía e ele ficava me procurando, contou ela.

        As lágrimas contidas e a expressão de sofrimento eram evidentes no rosto daquela jovem mãe, que acariciava uma peça de roupa do seu bebê, que ficou como lembrança.

        Ela escolheu renunciar à alegria de ter o filho nos braços para evitar que ele viesse a sofrer por falta do seu carinho, ao qual certamente mais se acostumaria com o passar do tempo.

        Então preferiu que ele fosse embora...

        Somente quem ama de verdade é capaz de um gesto de tamanha renúncia...

        Pensar primeiro no ser amado, antes de pensar em si, é virtude pouco encontrada na face da Terra, onde o egoísmo ainda impera.

        E algumas daquelas mães, enquanto cumprem pena por seus delitos, já vivem o amor verdadeiro e livre.

        Estavam impedidas de transitar livremente, mas eram livres para amar. Livres do egoísmo que encarcera mais do que mil grilhões.

        A renúncia é uma face do amor que merece destaque, pois é a capacidade de abrir mão da própria felicidade em benefício da felicidade do ser amado.

        O exemplo máximo de renúncia que se conhece até hoje na Terra, foi o de Jesus de Nazaré.

        Ele renunciou à paz dos mundos celestes para mergulhar num corpo físico e habitar entre os homens, Seus irmãos a quem Se comprometeu ajudar.

        Talvez, motivadas por Seu sublime exemplo, mulheres oferecem colo e carinho a esses filhos do cárcere, mesmo sabendo que um dia terão que vê-los partir.

        Chamadas de mães substitutas, essas mulheres tentam suprir a falta do afeto materno que a criança sentirá, afastada da mãe, por força das circunstâncias.

        São mulheres e mulheres... Umas geram os filhos e outras geram a esperança para as que perderam a liberdade, por fraqueza.

        Muito mais do que o constrangimento imposto pelas grades, essas mães sofrem pela privação do convívio com o seu bebê.

        Sofrem a cada dia por não estar ao seu lado quando ele cair, para levantá-lo, pois estão tentando levantar a si próprias, das teias da criminalidade em que se arrojaram...

        Sofrem por não estar por perto quando o filho disser a primeira palavra, quando aprender a primeira letra... E esse é apenas um pequeno capítulo das suas vidas sofridas...
* * *
        O amor tem várias faces, e a renúncia é uma de suas mais belas expressões.
Redação do Momento Espírita, com base em matéria exibida no Programa Fantástico, da Rede Globo,  no dia 27/06/2004, intitulada Filhos do cárcere.
Em 19.05.2008.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

AS DOENÇAS NA VISÃO ESPÍRITA

As doenças na visão espírita

Marlene Nobre
para o programa Portal de Luz


O Espiritismo tem uma grande contribuição a oferecer à Medicina e às escolas que lidam com a saúde humana.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. O Espiritismo, porém, amplia essa visão e ensina que saúde é o estado de completo bem-estar biopsicossocioespiritual, pois leva em consideração os fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que influenciam o ser humano em sua passagem pela existência terrena.

Diferentemente da Medicina do Corpo, que ainda é exercida em larga escala nos dias de hoje, o Espiritismo descortina um novo modelo, o da Medicina da Alma.

No paradigma médico-espírita, o ser humano é um conjunto complexo, constituído de corpo físico, corpos sutis e alma; a prioridade, no entanto, na direção desse conjunto, é a da alma. Compete, pois, ao espírito imortal, a construção do seu destino terreno e, consequentemente, a da manutenção da sua própria saúde.

Segundo esses conceitos, o fato de uma pessoa não exteriorizar doença durante determinada fase da existência, pode não significar que ela esteja saudável. Assim, a criatura pode apresentar-se aparentemente saudável durante um período, mas já trazer no perispírito as marcas indeléveis da doença que eclodirá um pouco mais adiante, segundo a lei de ação e reação, que tem no tempo o principal fator desencadeante.

Segundo os princípios espíritas, a questão saúde-doença está profundamente vinculada à lei de causa e efeito, ao carma. André Luiz explica, no livro Ação e Reação, que carma designa “causa e efeito”, porque a toda ação corresponde uma reação. Quer dizer que está ligado a ações de vidas passadas. Assim, o carma seria uma espécie de “conta do destino criada por nós mesmos”, faz parte do sistema de contabilidade da Justiça Divina.

Segundo esse princípio, a criatura humana tem de dar conta de tudo que recebe da vida, de todos os empréstimos de Deus, patrimônios materiais, inteligência, tempo, afeições, títulos, e também do corpo físico, que lhe é concedido para o aperfeiçoamento espiritual. E será sempre assim, na roda viva da evolução espiritual em que deve se empenhar, tendo em vista a conquista de amor e sabedoria.

Aprendemos, com os Mentores Espirituais, que a percentagem quase total das enfermidades humanas tem origem no psiquismo. Assim, orgulho, vaidade, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da alma, que geram perturbações e doenças nos seus envoltórios, quer dizer, no corpo espiritual ou perispírito e no corpo físico.

Assim, no estudo de toda doença, é preciso levar o perispírito em consideração, mesmo porque a cura do corpo físico está diretamente subordinada à cura desse envoltório espiritual. Há exemplos importantes nos livros da coleção André Luiz que elucidam o nosso estudo. Vou citar apenas dois deles.

Vejamos o caso de Segismundo, em Missionários da Luz. Em vida passada, por causa de Raquel, ele tirou a vida física de Adelino com um tiro, que atingiu a vítima na altura do coração. Na vida atual, Segismundo renasceu como filho de Adelino e Raquel e trouxe, já na formação do seu corpo físico, o problema cardíaco que só se manifestará mais tarde, como doença do tônus elétrico do coração, após os 40 anos de idade.

As doenças, em geral, surgem relacionadas à idade em que as faltas foram cometidas.

Em outro livro, Ação e Reação, podemos acompanhar o caso de Adelino Silveira. No século XIX, Adelino era filho adotivo de um fazendeiro de grandes posses. Ambos eram muito unidos. Aos 42 anos, seu pai casou-se com uma jovem de 21 anos, a mesma idade de Adelino. Aconteceu, porém, que os dois jovens – Adelino e a madrasta – apaixonaram-se e ambos tramaram a morte do pai e marido. A pretexto de cuidar do pai enfermo, Adelino deu uma bebida forte ao dono da fazenda e depois ateou fogo ao seu corpo. Foi uma morte muito dolorosa. Depois de tudo consumado, Adelino casou-se, mas não conseguiu ser feliz, atormentado pelo remorso. No mundo espiritual, os padecimentos foram intensos e contínuos. Finalmente, arrependido, reencarnou no século XX como Adelino Silveira e, desde pequeno, teve seu corpo tomado por um eczema extenso, que o dominava quase por inteiro.

Como podemos observar, as ações praticadas vincam o nosso perispírito e se refletem no corpo físico que age como uma espécie de filtro das impurezas.

Assim, em matéria de saúde e doença, temos de levar em consideração as ações das vidas passadas e as da existência atual para que as nossas conclusões não sejam falhas ou incompletas.

Ao estudarmos esses casos, podemos constatar também o importante papel que a dor tem em nossas vidas. Segundo o benfeitor Clarêncio: Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.


Exibido em 22/09/2009

A QUEM JÁ ABORTOU

A Quem Já Abortou

"O mal não é uma necessidade fatal para ninguém, e não parece irresistível senão àqueles que a ele se abandonam com satisfação. Se temos a vontade de fazê-lo, podemos também a de fazer o bem..." —O Evangelho segundo o Espiritismo - Allan Kardec
A este respeito, diz o dr. Di Bernardi: "Cartazes acusando: "Aborto é crime!" só teriam valor se fossem lidos, exclusivamente, por quem ainda não tenha cometido nenhum ato desta natureza. Mas os cartazes estão lá, com finalidade preventiva, como que dizendo: "Se você não praticou o aborto, não o faça, porque é crime matar bebês não nascidos!"
Mas... e a quem já tenha abortado? O que dizer àquelas que já estão nas malhas do remorso, curtindo sufocante sentimento de culpa? O que dizer às parteiras e médicos aborteiros? O que dizer a quem tenha propiciado a interrupção de uma gravidez ou tenha induzido outra pessoa ao aborto? Estas, ao esbarrar em tais cartazes, têm seus sofrimentos muito mais agravados.
Há religiões e movimentos que infundem culpa em quem, por ignorância ou necessidade, tenha expulsado algum filho das entranhas. Estas religiões e estes movimentos devem ser arquivados nas empoeiradas prisões medievais, junto a outros instrumentos de tortura. Não vamos repetir erros passados. Esclarecimento associado a consolo carinhoso devem fazer parte do conteúdo de qualquer doutrina contrária ao aborto.
É preciso apresentar soluções — e não cobrança.
Ao invés de apontar o inferno às mães que desprezaram seus filhos, é preciso ter a mesma postura de Pedro, o Apóstolo: "Mas sobretudo, tende ardente caridade para com os outros, porque a caridade cobrirá uma multidão de pecados." (1.ª espístola, cap IV, vers. 8).
Já há dois mil anos, Pedro ensinava que, ao invés da opção da dor, podemos fazer a opção pelo amor. Construir muito mais do que já destruímos. Voltar pelos pântanos da vida para semear flores onde plantamos dores e, quando voltarmos a transitar pelos mesmos pântanos, encontraremos milhares de lírios resultantes da nossa semeadura.
A postura estática do remorso e culpa nos desarmoniza e, cada vez mais, nos projeta para o desconsolo das companhias trevosas.
Segundo um espírito amigo, de nome François Villon 'não se pode abrir as portas da culpa àqueles que estão perdidos no corredor escuro do erro, para que eles não caiam no fosso do sofrimento. É necessário iluminá-los com a tocha do esclarecimento e do consolo, para que enxerguem mais adiante, a opção do Trabalho e do Amor.'
Errar é aprender. Ao invés de se fixar no remorso, aproveitar a experiência como uma boa aquisição para discernimento futuro.
Agir na mesma área para crescer em créditos espirituais.
As amargas conseqüências pelos crimes não são castigos infligidos pela espiritualidade — e sim, reparações para com as Leis Universais objetivando o necessário equilíbrio das almas endividadas. Já foi dito que ninguém chega aos pés de Deus carregando uma mochila de erros.
É preciso também saber que a lei de causa e efeito não é uma estrada de mão única. É uma lei que admite reparações; que oferece oportunidades ilimitadas para que todos possam expiar seus enganos.
O débito cármico ocasionado pelo aborto provocado precisa ser desfeito por qualquer modo e quem não o desfizer através do Amor, terá de desfazê-lo através da Dor. Os meios através da Dor, podemos resumi-los rapidamente: Arrependimentos, remorsos, dores morais. Doenças adquiridas que não conseguem ser detectadas pela medicina comum. Morte prematura que serão consideradas suicídio. Longo tempo em profundo sofrimento na vida após a morte. Difícil reencarnação, geralmente se tornando um espírito abortável. Ao reencarnar, é possível não ter filhos, ou perdê-los ainda pequeninos ou ainda ter filhos portadores de anomalias graves.
Através do Amor é muito mais fácil o reequilíbrio de uma alma.
Segundo Pedro, "A caridade cobre uma multidão de pecados".
caridade pura e simples portanto, é o caminho para estas mães.
Não apenas para a mãe que buscou o aborto.
Mas também ao pai do mesmo bebê abortado.
Também ao "fazedor de anjo".
Também às amigas e parentes que induziram ou facilitaram o ato.
Também os pais, que obrigaram a filha ou a nora a cometê-lo.
A todos os que se viram, de uma maneira ou outra, envolvidos criminosamente na rejeição e expulsão de um espírito reencarnante.
O antídoto contra o mal do aborto é a caridade.
Mas não aquela caridade humilhante que faz o recebedor sentir-se ainda mais diminuído do que já é, e sim aquela que eleva quem oferece e não envergonha quem recebe.
Não aquela caridade de levar uma cesta à favela, regada à reclamação.
Não aquela caridade de fim de ano quando, para aliviar a própria consciência e poder festejar sem remorsos, distribui presentinhos às crianças — e pronto! sua obrigação está feita até o ano que vem!
Não aquela caridade vaidosa que convida jornal e TV para que o mundo saiba o quanto se é "bonzinho".
A caridade que cobre uma multidão de pecados é aquela que arregaça as mangas e vai trabalhar, de verdade, em benefício de pessoas necessitadas e em silêncio.
E, como o erro foi em conseqüência de um aborto provocado, onde se rejeitou uma criança, então a dívida poderá ser melhor e mais rapidamente saldada através de ajuda a crianças.
Mesmo que se tenha provocado um aborto, é possível quitar os débitos ainda nesta existência corporal, sem ter de passar pelos sofrimentos dos umbrais ou vales espirituais de dores, sem precisar passar pelas amarguras todas já descritas.
Por que não tentar?
Por que esperar a vida do lado de lá para, em sofrimentos superlativos, apagar uma mancha que poderá ser apagada de forma mais branda se for de maneira espontânea?
Por que não começar agora, já, aqui, nesta existência e reparar o erro, de maneira mais suave, à sua escolha?
Veja como:
1.- Oração:
Oração significa: Luz em ação.
Quem ora em benefício de alguém, esta mandando Luz para esta pessoa. Luz é o contrário de trevas.
Quem ora também anda dentro da Luz, porque é impossível acender uma fogueira e não sentir o seu calor, não se iluminar também.
Comece orando a Deus por seu filho — aquele que você rejeitou e que poderá estar em sofrimento, cheio de dores nalgum lugar do espaço. E poderá estar odiando você. Ele está precisando de orações para sentir alívio pelas dores morais e físicas que você lhe propiciou.
Ore também por outros bebês abortados.
Ore também por mulheres grávidas, para que não recorram ao aborto.
Ore a Deus, pedindo perdão pelo seu ato.
Ore pelas crianças abandonadas pelas ruas, enquanto não se decidir qual tipo de atividade deseja exercer em benefício delas.
Ore por todos os filhos do mundo inteiro: crianças, adolescentes, drogados, doentes, presidiários — e pelas mães doentes, pelas mães dos presidiários, pelas mães dos drogados, por todas as mães sofredoras.
Ore com sentimento, com calor no coração, evitando a frieza das preces decoradas.
E continuar orando pela vida afora por seu filho e por todos os filhos.
2.- Atividade benfeitora:
Fazer opção por uma atividade onde possa estar em contato direto, corpo a corpo com crianças necessitadas de carinho, de amparo, de colo, de cuidados pessoais em creche, em escola, em APAE, em hospital, em orfanato ou em quaisquer outras instituições que cuidam de crianças pobres, abandonadas ou doentes.
Mas é enfiar a mão na massa e não apenas construir um orfanato e deixar para outros a tarefa de lidar com aquela gente pequenina.
A atividade voluntária neste sentido, sem remuneração, fará com que os erros sejam reparados muito mais rapidamente. De acordo com certo autor espiritual, as horas de trabalho com crianças são contadas em dobro.
3.- Adoção:
Não há obrigatoriedade mas, se houver oportunidade, adote uma ou mais crianças e trate-as como verdadeiros filhos, sem diferença alguma entre eles e os seus filhos de sangue. Doe-se a uma criança abandonada ou sem mãe.
Muitas vezes, com a adoção, está se abrindo a mesma porta que foi fechada pelo aborto.
Por vezes, volta pelos inesperados caminhos da vida, ao mesmo lar, aquele que foi ontem rejeitado.
Se você, mesmo não tendo praticado aborto algum nesta vida, sentir-se inclinada à adoção, adote!
A adoção é, talvez, a maior obra de amor que alguém pode praticar.
4.- Amparo às mães:
Outras atividades que reequilibram carmicamente a quem tenha errado no sentido de desprezar um bebê não nascido, é no amparo às mães solteiras, mães miseráveis, mães que não têm condições de criar seus filhinhos.
Quantas mãezinhas estão necessitando de um carinho? De uma palavra de afeto? De um auxílio em forma de enxovalzinho? Em forma de comida?
Converse com elas. Oriente. Evite que elas abortem...
Costure, borde, faça enxovaizinhos a quem não tem como fazê-los.
Ampare uma destas criaturas. Ou mais de uma, de acordo com suas possibilidades.
Amparando mães você estará, automaticamente, propiciando vida melhor para um porção de crianças.
5.- Votos:
Faça votos de nunca mais vir a praticar algum aborto.
E cumpra estes votos!
Numa próxima gravidez, ame seu filho em dobro, para compensar aquele que, por ignorância, não soube valorizar.
É difícil a reconquista da paz interior ainda nesta existência, através da caridade? Através do trabalho cansativo em benefício de crianças necessitadas?
Não, não é!
É muito mais difícil a reconquista desta mesma paz através do sofrimento ainda nesta existência e em existências futuras.
Portanto, se você tiver débito a ser saldado, comece hoje!
Comece agora para que a morte não a encontre desprevenida.
A morte poderá estar por perto e você ainda não fez nada para se reequilibrar espiritualmente.
Enquanto não se decide, comece a orar.
Ore com entrega total.
E seja feliz tendo a consciência tranqüila.
LIMA, Cleunice Orlandi de. Depois do Aborto. DPL. (Trechos do livro).

O EFEITO DA CÓLERA

O Efeito da Cólera

Um velho judeu, de alma torturada por pesados remorsos, chegou, certo dia, aos pés de Jesus, e confessou-lhe estranhos pecados.
Valendo-se da autoridade que detinha no passado, havia despojado vários amigos de suas terras e bens, arremessando-os à ruína total e reduzindo-lhes as famílias a doloroso cativeiro. Com maldade premeditada, semeara em muitos corações o desespero, a aflição e a morte.
Achava-se, desse modo, enfermo, aflito e perturbado... Médicos não lhe solucionavam os problemas, cujas raízes se perdiam nos profundos labirintos da consciência dilacerada.
O Mestre Divino, porém, ali mesmo, na casa de Simão Pedro, onde se encontrava, orou pelo doente e, em seguida, lhe disse:
- Vai em paz e não peques mais.
O ancião notou que uma onda de vida nova lhe penetrara o corpo, sentiu-se curado, e saiu, rendendo graças a Deus.
Parecia plenamente feliz, quando, ao atravessar a extensa fila dos sofredores que esperavam pelo Cristo, um pobre mendigo, sem querer, pisou-Ihe num dos calos que trazia nos pés.
O enfermo restaurado soltou um grito terrível e atacou o mendigo a bengaladas.
Estabeleceu-se grande tumulto.
Jesus veio à rua apaziguar os ânimos.
Contemplando a vítima em sangue, abeirou-se do ofensor e falou:
- Depois de receberes o perdão, em nome de Deus, para tantas faltas, não pudeste desculpar a ligeira precipitação de um companheiro mais desventurado que tu?
O velho judeu, agora muito pálido, pôs as mãos sobre o peito e bradou para o Cristo:
- Mestre, socorre-me!... Sinto-me desfalecer de novo... Que será isto?
Mas, Jesus apenas respondeu, muito triste:
- Isso, meu irmão, é o ódio e a cólera que outra vez chamaste ao próprio coração.
E, ainda hoje, isso acontece a muitos que, por falta de paciência e de amor, adquirem amargura, perturbação e enfermidade.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

ME AND YOU - DAVE MACLEAN (TRADUÇÃO)

Quando Eu Era Vivo (2014) - Trailer Oficial - Sandy Leah, Antônio Fagund...

Quando Eu Era Vivo (2014) - Trailer Oficial - Sandy Leah, Antônio Fagund...

DEIXE-ME VIVER TRAILER

ORAÇÃO DE CHICO




Senhor Jesus!
Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, somente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.

Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, porventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que os felicitam a vida.

E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.

Assim seja.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

DA IRA AO ÓDIO O PASSO É BREVE E O RECUO DIFÍCIL

ira


REFORMA ÍNTIMARENOVANDO ATITUDES

DA IRA AO ÓDIO O PASSO É BREVE E O RECUO DIFÍCIL

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Domínio da Ira
Tão comuns se te fazem a irritabilidade e o reproche, que estás perdendo o equilíbrio, o discernimento sobre o limite das tuas forças.
Habituas-te à reprimenda e à contrariedade de tal forma, que perdes o controle da emoção, deixando de lado os requisitos da urbanidade e do respeito ao próximo.
Frequentemente deixas-te arrastar pela insidiosa violência, que se te vai instalando no comportamento, passando de um estado de paz ao de guerra por motivo de somenos importância.
Sem te dares conta, perdes o contato do amor e passas a ser temido, por extensão detestado.
A irascibilidade gera doenças graves, responsáveis por distonias físicas e mentais de largo alcance.
Da ira ao ódio o passo é breve, momentâneo, e o recuo difícil.
Tem tento, e faze uma revisão dos teus atos, tornando-te mais comedido e pacificado.
*
Ouve quem te fala, sem ideia preconcebida.
Desarma a emoção, a fim de agires com imparcialidade.
A ideia preconceituosa abre espaço mental à irascibilidade.
É necessário combater com ações mentais contínuas, as reações que te assomam entorpecendo-te a lucidez e fazendo-te um tresvariado.
A reflexão e o reconhecimento dos próprios erros são recursos valiosos para combater a irritação sistemática.
Tem a coragem de reconhecer que erras, que te comprometes, não te voltando contra os outros como efeito normal do teu insucesso.
*
A ira cega, enlouquece.
Provocando uma vasoconstrição violenta no sistema circulatório, leva à apoplexia, ao enfarto, à morte.
*
Um momento de irritação, e fica destruída uma excelente Obra.
O trabalho de um período demorado reduz-se a cinzas, qual ocorre com a faísca de fogo atingindo material de fácil combustão.
A ira separa os indivíduos e fomenta lutas desditosas.
*
Estanca o passo e retrocede na viagem do desequilíbrio.
Recorre à oração.
Evita as pessoas maledicentes, queixosas, venenosas. Elas se te fazem estímulo constante à irritabilidade, ao armamento emocional contra os outros.
*
A tua vida é preciosa, e deves colocar todas as tuas forças a serviço do amor.
Desde que és forte, investe na bondade, na paciência e no perdão, que são degraus de ascensão.
Para baixo é fácil, sem esforço, o processo de queda.
A sublimação, a subida espiritual, são o desafio para os teus valores morais.
Aplica-os com sabedoria e fruirás de paz, aureolado pela simpatia que envolve e felicita a todos.
Ademais, a ira é porta de acesso à obsessão, à interferência perniciosa dos Espíritos maus, enquanto o amor; a doçura e o perdão são liames de ligação com Deus, plenificando o homem.
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Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.