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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

OS VERDADEIROS HERÓIS

Os verdadeiros heróis


Segundo o dicionário, herói é o homem notável por suas qualidades extraordinárias. 

Em todas as épocas, a Humanidade elegeu e aclamou heróis. 

Entre eles, contam-se governantes iluminados pelo amor ao seu país e ao seu povo. 

Também se enumeram filósofos e pensadores de grande talento. 

Líderes de resistência contra governos despóticos e cientistas dedicados, igualmente figuram no panteão dos heróis. 

Esses homens sempre foram considerados modelos a serem seguidos, por suas excepcionais virtudes.

Atualmente, a Humanidade vive uma fase de turbulenta transição. 

Antigos padrões de comportamento são revistos. 

Valores consolidados são questionados ou rejeitados, sem muita análise. 

O relevante parece ser ousar e inovar, ainda que sem grande critério. 

A liberdade é valorizada ao extremo, embora não haja preocupação com a responsabilidade, sua natural contraparte. 

Nesse contexto de valores ambíguos, carentes de reflexão e consolidação, surgem novos padrões de conduta. 

Personagens exóticas são facilmente alçadas à condição de heróis. 

Os passos dessas figuras inquietas são seguidos pela mídia. 

Uma multidão fascinada e irrefletida os observa com êxtase e comenta e copia suas palavras e atos. 

O novo panteão de heróis é formado por um grupo de criaturas de origem e personalidades variadas.

Há participantes de shows que pretendem imitar a realidade da vida. 

Inexplicavelmente, intrigas e brigas que promovem em recinto fechado, mas mostrado pela televisão, os endeusam perante o imaginário popular. 

Expectadores ávidos de baixezas acompanham o desempenho desses ídolos. 

Há também artistas muito belos, mas desequilibrados, pelos quais as massas se apaixonam. 

Muitos deles se deixam fotografar e filmar em cenas despudoradas. 

De outro lado, não faltam atletas regiamente remunerados, mas com padrão de comportamento pouco elogiável. 

Os novos heróis produzem escândalos, iniciam e terminam relações afetivas com rapidez vertiginosa. 

Mas a multidão os acompanha, subjugada por sua juventude, seu brilho, sua beleza e sua arrogância. 

Entretanto, o que há de nobre e aprazível no comportamento de tais pessoas? 

Uma ligeira reflexão permite concluir que o heroísmo não se expressa mediante comportamentos exóticos. 

O genuíno herói há de ser alguém que contribui para a construção de um mundo melhor. 

Nessa linha, há inúmeros heróis anônimos, cujo comportamento merece ser admirado e copiado. 

Por exemplo, o jovem que diz não às drogas e à promiscuidade. 

O estudante atento a seus deveres e que não cola, mesmo tendo oportunidade. 

O filho que cuida dos pais idosos ou enfermos. 

O professor que leciona com dedicação e competência, mesmo quando mal remunerado. 

Os pais que gastam tempo orientando seus filhos, a fim de que não se percam nas ilusões do mundo.

O empresário honesto, que não sonega tributos e nem lesa seus clientes. 

Onde quer que haja alguém preocupado em ser honesto e solidário, em construir um Mundo melhor, aí se tem um herói. 

Ao eleger seus ídolos e modelos, pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXIX, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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