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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

EDUCAÇÃO INFANTIL

cológica

EDUCAÇÃO INFANTIL

1- O primeiro amiguinho . (Imaginário)

2- Gagueira: até onde é normal?

3 – Ciúmes do irmãozinho


4- A importância do limite


5- Filhos que não desgrudam dos pais


6- Meu filho é mau-humorado: como mudar isso


7- Tá na hora de dormir


8- Educação na infância: erros mais comuns

9- Crises de birra: o que eu faço agora?

10- Medo do escuro: como lidar?


11- Castigar ou não a criança?


12- Crianças sonâmbulas: o que fazer?


13- Ansiedade excessiva em crianças


14- Atividades em excesso prejudicam crianças


15-  A descoberta da sexualidade


16-  Como informar a morte a uma criança?


17- Como lidar com as mentiras das crianças


18- Quando o xixi na cama vira doença


19- A dura vida de um gordinho


20- Transtorno do Déficit de Atenção ou falta de limites?


21- Dislexia: como reduzir os efeitos?


22- Como criar o hábito da leitura na infância?


23- Transtorno Bipolar na Infância


24- Apnéia na infância e seus riscos

O primeiro amiguinho . (Imaginário)

Fazer amiguinhos não é tarefa das mais fáceis. Ao nascer, o cérebro do bebê não está totalmente desenvolvido e as partes que gerenciam o pensamento e as lembranças, assim como o comportamento emocional e social, ainda não se consolidaram.
Cabe aos pais o melhor desenvolvimento do filho. Uma criança que pouco brinca ou que brinca apenas sozinha poderá ter dificuldades na adaptação social ao longo de seu crescimento. Os primeiros anos de vida são fundamentais, pois é quando o bebê aprende como ser amigo, sendo importante sempre o contato do filho com crianças da mesma idade.
Até os três meses de idade, o bebê não se diferencia da mãe. A partir daí, começa a reconhecer outras pessoas começando pelo papai e mais tarde pessoas próximas. Com seis meses, já estranha os desconhecidos.
Depois do primeiro aniversário, seu filho brinca sozinho ao lado das outras crianças. Conseguir interagir e ser amigo envolve afeto, troca na relação e isso só vai aparecer por volta dos seis ou sete anos. Antes disso, tudo é um suporte para futuras relações afetivas de amizade.
O primeiro amiguinho acontece por volta dos dois anos: o "amigo imaginário". Os pais não devem se preocupar com isso, é a forma encontrada pelas crianças de lidar com sua imaginação. Exercitam livremente a criatividade, vontade e autoridade.
"Trabalhando a fantasia, também aprendem a se inserir no seu mundo social real".  Esse amigo imaginárioserá substituído por um amigo de verdade lá pelos cinco ou seis anos de idade.
No período de dois a três anos, a criança só se interessa por outra se esta oferecer algo de bom, como um brinquedo. Aparece aos poucos o senso de cooperação - em vez de derrubar a pilha de blocos do amiguinho, ele poderá ajudá-lo a erguê-la. Mas a briga por brinquedos numa brincadeira em grupo ainda existirá, mas poderá ser convencido a ceder de vez em quando.
A partir dos quatro anos, a criança já consegue obedecer a algumas regras simples quando brinca em grupo. É a fase em que a criança vai testar limites de sua independência e aprende a desafiar a autoridade. É importante reprimir seu filho quando demonstrar desrespeito a você e aos amiguinhos.
Se você sentir a necessidade de discipliná-lo, tire-o do grupo antes de falar com ele - se reprimi-lo em público, ele tenderá a insistir no mau comportamento, devido ao embaraço provocado pela "bronca".
Agora sim! - Com seis anos, a criança está pronta para aceitar regras de convivência. Agora poderá fazer uma amizade de verdade. Aqui limites também são exigidos pelos amigos. As crianças aprendem que se baterem vão apanhar. Encontrando esse limite, a criança vai se diferenciando do outro.
Mas desde cedo é preciso ensinar a criança à não discriminar ninguém. Para ser um bom amigo é preciso ter limites e saber lidar com as diferenças. Em situações de conflito os pais devem agir como mediadores, levando o filho a se colocar no lugar da outra criança.


O bebê da mamãe que até pouco tempo falava apenas algumas palavras isoladas agora quer  contar tudo o que aconteceu o dia todo quando se encontravam separados. Mas algo ocorre no meio de tudo isso: acriança dá umas gaguejadas de vez em quando.
Alguns pais se desesperam e acham que o filho está gago, outros nem percebem que esse “tropeço” na fala acontece. Qual atitude tomar diante dessa situação?
Nem tanto ao céu e nem tanto à terra. Pais ansiosos ou os que não prestam atenção nas atitudes de seus filhos são prejudiciais para o desenvolvimento da fala e linguagem dos pequenos.
O que os pais precisam saber é sobre o desenvolvimento normal da fala e linguagem da criança. Mas fala e linguagem não são a mesma coisa? Não. Linguagem é como se fosse nosso pensamento,o que está dentro da nossa cabeça. A fala expressa todo o esse conhecimento.
Aos dois anos e meio, mais ou menos, acontece um “boom”,a linguagem da criança não é muito bem acompanhada pelo desenvolvimento da fala e articulação da criança. Então, quando a criança quer contar o que aconteceu na escolinha durante o dia, seu pensamento já passou pela manhã e tarde e está no momento da saída, mas a fala ainda não conseguiu terminar nem a primeira brincadeira da manhã. 
É nesse momento que ocorre o “tropeço”, mais conhecido como gagueira, mas é uma leve disfluência.É normal. A criança está se adaptando com tantas palavras novas. 
“Podemos comparar com o começo do andar. O bebê dá os primeiros passinhos e já quer sair correndo, como não tem coordenação motora suficiente para isso, cai. É a mesma coisa com a linguagem e fala: a criança não consegue falar tão rápido como o seu pensamento e aí dá uma gaguejada”, explica a fonoaudióloga Jamile Elias.
Como agir nesses casos - Os pais devem entender que isso é normal e deixar a gagueira acontecer sem pedir para a criança ter calma, que fale mais devagar ou parar e respirar. Ninguém precisa disso para falar, nem as crianças. Com essas “dicas” as crianças vão ficando mais tensas na hora de falar e a gagueira aparecerá ainda mais, podendo a gagueira se tornar permanente.
Os pais devem prestar atenção, sim, na gagueira quando houver alguma história de gagueira nafamília, tanto da mamãe quanto do papai. 
Se houver esse histórico, e a criança começar a gaguejar, leve-a para uma avaliação fonoaudiológica, pois essa criança tem maiores chances de não ser só uma gagueira do desenvolvimento normal. Mas a dica é a mesma: deixe a gagueira acontecer, escute seu filho sem interromper ou completar a palavra que ele está com dificuldade para falar.
Agora, se passarem seis meses e essa gagueira não desaparecer, consulte um fonoaudiólogo que avaliará com mais profundidade o caso do seu filho.

Dicas
 
Quanto mais tensão, mais gagueira aparece. Não chame seu filho de gago e ou o force a falar na frente de pessoas que ele não queira.

Não se mostre impaciente diante da gagueira do seu filho. Mesmo que você não fale nada, suas pernas balançando e inquietas demonstram.

E lembre-se que gagueira no começo do desenvolvimento da fala e linguagem é normal e não precisa da ansiedade dos pais.

Ciúmes do irmãozinho
A chegada de mais um membro na família pode deixar o irmãozinho mais velho inseguro, aguçando o ciúme. Antes, o mundo era só da criança maior, agora terá que ser dividido com um “novo intruso”,principalmente em relação à atenção dos pais. 
A sensação de estar excluído é comum e esse sentimento pode causar uma contradição dentro da criança, que associa a chegada do bebê com a perda do posto de "rei da casa" e ao mesmo tempo deseja ser sua amiga.
A demonstração do ciúme pode variar de criança para criançaAlgumas ficam desobedientes com choros e birras, outras se tornam agressivas com os pais ou com o irmãozinho mais novo. Tem também aqueles que regridem no comportamento, voltando a usar chupeta ou mamadeira e não controlando mais o xixi e cocô. Para completar a histeria, alguns “abandonados” voltam a falar infantilmente.
Essas são condutas que têm o único objetivo de chamar a atenção dos pais, tios e avós. É importante que os pais tenham paciência, pois o ciúme é uma reação emocional normal e tem que ser resolvido com muito diálogo e compreensão.
Para que o ciúme não se torne um sofrimento para a criança mais velha, a vinda do irmãozinho tem que ser esclarecida desde o começo da gravidez, dizendo que um nenê vai chegar e precisa de um espaço para dormir como ele, de roupas para não sentir frio, se alimentar no peito da mamãe como ele também fez e vai chorar muito, só podendo brincar depois que crescer, mas que poderá ajudar nos cuidados com o irmãozinho.
Alterações na rotina da criança maior, como ir para a escolinha ou mudança de quarto ou de quem cuidará dela, deverão ser feitas bem antes do nascimento do bebê. Assim as perdas não serão associadas com a chegada do irmãozinho. 
Ao nascimento, não se descuide daquele que, até o momento, ocupava todos os espaços. Eleve a auto-estima da criança, potencialize suas qualidades e as vantagens de ser o mais velho. Atribuir-lhe responsabilidades sobre o irmão também ajuda na integração, já que se sente útil, desde que ele queira.
Assim que se sentir segura do amor dos pais, valorizada e integrada no novo ambiente familiar, o ciúme diminuirá e a aceitação do irmãozinho será mais natural. Os pais têm que demonstrar interesse pelas atitudes dos filhos. O diálogo, atitudes de amor e paciência, são a melhor maneira de fazer a criança manifestar e entender suas emoções, sentindo-se amada e respeitada tanto pelos pais quanto pelo irmãozinho.

A importância do limite

Saber dizer “não” é, segundo os especialistas, um dos aspectos mais saudáveis da educação.
Uma das maiores dificuldades na educação de uma criança consiste na tarefa de saber dosar amor e permissividade com limite e autoridade. Todos têm consciência da importância de impor limites, mas o fato de saber disso não é suficiente para fazer desta uma tarefa fácil. Os pais freqüentemente se deparam com muitas dúvidas: Estou agindo certo? Onde eu errei?
criança, até o fim do primeiro ano de vida, obedece ao princípio do prazer. Por isso procura apenas fazer o que lhe causa satisfação e tenta fugir do que é vivido como algo desprazeroso. Nesse estágio, ela age por impulso instintivo. Esse é o primeiro sistema de funcionamento mental e é denominado pela psicologia de id.
Ao mesmo tempo, essa impulsividade é uma das necessidades mais prementes em seu desenvolvimento, que, quando reprimida, gera crianças apáticas, desinteressadas e rigidamente bem comportadas. A necessidade de tocar, mexer, destruir e tentar reconstruir objetos são atividades importantes e fazem parte de sua forma de entrar em contato com o mundo externo.
A partir dos 18 meses, a criança começa a se opor para afirmar-se e existir por si mesma. É o início da fase do não, tão temida pelos pais, e que termina, na melhor das hipóteses, por volta dos três ou quatro anos. Nessa fase, trata-se de uma oposição sistemática. Para uma criança, dizer "não" significa apenas: "Eu acho que não! E você?" Ela quer uma resposta dos pais que, favorável ou não, terá, omérito de indicar os limitesA partir dos três ou quatro anos, a criança passa do "não" sistemático para o "não" refletido, que afirma seus gostos e escolhas.
Culpa e castigo 
Desde cedo, a criança percebe que seu comportamento impulsivo, em vez de satisfação, acarreta uma censura por parte do mundo externo. Como, acima de tudo, a criança deseja o apoio e a aprovação dos adultos e necessita muito deles, especialmente dos pais, começa a compreender queprecisa controlar melhor seus desejos e impulsos. Ao conformar-se gradualmente com as imposições do meio ambiente (educação), controlando os desejos que não podem ou não devem ser satisfeitos, vai se estruturando o sistema moderador ou filtrador, o ego.
A parte moral da personalidade se manifesta quando julgamos nossos atos como bom ou mau. Isso depende de um sistema de autocensura, denominado superego. O superego desenvolve-se a partir do ego, mediante a internalização dos modelos externos, das advertências e censuras.
superego passa a atuar sobre a criança da mesma maneira que os pais: punindo-a quando se comporta mal e dando-lhe a sensação de bem-estar quando age corretamente. A punição assume um aspecto de sentimento de culpa ou de inferioridade,ou de angústia. A recompensa proporciona, orgulho, realização ou sensação de cumprimento do dever, ou seja, uma virtude.
Até dois ou três anos, a noção do proibido não lhe faz ainda muito sentido. Será preciso repetir-lhemuitas vezes o que ela pode ou não pode fazer, explicando-lhe em poucas palavras a razão dessa proibição. Somente após essa idade, a criança passa a compreender, cada vez melhor, as ordens dadas, começando a entender as noções de bem e de mal.
As crianças, ao contrário do que se pensa, são muito preocupadas com regrasAgir dentro delimitesoferece-lhes uma estrutura segura para lidar com uma situação nova e desconhecida.
É fundamental que os adultos tenham clareza de suas convicções e sejam fiéis a elas, pois, para os pequenos, eles são modelos vivos a serem seguidos. É por meio do convívio com essas fontes de referências que eles vão estruturando a sua própria personalidade.

A criança que não aprende a ter limite cresce com uma deformação na percepção do outro. Asconseqüências são muitas e, freqüentemente, bem graves como, por exemplo, desinteresse pelos estudos, falta de concentração, dificuldade de suportar frustrações, falta de persistência, desrespeito pelo outro – por colegas, irmãos, familiares e pelas autoridades. Com freqüência, essas crianças são confundidas com as que têm a síndrome da hiperatividade verdadeira, porque, de fato, iniciam um processo que pode assemelhar-se a esse distúrbio neurológico. Na verdade, muito provavelmente trata-se da hiperatividade situacional, pois, de tanto poder fazer tudo, de tanto ampliar seu espaço sem aprender a reconhecer o outro como ser humano, essa criança tende a desenvolver características de irritabilidade, instabilidade emocional, redução da capacidade de concentração e atenção, derivadas, como vimos, da falta de limite e da incapacidade crescente de tolerar frustrações e contrariedades.
O pediatra e psicanalista britânico Donald Winnicott dizia: “É saudável que um bebê conheça toda a extensão da sua raiva. Na vida, existe o princípio do desejo e o princípio da realidade. Uma criança a quem se cede em tudo imediatamente, ‘a quem nunca se recusou nada’, como dizem os pais, suporta mal a frustração. Muitos desses pais que cedem sempre vêem o filho no presente, ao passo que aqueles que sabem dar sem mimar vêem o filho no tempo e no futuro”.       
Maria Guimarães d. Grupi.

Filhos que não desgrudam dos pais
Existem crianças que dormem na cama dos pais ou só dormem tendo a presença deles, têm medo e choram muito para ir à escolinha porque ficarão sem eles  e muitas delas até adoecem
Crianças com esses comportamentos demonstram falta de segurança e autonomia, pouca tolerância à frustração e baixa auto-estima,além de poderem apresentar dificuldades de relacionamento. Geralmente são dependentes emocionalmente e temem serem abandonadas.
Na fase escolar, o “grude” é evidenciado de outras formas. A criança pode desenvolver dificuldades em acompanhar a evolução das aulas por temer pedir ajuda à professora. 
Geralmente esse ‘grude’ está mais relacionado com os medos e inseguranças dos pais do que os da própria criança. Os sentimentos vivenciados pelos filhos,são reflexos dos sentimentos dos pais,  
Pais que normalmente se mostram super protetores com os filhos tendem a oferecer mais ajuda do que eles realmente necessitam, querendo resolver todos os problemas das crianças. 
A criança super protegida, torna-se muito dependente, precisando da atenção, aprovação e  ajuda dos pais. Não consegue ter iniciativa e nem vencer as dificuldades que aparecem. 
Pais autoritários que abusam dos castigos,com excesso de repreensões podem deixar a criança agressiva e desinteressada pelos estudos. Saber equilibrar, serem assertivos é a melhor opção. 
Os pais costumam ficar satisfeitos com filhos obedientes e emocionalmente dependentes, mas na verdade os prejuízos futuros da dependência e da ausência de uma vida criativa são grandes.
Como evitar o “grude” - Os primeiros passos do “desgrude” devem ser dados pelos adultos. Os pais podem começar por expressões concretas de amor ao filho. Carinho dos pais ajuda os filhos terem maior confiança e sociabilidade. Mas esse amor tem que vir junto com limite. Crianças que não se sentem exigidas consideram-se menos queridas.
“Para um melhor desenvolvimento infantil é necessário que os filhos tenham seu próprio espaço, ou seja, sua cama, seus objetos, seus brinquedos e que adquiram suas responsabilidades e autonomias de acordo com a idade, como escovarem os dentes, se alimentarem, se vestirem, tomarem banho e com o passar dos anos saírem sozinhos de casa”.
Estimulando independência dos filhos, estes se tornam mais adaptados às situações sociais. Isso não quer dizer que os pais estarão abandonando seus filhos, mas deixando que façam por si próprios, pois só aprende quem faz.
Sabemos que os sentimentos dos pais são de proteger seus filhos, impedindo que passem por decepções e tenham frustrações. Se pudessem, os colocariam numa redoma, porém impediriam que eles crescessem. Os pais devem ensinar seus filhos e não fazer por eles. Num futuro próximo eles irão agradecer”. 

Bruno Thadeu


Meu filho é mau-humorado: como mudar isso
Meu filho que era um “doce”, mudou! Imediatamente, surge aquela velha indagação: onde é que eu errei? Fique tranqüila, não é falta de carinho nem de atenção, esse mau-humor faz parte do desenvolvimento infantil.
As várias mudanças impostas pelo crescimento, pelo desenvolvimento da personalidade e pelaconquista da independência são fatores para as crianças ficarem emburradas, entediadas, birrentas e negativas. “Toda mudança de fase desestabiliza a criança, seja aos 8 meses, aos 3 anos, aos 6 ou aos 12, porque ela entra em novo momento de conquistas”, 
Nos primeiros 3 anos de vida, a rebeldia é mais evidente, já que nesta fase a personalidade começa a ser definida e a criança ainda está voltada para si e para o seu prazer. Qualquer contrariação dos pais é motivo de frustração e, por não ter experiência e muito menos vocabulário para expressar o que sente, o choro, a birra, as manhas e as mordidas são as maneiras que utilizam para a manifestação.
Os pais devem dar atenção, porque a criança precisa de carinho para se sentir segura. Os acessos de mau humor são boas oportunidades para ensinar o filho a encontrar alternativas e superar frustrações. É cansativo, dá trabalho, mas faz parte da educação e do crescimento”.
A frustração é a palavra para traduzir o mau-humor do seu filho. Quando a frustração existe, a criança não consegue dizer que está triste, então, faz birra. O melhor a fazer é trocar a “brincadeira” proibida por outra novidade: trocar o giz e os rabiscos na parede por um instrumento musical. O mau-humor passa rapidinho.
Ajudar seu filho com todo esse sentimento novo é difícil, mas é o começo para que os pequenosaprendam sobre suas emoções e que as outras pessoas também passam por isso.
A fase entre os 5 e 7 anos é um outro período de mudança comportamental, chamada de “adolescência da primeira infância”. Nesta fase há alterações físicas, psíquicas e sociais. Para completar, a criança enfrenta uma das principais barreiras (senão a maior!) rumo ao mundo adulto: ler e escrever. Tudo isso torna o humor da criança instável, que começa a questionar as regras, aprendendo que neste mundo precisa ter jogo de cintura.
A partir dos 8 anos, a rebeldia dos 3 anos volta à tona, mas os ataques de mau humor parecem mais intensos. A criança espera ter todas as respostas, todos os desejos atendidos, toda a atenção do mundo. Esse período costuma durar até o fim da puberdade.
Os pais precisam ter muita calma e paciência para ensinar e argumentar sobre o que está ocorrendo. Quando não há o que o acalme, o melhor é impor limite dizendo para parar com o mau-humor” 
Se nada mudar o comportamento instável do seu filho, a conversa com um profissional especializado em desenvolvimento infantil pode ajudar. Mas é preciso cuidado, pois é comum dizer que a criança é hiperativa ou deprimidaCasos de mau-humor que levam à depressão são raros. Motivo de preocupação somente quando esse baixo-astral atrapalhe nas atividades que dão prazer a criança e isso se mantenha por pelo menos seis meses. 
“O mau humor tem origem normalmente num estresse escolar, como dificuldade de aprendizado ou de relacionamento. A criança não consegue resolver o problema sozinha. É difícil ser adulto”,

Tá na hora de dormir
Seu filho não gosta de ir pra cama de jeito nenhum no horário recomendado, estende um pouco a noite assistindo televisão ou brincando com o irmãozinho e ainda chia quando é obrigado a ir dormir. Essas características apresentadas pelas crianças são comuns na infância e perfeitamente evitáveis,desde que pai e mãe conscientizem-se de sua importância na educação do filho e criem hábitos sadios que permitirão uma maior regularidade no sono.
Impor limites à criança no período noturno é uma receita fundamental para que ela durma no horário. Isso significa que diversões costumeiras do seu filho à noite, como internet e videogame, devem ter horários pré-estabelecidos de uso. Atividades intensas nesse período "energizam" a criança, dificultando a chegada do sono.
Essas brincadeiras devem ser substituídas por exercícios leves, que estimulem o sono. Uma recomendação é viajar no mundo da imaginação a partir da leitura de historinhas contadas para a criança já deitada na cama. Prefira histórias curtas e de fácil entendimento, além disso, faça carinho e deixe a luz do quarto apagada. Essa rotina implicará na absorção por parte da criança de que a noite é hora de tranqüilidade, e, conseqüentemente, o período de descanso.
"A criança geralmente ultrapassa o horário ideal para dormir simplesmente porque os pais não dão limites a ela. Muitos pais têm medo de dizer não ao filho em certas situações, mas existem momentos em que o pai e a mãe precisam se impor. Um "não" às vezes pode ser fundamental na formação da criança", entende a psicóloga clínica Beatriz Camargo de Burgos Meloni.
A profissional cita um aliado na regularização da rotina de sono da criança: a prática esportiva. Além de ser imprescindível para a formação óssea e motora da criança (sem contar o poder de sociabilização nessa fase de vida), o esporte estimula a chegada do sono mais rapidamente, pois resulta no gasto de energia. Com isso, o corpo necessita de descanso para repor esses nutrientes, sendo fundamental um bom sono para ativá-los.
Hiperatividade - Há casos em que a hiperatividade tem direta influência no momento de dormir. Algumas crianças "elétricas" têm maior dificuldade para pegar no sono, decorrentes do comportamento hiperativo, que está ligado a diversos fatores, como a perda da visão ou audição, incapacidade de processar adequadamente símbolos e idéias, estresse emocional, convulsões ou distúrbios do sono. A hiperatividade também pode estar relacionada com problemas na gravidez, como o uso de álcool e medicamentos. Nesses casos, a criança deve ser tratada por um especialista (pediatra ou psicólogo).
Em outras situações, o excesso de energia pode ser simplesmente conseqüência de um acúmulo de erros cometidos pelos pais, que não controlam o ímpeto da criança, dando toda a liberdade para o filho fazer o que bem entender. "Muitos pais passam o dia inteiro fora de casa e ficam com dó de impor regras quando reencontram o filho. Isso acaba servindo de inspiração para a criança usar e abusar", finaliza Beatriz Meloni.
Por tudo isso, enquanto a luz do dia não aparecer, lugar de criança à noite é na cama. Seja qual for o (a) menino (a), não há nada melhor do que sonhar.


Existem alguns erros na hora de educar os filhos que parecem bobos, mas que se repetidos podemprejudicar o desenvolvimento da criança, mesmo que a intenção dos pais seja a melhor.
Começando pela alimentação que é uma das principais queixas dos pais. "Meu filho não come", "Tenho que ficar correndo atrás do meu filho para que ele coma". Para evitar esse aborrecimento atitudes simples podem ser realizadas desde cedo. Nada de aviãozinho, televisão ou barganha para que a criança coma. Ela deve entender que sem a comida poderá ficar fraca e até doente. Qualquer atitude que faça com que a criança coma sem prestar atenção na comida é ruim.A alimentação deve ser colorida, diversificada e balanceada para a criança não enjoar e aprender a comer de tudo e assim evitar qualquer distúrbio alimentar, como obesidade, bulimia ou anorexia.
Mimar demais a criança não é bom - Outro velho excesso praticado pelos pais: fazer tudo pela criança, mesmo tarefas que já pode realizar sozinha, superprotegendo o filho, é prejudicial ao desenvolvimento social. Normalmente essas crianças crescem se achando o centro do mundo, mandando e desmandando em tudo e exigindo até o que deve ser feito no jantar. Não conseguem se adaptar na escola, sentem-se inseguros e tornam-se irresponsáveis justamente porque nesse lugar ele será apenas mais um, e não o dono do pedaço.Saiba dizer "não" e dê bronca quando realmente for preciso.
Outro erro comum é negar a dor da criança. Quando a criança rala o joelho numa brincadeira a mamãe com toda boa intenção do mundo tenta amenizar a dor dizendo: "Não foi nada, já passou".Fazendo assim, a criança acha que os pais não se sensibilizam a sua dor e tendem a procurar uma outra pessoa, deixando uma mágoa. Ou então, se for excessiva essa atitude dos pais a criança fica insegura aos seus sentimentos não entendendo se sente dor, raiva ou medo já que seus pais dizem que não é nada. Quando os pais chamam a quina da estante de boba quando a criança bate com a cabeça é tirar da criança a responsabilidade de cuidados consigo mesma e colocar a culpa no objeto. Isso pode colocar a vida da criança em risco em situações mais graves. Quando ocorrer novamente o incidente, converse sobre a importância de se evitar acidentes e dos cuidados que a própria criança deve ter.
Deixar o filho ganhar constantemente um jogo só para não vê-lo frustrado com a perda já que não tem a mesma capacidade que a sua faz com que a criança aprenda que a vida é só ganhar. O jogo faz com que a criança espere a sua vez, aceite regras e limites impostas, aprenda a negociar e aceite que a vida é feita de ganhos e perdas.
E a máxima da educação é o exemplo. A criança aprende com exemplos de quem ela confia que são os pais. Se os pais não têm boas maneiras, não pedem, por favor, não dizem obrigado ou bom dia, comem assistindo televisão ou brigam muito passam esses valores para a criança e é isso que irá fazer. Os filhos são o espelho dos pais.

Dicas 
Não critique ou elogie demais o seu filho. Tanto um como o outro é prejudicial. O bom senso é a melhor medida.

Não se culpe pelo erro, filho não vem com manual de instruções. Só não insista no erro já detectado.

Na dúvida, procure sempre um especialista para te orientar.

Crises de birra: o que eu faço agora?
Essa cena, mamãe, você certamente já deve ter presenciado: seu filho esperneia,chora, chuta,grita e faz birra em algum lugar público, geralmente por um motivo aparentemente fútil. A grande dúvida dos pais é o que fazer quando a criança começa com uma crise de birra. Só que vamos puxar para uma outra questão: o porquê das crises de birra acontecerem.
Se for a primeira vez que isso ocorre, a criança pequena ainda não sabe lidar com grande parte de seus sentimentos, principalmente no que diz respeito à frustração. Ela não consegue expressar isso através da linguagem e age na forma de birra. Cabe aos pais continuar firmemente em sua opinião e não ceder às vontades da criança.
O “teatrinho” acontece em grande parte em razão do sim dos pais às vontades da criança. 
Os pais dão ao filho o controle de toda situação e a criança não é capaz de lidar com todo esse controle. Cada vez que ouvirem um não, as crianças agirão sempre da mesma forma, pois sabem que dessa maneira conseguirão o que querem. 
De quem é a culpa? - O sentimento de trabalhar fora e ter pouco tempo com os filhos fazem os pais serem permissivos demais. Essa culpa dos pais pode formar crianças sem limites, autoritárias, sem saber lidar com as frustrações da vida.
Comodidade ou pais que não tem paciência preferem ceder aos desejos do filho a que ter que arcar com a frustração da criança de levar um não. É muito mais fácil fazer as vontades da criança do que impor limites.
Apesar de resistente às regras, a criança precisa delas para crescer e se sentir segura. Essa regra deve ser imposta de um mesmo modo. O certo e errado ficará confuso quando a mãe disser sim e o pai, não. A criança percebe esse desequilíbrio e sempre recorrerá àquele que vai ceder ao seu desejo. Deve haver um consenso entre os pais, um não deve desautorizar o outro. 
Esse comportamento pode aparecer na escola, onde a criança poderá ter problemas de relacionamento com os outros coleguinhas por ser muito mandona ou, ainda, os pais perceberão que na escola o filho é um “santinho”, pois lá existem regras a serem seguidas e em casa são desobedientes e autoritários devido à falta de limites.
Quando tem uma crise de birra,a criança mal consegue ouvir o que lhe dizemos e muito menos compreender. Os pais devem ser firmes com o filho e jamais ceder ou bater na criança. Bater gera mais raiva e medo e o que os pais devem querer e saber tirar de uma criança é o respeito. 

Dicas 
Pais são pais e não amigos. Podem ser pais amigos, mas nunca devem deixar de ser pais. Sempre existe uma vovó ou um vovô para satisfazer as crianças, seja como for. Ainda bem!

Brinquedo é diferente de brincadeira. A criança precisa de brincadeira com os pais e não que os pais comprem um brinquedo. É através da brincadeira que os pais impõem limites, dão carinho, atenção e amor.

Até os três anos de idade a criança entende mais uma ação do que uma ordem. Quando disser “não mexa” também retire a mão da criança do lugar inadequado.


Bruno Rodrigues

Medo do escuro: como lidar?
É só a luz se apagar para que a criança “acenda” o medo na hora de dormir, em virtude da escuridão no quarto. Somente no escuro que seu filho relata bichos debaixo da cama, sombras e espíritos do mal que querem pegá-lo e monstros dentro do armário. Nunca menospreze esse medo, a criança sente realmente, não é manha.
O medo é uma reação de proteção do organismo que prepara o nosso corpo para fugir de situações de perigo. O medo do escuro faz parte do desenvolvimento infantil e começa aos três anos de idade desaparecendo por volta dos seis anos.
Antes dessa fase, porém, a criança começa a construir o seu próprio mundo com muita magia e seres imaginários que podem brincar com ela, fazendo conhecer os mais variados sentimentos, incluindo o medo.
é justamente a hora de dormir o momento onde a criança se sente desprotegida, pois tem que se “desligar” da presença dos pais e da segurança que os adultos oferecem. Então, quando a luz se apaga, as crianças não enxergam nada, o que é real desaparece e a escuridão esconde os perigos de sua própria imaginação.
Um simples ruído pode perfeitamente ser o monstro que irá puxar seus pés, assim como a sombra de um galho de árvore transforma-se em um fantasma.
Nessas ocasiões, procure deixar a lâmpada do banheiro ou do corredor acesa até que ela durma. Para que a criança se sinta segura, deixe a porta aberta ou dê algum brinquedo que ela possa abraçar. A presença dos pais ou de alguém que lhe transmita segurança na hora de dormir também é muito importante. 
Além da fantasia, outra causa que pode levar ao medo do escuro é a mudança de casa. O quarto novo é um desconhecido que pode guardar surpresas como os temíveis monstros. A criança poderia não ter medo na casa antiga, pois conhecia o seu quarto canto por canto.
Para lidar com esse medo os pais devem conversar com a criança. Compreendendo o porque da criança ter medo do escuro, fica mais fácil explicar que a sombra na parede não é um fantasma, mas a sombra do galho da árvore que está do lado de fora.
Um erro do adulto é fazer a criança enfrentar o medo contra a sua vontade. Fazê-la expressar o medo que sente, deixa a criança segura para enfrentar sua própria fantasia.
Segredinhos para acabar com os monstros - Algumas brincadeiras ajudam a criança a dominar o medo do escuro como identificar as sombras na parede feitas pelas mãos ou as que aparecem no quarto, ou então adivinhar qual é o som no escuro e de onde vem.
Quando o medo aparecer é bom deixar também uma lanterna sempre no mesmo lugar para que a criança possa acendê-la quando sentir medo. Bichos de pelúcia, travesseiros e brinquedos preferidos podem dar segurança e aconchego na hora de dormir.


Castigar ou não a criança?
 “Educação começa desde que as crianças são pequenas. O objetivo é ensinar limites e não simplesmente castigar, como muitos fazem sem saber que está fazendo”, explica  Patrícia Victo.
Os filhos precisam entender o motivo do castigo e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos adultos. A criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Por exemplo, se a criança tentar colocar o dedo na tomada ou subir em lugar perigoso, os pais devem fazer cara feia para expor que aquela atitude não é certa, pois machuca.
Caso a atitude se repita, continue com a cara feia e seja um pouco mais firme ao falar. Agora se acriança fizer a coisa certa, recompense-a com um sorriso ou um carinho. Com isso, os pais vão determinando regras e estabelecendo atitudes claras sempre que algumas regras sejam quebradas pelo pequeno, de forma que ele cresça com essa consciência.
“Às vezes, acontece de a criança erro escrever na parede da sala e não ter pleno o conhecimento doque está cometendo. A questão é a forma de puni-la por isso. Ela pode ficar com raiva e sentir-se injustiçada, sendo que dificilmente absorverá algo que o adulto tentou ensinar. Os pais devem ensiná-la o porquê de não escrever na parede da sala e caso a atitude se repita, deixá-la sem os lápis por um tempo”, argumenta Patrícia Victo.
Fim dos tapinhas - As famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não porque ela compreendeu as razões da punição.
Ensinar os filhos a terem medo de cometer certas atitudes é ensiná-los a usar o medo como arma, agredindo aqueles que o contrariem de alguma maneira. “É aquela criança agressiva que resolve tudo na força física, pois aprendeu em casa que é mais fácil bater do que conversar”,
A criança que se sente amada e frustra os pais com atitudes erradas se decepciona consigomesma. Por isso, um olhar de repreensão, além de palavras severas dos pais, surtem melhor efeito do que as palmadas.
Coerência na hora da punição é fundamental. Quanto maior o grau da infração, maior o castigo.Castigue quando o ato mereça e não porque está cansado ou com raiva. Diminua passeios ou tire algo da rotina da criança que goste, sempre explicando o motivo da punição.
Procure ter calma, não grite, as crianças acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão. Fale sempre com objetivo e rigidez, olhando para a criança e fazendo com que entenda que você está chateada com a tal atitude e não propriamente com ela. Portanto, lá vai uma dica: nunca diga “Como você é feio” e sim “Que coisa feia você fez”.
Cuidado para não se “desmanchar” com choros e chantagens, depois da decisão tomada, não volte atrás, a criança poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre.

 
Crianças sonâmbulas: o que fazer?
Imagine a cena onde você, mamãe, levanta no meio da noite para ir ao banheiro e encontra o seu filho abrindo a porta de casa para sair.  Nesse momento, percebe que o pequeno está dormindo e não pronto para uma fuga. Não se assuste, sonambulismo é muito mais comum do que se imagina. 
Mil coisas passam pela cabeça dos pais quando a palavra sonambulismo vem à tona, como não poder acordar a criança de jeito nenhum, que a criança deve tomar remédios ou ainda que não se deva conversar com a criança. 
O sonambulismo é um distúrbio do sono que não traz prejuízos para a criança e é mais freqüente entre a idade de 4 a 10 anos devido à imaturidade do sistema nervoso central, que ainda se encontra em intenso desenvolvimento. Quando chega a adolescência, o sonambulismo tende a diminuir sensivelmente. 
Esse distúrbio tem ligação com predisposição familiar, cerca de 80% dos casos de sonambulismo em crianças tem história na família.  
O sonambulismo ocorre no início do sono da criança e pode durar de alguns segundos a quarentaminutos. Consiste em a criança andar pela casa, sentar na cama, falar ou responder perguntas. Atividades mais complexas também podem ser apresentadas como pegar objetos, abrir gavetas, trocar de roupa, destrancar portas ou comer. A criança faz e não se lembra do episódio na manhã seguinte. 
Cuidados especiais - Não há como evitar o sonambulismo, mas existem algumas atitudes que devem ser realizadas para impedir que a criança se machuque. O recomendado é não acordar a criança, já que ela pode se assustar ou ficar confusa com a situação e ainda desencadear novos episódios na mesma noite. Mas se a criança acordar, não prejudicará a sua saúde. A criança deve ser conduzida tranqüilamente de volta à cama. 
Uma rotina de horário para dormir e acordar deve ser imposta para a criança que deve evitar brincadeiras muito agitadas antes de dormir. Não recrimine o pequeno por seu sonambulismo, isso poderá deixá-lo inseguro com medo de dormir longe dos pais. 
Tranque portas e retire as chaves para impedir que a criança saia durante o período de sonambulismo. Para evitar qualquer acidente, deixe fora do alcance da criança objetos cortantes como facas e tesouras, produtos químicos que possam ser ingeridos, retire objetos do caminho da criança para que não tropece e se machuque, bloqueie o acesso às escadas e coloque telas de proteção nas janelas. 
O tratamento a base de medicação é recomendado quando o sonambulismo prejudica o dia-a-dia da criança. Se os episódios ocorrerem de quatro a cinco vezes por noite ou cinco vezes na mesma semana a criança pode apresentar sinais de sonolência, alternando seu  humor no dia. 

Dicas 
Sonambulismo não é doença, mas se os episódios forem freqüentes ou persistirem mesmo na adolescência, procure um especialista. 

A lenda prega que a pessoa jamais pode ser acordada quando está sonâmbula. Não é bem isso. No entanto, é bom evitar acudi-la neste momento. 

Nunca se esqueça tomar as devidas precauções para evitar qualquer acidente com o seu filho durante o sonambulismo.
Algumas doenças que pensamos serem doenças de adultos estão atingindo cada vez mais as crianças. Os transtornos de ansiedade ocorrem em crianças, sim, e não é manha como alguns adultos pensam. Precisam de atenção dos pais para que não comprometam a vida dos pequenos. 
"As pressões da sociedade de hoje que exigem da criança um amadurecimento cada vez mais cedo. E essa pressão aumenta a ansiedade nas crianças" diz a psicóloga Edna Kalaf. 
A ansiedade da criança é a manifestação exagerada de preocupações diante de alguma situaçãoteoricamente simples. Por estar ansiosa, a criança às vezes sente dores de barriga reais quando não quer ir à escola por algum motivo. 
O corpo manifesta as emoções sentidas e com as crianças isso não é diferente. Dores de cabeça, de estômago, coração acelerado ou mesmo falta de ar podem ser sentidas pela criança realmente e não ser só uma desculpa para não dormir sozinha. 
A ansiedade exagerada é aquela que acaba atrapalhando na vida cotidiana da criança. Pode aparecer na forma de medo, tensão muscular, preocupação com eventos futuros, isolamento e dificuldade ou queda no rendimento escolar.
Os transtornos de ansiedade se não tratados adequadamente podem evoluir para a depressão e por isso a procura por ajuda especializada é muito importante para que as causas sejam conhecidas o mais precocemente possível. 
Os pais precisam estar atentos para perceber as mudanças do comportamento do seu filho para ajudá-lo a superar qualquer insegurança que possa se tornar motivo de preocupação extrema. 
Crianças com potencial em determinado esporte não podem ser cobradas pelos pais a obter rendimentos de campeões olímpicos. Incentivo é diferente de pressão. 
Tratamentos contra a ansiedade - Caso a ansiedade da criança já esteja interferindo na vida cotidiana, o melhor é procurar ajuda seja do médico psiquiatra ou de um psicólogo. A psicoterapia e a medicação são os tratamentos realizados para crianças com ansiedade exagerada. 
Para crianças menores de cinco anos, são recomendados remédios fitoterápicos. Já as que possuem mais de cinco anos de idade já usam medicações antidepressivas.
Dicas 
Converse muito com seu filho sempre. É a melhor maneira de sentir pequenas mudanças no comportamento da criança. 

Não tenha medo caso o psiquiatra receite alguma medicação, existem doses e remédios indicados para a infância, mas não deixe de tirar todas as suas dúvidas antes de sair do consultório. 

Demonstre sempre muito carinho para o seu filho e que está sempre ao seu lado para que ele supere suas dificuldades.


A vida corrida dos dias de hoje não deixa somente os adultos estressados. Atinge também as crianças. Para que os filhos não fiquem sozinhos em casa nos períodos longe da escola, os pais colocam os pequenos em várias atividades extras escolares.
Além de não deixarem os filhos na ociosidade, os pais pensam na formação do filho para um futuro melhor. Quanto mais atividades, mais chances de se dar bem na vida.
A brincadeira é a maneira como a criança vivencia seu cotidiano. Os pequenos precisam desse tempo de brincadeira para aprender a enfrentar desafios lidando com as conquistas e derrotas, discutir regras e limites para uma determinada brincadeira, facilitando a socialização, os vínculos e desenvolvendo a inteligência. 
As atividades extras são importantes, sem dúvida, mas não devem ser colocadas como obrigações. As crianças precisam ter afinidades e gostarem das atividades que estão fazendo. A carga horária dessas atividades pode aumentar de acordo com a idade das crianças. 
Quanto mais velha maior essa carga horária poderá ser. Sem esquecer que, como os adultos, cada criança tem seu pique. Duas crianças da mesma idade podem agüentar ritmos bem diferentes de atividades.
Brincar e estudar - Crianças de até dois anos precisam brincar muito. A partir daí, algumas rotinas devem ser impostas. Mas é a partir dos seis anos que as tarefas escolares aumentam. É preciso ter hora para a lição de casa, para a atividade extra e para brincar.
O excesso de atividade pode ser observado quando a criança começa a reclamar das atividades que está executando. A agenda lotada do pequeno muitas vezes reflete atitude agressiva, irritação, desatenção, pesadelos, ansiedade, choro excessivo, impaciência e dificuldade de relacionamento interpessoal. 
Problema de gente grande - Uma criança estressada pode apresentar sintomas físicos como enxaqueca, dor de barriga sem causa aparente, diarréia, náusea, enurese (faz xixi na cama à noite), ranger de dentes, falta de apetite entre outros. 
Caso esses sintomas apareçam nas crianças é melhor procurar o pediatra ou até mesmo uma ajuda psicológica para que se estabeleça uma melhor forma de aproveitar o tempo dos pequenos sem que isso interfira na sua saúde.
Os pais também não devem esquecer de que muitas brincadeiras de hoje são diferentes de antigamente, entre as quais o computador e videogame, mas as crianças ainda precisam de espaço e da presença dos pais para se desenvolverem e tornarem adultos seguros e de bem com a vida.
Dicas 
Preocupe-se em organizar uma rotina em que seu filho esteja preparado para enfrentar.

Passar por algum fator estressante, como mudança de escola ou nascimento do irmão, é bom e faz as crianças aprenderem a enfrentar desafios, mas como rotina pode causar muitos problemas.

Adequar atividades para a idade é importante. Algumas atividades físicas têm idade mínima para começar.

Converse com um especialista.


Bruno Rodrigues

A descoberta da sexualidade

Atitudes embaraçosas, perguntas constrangedoras...Tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança desde que sem exageros.
É importante tentar perceber quando a criança está demonstrando uma curiosidade de acordo com sua idade ou sua vontade de conhecer mais está extremamente exagerada podendo configurar um transtorno.
Uma regra que vale sempre, não só no assunto sexualidade, mas em todos os momentos em que são questionados, é sempre dar respostas verdadeiras e diretas. Se uma criança pergunta como ela nasceu o papai ou mamãe podem responder: “No hospital. Você saiu da barriga da mamãe.” Se esta resposta for suficiente para a curiosidade a criança vai parar por aí. Se não foi certamente virá outra em seguida e mais outra até que ela obtenha uma resposta que satisfaça sua dúvida. O que não deve acontecer é querer dar uma aula de anatomia, relacionamentos e reprodução quando a pergunta é bem mais simples.
Quando os pais ficam absolutamente sem ação é melhor dizer a criança que não sabem a resposta, que vão pesquisar e depois dizer a ela, do que inventar uma resposta não verdadeira. Se ela não ficar satisfeita com a resposta, certamente irá buscá-la em outra fonte.
É preciso compreender que essa descoberta é saudável e importante para o desenvolvimento da sexualidade adulta sem traumas. 
Por volta dos 3 anos, geralmente livres das fraldas, começam a ter curiosidade pelos seus órgãos, tocá-los e percebem que dá prazer. Então começam a perceber as diferenças entre meninos e meninas. Muitas dessas situações vão ocorrer e o que mais os pais e educadores devem estar atentos é às situações compulsivas e recorrentes. 
É preciso passar a elas que essa descoberta é normal, dá prazer, não é “feia”. Da mesma forma que você precisa de privacidade para ir ao banheiro, outras atitudes também precisam. Como agir em uma situação como essa? Tanto pais como educadores devem fazer com que ela saiba lidar com sua descoberta e perceba que há hora e lugar para a exploração. 
Quando a criança insiste em um comportamento em casa ou na escola, proponha a ela uma outra atividade. Um jogo, uma brincadeira fazendo com que ela perceba que aquele momento é inapropriado para sua “pesquisa”.
Ao largar as fraldas muitas das crianças têm um choque ao visualizar o amiguinho no banheiro e perceber que ele ou ela tem algo a mais ou a menos. É a chamada síndrome da castração segundo Freud. A menina pensa que lhe falta um pedaço ou ainda vai crescer. Os meninos por sua vez ficam horrorizados pensando o mesmo e achando que se aconteceu com elas pode também acontecer com eles. Por isso é importante mostrar a elas as diferenças. Deve-se passar uma mensagem clara para que não haja um problema de identificação sexual.
Por volta dos 5 anos aparece a curiosidade em explorar o corpo dos amigos. Ela está descobrindo o seu próprio corpo e o dos outros. Mais uma vez é importante perceber qual a conotação para ela. Crianças não têm uma visão erótica dessas manifestações. 
Troca de papéis 
Meninos encantados pelas brincadeiras e brinquedos “de menina” ou vice-versa? Não é motivo para desespero.Em um primeiro momento não há porque se desesperar quando o menino ou menina opta por brincadeiras normalmente preferidas do sexo oposto. Uma conclusão à priori só vem reforçar um raciocínio preconceituoso que imagina erroneamente que irá afetar a sua sexualidade na idade adulta. 
Hoje, estamos presenciando uma confusão de papéis: família e escola têm trocado sistematicamente responsabilidades ora de um ora de outro. Ambas instituições são primordiais na formação do indivíduo, mas lembremos que os valores familiares são essenciais na formação da criança e esses são passados em atitudes mais do que em discursos.
Na formação da sexualidade não é diferente. A ligação afetiva da criança com seus pais começa no nascimento e evolui através da demonstração dessa afetividade com abraços, palavras doces, carinho, na hora do banho, da troca dentre inúmeros outros momentos de relacionamento muito próximo.
A criança que por um ou outro motivo foi privada desse contato pode ter dificuldade de se relacionar no futuro além de poder desenvolver problemas também na definição de sua própria sexualidade. Biologicamente falando, meninos identificam-se com os pais e meninas com as mães. Na ausência constante de um deles é necessário que haja uma pessoa próxima e íntima que assuma esse papel de modelo de tipificação.
Até o final da fase pré escolar não se pode ainda afirmar que a criança tem sua opção sexualdefinida. O fato de mostrar um interesse maior por algo tipicamente do outro sexo pode, na verdade significar que ela simplesmente, pela falta de um modelo freqüente de seu mesmo sexo, não sabe o que um menino ou menina de 4 anos faz? A maior parte desses comportamentos acontece porque a criança não convive com o modelo do mesmo gênero. Essa identificação acontece quando a criança percebe-se pertencente a um sexo e não outro. O que ocorre normalmente no início da socialização e é reforçado primeiramente pelos pais e posteriormente escola e amigos.
“Segundo Stoller (1993), o núcleo da identidade de gênero vai resultar de 5 fatores: 
1) de uma força biológica, originada na vida fetal e comumente genética em sua origem, compreendendo os cromossomos masculinos (XY) e femininos (XX); 
2) da designação do sexo do bebê, na hora do nascimento, da observação dos órgãos genitais externos (pênis ou vagina) pelo médico e pais, e do convencimento destes pais desta designação; 
3) da influência incessante desta designação por parte dos pais, principalmente pela mãe, e a interpretação destas percepções pelo bebê, o que Silva (1999) adequou a chamar de socialização, na qual a criança passa a internalizar as regras culturais; 
4) dos fenômenos bio-psíquicos, que são os efeitos pós-natais precoces causados por padrões habituais de manejo do bebê, ou seja, estão relacionados a aprendizagem e diretamente relacionado com o item 3; 
5) e do desenvolvimento do ego corporal, resultante das qualidades e quantidades de sensações, principalmente nos genitais, que define o corpo e as dimensões psíquicas do sexo da pessoa.”
O mais importante é fazer com que a criança possa ter experiências, das mais diversas com a figura masculina ou feminina, do mesmo gênero, preferencialmente o pai ou a mãe.
O transtorno de identidade pode ser caracterizado quando aparece na infância, antes da puberdade e caracteriza-se por um intenso sofrimento em pertencer a um sexo junto com o desejo de pertencer ao outro. Por isso deve-se ser muito cuidadoso ao se fazer um diagnóstico. 
É preciso uma observação constante, longa e notar se a criança realmente pode apontar para um transtorno ou se ela não tem os modelos necessários para desenvolver seu gênero de uma forma habitual.

Karen Kaufmann Sacchetto

Como informar a morte a uma criança?

Esse assunto certamente não seria o mais interessante de se abordar, mas infelizmente é necessário a todos. Poupar as crianças da morte ou do conceito de morte achando que são muito pequenas para entender não é o ideal para que cresçam sem medo. 
O final de vida, seja ela de uma pessoa querida ou de um animal de estimação só é percebida como algo ruim ou angustiante após os sete anos. Não que as crianças não saibam do fato ocorrido em si, mas o conceito entendido depende da idade. Por isso os adultos são fundamentais para explicar que a morte faz parte do ciclo natural da vida. 
Por exemplo, as crianças de até três anos não conseguem perceber claramente que a morte é definitiva e irreversível, mas entendem que não mais brincará com o seu avô ou sua mãe não a levará mais para a escola.
Já as mais velhas percebem que a morte é algo natural e precisam de explicações concretas para entendê-la como a pessoa que morreu não vai mais se mexer, abrir os olhos, falar ou comer. Porém, é a partir dos 12 anos que todo o processo de morte pode ser entendido pela criança. As perguntas sobre a morte iniciam-se por volta dos cinco anos.
Uma oportunidade para começar a falar da morte e ajudar a criança absorver isso como natural é a morte de uma planta ou de uma flor ou até mesmo conversar sobre o animalzinho de estimação que ficou doente e morreu.
Outra forma de expor de forma concreta esse acontecimento infeliz é através de livros, que podem auxiliar os pais na hora de conversar com as crianças sobre a morte, contendo palavras simples e de fácil assimilação por parte das crianças.
Fale e ouça a criança - O melhor a se fazer é deixar a criança perguntar o que quiser, encorajando-a a expressar o que sente. Responda a todas as perguntas com palavras simples para que a  criança possa entender perfeitamente o processo natural de falência humana.
Uma dica: evite falar que a pessoa dormiu para sempre ou descansou, a criança leva tudo ao “pé da letra” e pode ficar com medo na hora de dormir ou achar que a pessoa que morreu acordará. A expressão “foi fazer uma longa viagem” ou “foi embora” também pode confundir a criança e levá-la a acreditar que todos aqueles que farão uma viagem nunca mais voltarão ou então que a pessoa morta poderá voltar um dia.
Se alguém perto da criança como pais ou avós morrem, a criança não deve ser excluída da experiência da perda como forma de poupá-la. A criança precisa saber da existência da morte, aceitá-la para enfim criar o seu processo de luto. Cada criança mostra o seu luto de diferentes modos e esse processo é fundamental para conseguir passar por esse momento sem criar culpa, medo ou traumas.
O último adeus - O funeral só deve ser assistido pela criança se ela quiser. E não faça com que ela se sinta culpada se não desejar ir. Se a decisão for de ir ao enterro, explique como o será e as cenas tristes que ela visualizará ao seu redor, como o caixão e  pessoas chorando.
Por isso que os pais são essenciais nesse crescimento da criança sem traumas. Se os pais têm medo da morte e tentarem “poupar” o filho, a criança reagirá da mesma forma. Mas se os pais mostrarem com naturalidade o ciclo da vida, a criança lidará com a morte sem problemas.


Como lidar com as mentiras das crianças
Os pais ficam de cabelo em pé quando percebem que seu filho está mentindo. 
De início devemos saber que crianças de até cinco anos de idade não conseguem separar afantasia do real. A imaginação faz parte do desenvolvimento normal da criança e é base para o pensamento lógico que o adulto tem. Mas com o passar dos anos, a fantasia dá lugar à noção de realidade, sem desaparecer totalmente.
A partir dos seis anos a criança ainda brinca com a sua imaginação e cria situações que não são reais, mas as invenções já são bem menores. A mentira torna-se intencional a partir dos sete anos, onde a criança já adquiriu noções de valores sociais e sabe exatamente a diferença da verdade e da mentira.
Normalmente, as crianças maiores mentem por temer repreensões e castigos, para fugir das suas responsabilidades, chamar a atenção dos pais ou melhorar a auto-estima.
Uma criança vai mentir que está doente para não ir à escola, inventa que tem milhares de amigos no Orkut ou que fez viagem maravilhosa com os pais no fim de semana simplesmente para não ficar "por baixo" dos amiguinhos.
Mesmo que a criança ainda não saiba diferenciar a fantasia do real, desde pequena os pais devem lhe mostrar o que é mentira e o que é fantasia nas histórias dos pequenos.
Se a criança na fase pré-escolar traz um material escolar estranho e diz que a amiguinha lhe deu de presente, confirme se a história é real. Se não, diga à criança que aquilo não é seu e que não lhe foi dado, fazendo-a devolver para a colega. A criança inventou uma história, mas ainda não sabe distinguir o real da fantasia, mas a verdade precisa ser mostrada.
De pai para filho - Outros motivos que podem levar as crianças a mentirem é o exemplo dos pais. Se os pais mentem pedindo para o filho dizer que não está quando o telefone toca ou são tolerantes quando o pequeno mente, a criança poderá achar natural mentir e fica sujeito a fazer isso.
Se tiver dúvida sobre a história da criança, não insista, peça que conte a história horas mais tarde e compare as versões ou faça perguntas amplas como: "O que aconteceu na escola?" em vez de "Te bateram na escola?".
A criança deve sentir que ao contar a verdade terá a admiração dos pais, professores e amigos e que a mentira "tem perna curta" e logo será descoberta e desaprovada pelos mesmos.
Broncas severas ou castigos podem levar a criança mentir mais vezes para não receber novamente esse tipo de punição. Mostrar os benefícios da verdade e os prejuízos que mentira traz para a própria criança e para as outras pessoas é o melhor caminho.
Quando o comportamento mentiroso é muito freqüente ou se estende muito além dos sete anos, uma ajuda profissional deverá ser procurada.

Dicas 
Mentiras freqüentes sobre um mesmo assunto podem expor uma angústia da criança. 

Interrogatórios insistentes e pressão em gritos não levarão a criança a dizer a verdade. Pode ter efeito contrário.

A fantasia faz parte do desenvolvimento da criança. Estimule a criança de forma saudável e criativa.

Quando o xixi na cama vira doença
Esse incômodo de acordar com a cama molhada é comum na infância já que o mecanismo urinário da criança até os cinco anos de idade está amadurecendo. O problema é quando a criança fica mais velha e continua encharcando o lençol.
Após os cinco anos, esse problema passa a ser uma doença chamada enurese noturna, quando a criança faz xixi na cama enquanto dorme. A enurese diurna existe, mas é mais difícil de acontecer. Normalmente ocorre quando a criança segura o xixi para continuar brincando ou tem alguma alteração na bexiga.
Essa doença afeta a auto-estima. E muitas vezes essas crianças são agredidas ou recebem castigos por terem feito xixi na cama. As atividades sociais como dormir na casa de um amiguinho são limitadas e as crianças acabam ficando tímidas por causa da doença.
Cerca de 15% das crianças chegam a ter a enurese noturna. É uma doença que precisa ser tratada por um especialista e,  não é manha nem uma forma de chamar a atenção.
Se um dos pais teve enurese quando criança, a chance do seu filho vir a apresentar o mesmo problema é de 44%. Já se pai e mãe apresentaram enurese na infância, a chance aumenta .
As causas são diversas como problemas hormonais, alterações anatômicas, problemas na bexiga, alterações neurológicas, musculares, infecciosas ou psicológicas.
Meninos sofrem mais - A enurese noturna acomete mais meninos do que meninas. 
A primeira mudança na vida das crianças é em relação à alimentação. Alimentos que irritam a bexiga ou causam prisão de ventre devem ser evitados, como chocolate, refrigerante de cola e laranja.
A ingestão de líquidos também deve ser controlada nas horas que antecedem o sono. Há um hormônio antidiurético produzido por uma glândula do cérebro, a hipófise, que atua nos rins diminuindo a produção de urina durante a noite e grande parte das crianças com enurese sofre com a deficiência desse hormônio.
Exercício para segurar o pipi - Outro passo é conscientizar a criança de todo o processo urinário e orientar alguns exercícios para que ela tente aumentar o controle sobre a vontade de fazer xixi.
Uma motivação é quando a  criança acordar e perceber que não fez xixi na cama, ela marcará num diário com estrelinhas cada etapa vencida, lembranças são  para melhorar a auto-estima. 

Dicas 
Faça seu filho beber muita água de uma só vez para o cérebro da criança começar a lidar com a sensação de bexiga cheia.

Não brigue ou castigue a criança, ela precisa ser tratada. Nenhuma criança faz xixi na cama porque quer.

Às vezes, a criança que já não fazia xixi na cama volta a fazer devido a alguma mudança como a chegada de um irmãozinho ou separação dos pais. O emocional fica perturbado. Neste caso, dê um pouco mais de atenção ao pequeno e não o reprima por ter molhado a cama.


Bruno
A dura vida de um gordinho
Atualmente no mundo, de cada dez crianças, uma está acima do peso. Mais do que a possibilidade de um jovem enfrentar problemas de saúde em decorrência do sobrepeso, o gordinho  convive com um outro mal, talvez muito pior: a discriminação e o menosprezo. 
Não é raro o garoto considerado o mais pesadinho da turma ser colocado como goleiro em atividades futebolísticas, pois assim "atrapalhará menos o rendimento do time", já que não terá o mesmo ritmo dos demais coleguinhas. Da mesma forma que a menina obesa nunca consegue o papel de destaque em teatrinhos ou outras histórias, sendo sempre deslocada para as funções de coadjuvante. 
A rejeição em atividades coletivas nessa fase pode se agravar, tornando-se uma espécie de bola de neve, já que a criança gordinha passa a se afastar das tarefas importantes para o desenvolvimento motor e ósseo. Sem esses exercícios físicos a tendência é o aumento de peso. 
Uma boa opção para evitar que isso aconteça é investir em esportes individuais, como judô, dança e natação, onde a criança não é tão pressionada a obter um rendimento satisfatório, diferentemente de outros exercícios coletivos. 
Além de serem  preteridos pelos colegas nas atividades físicas, os fofinhos, na grande maioria dos casos, passam a ser alvos de gozações, recebendo apelidos que nem sempre o agradam. interferindo diretamente no rendimento escolar e, em alguns casos, causando depressão.
DicasEvitar abusos na alimentação, como sorvetes, refrigerantes e outros doces. A criança não está preparada para comer alimentos de jovens e adultos. Incentivar a prática de atividades com bola.

Cada vez mais comum no mundo atual, o vídeo game é o prato cheio para uma vida sedentária, pois desestimula outras atividades energéticas. E como todos sabem, sedentarismo não combina com infância. Equilibrar o tempo do vídeo game com outros esportes é uma dica interessante. 


Visto com desconfiança pelos demais companheiros, o gordinho tende a se desdobrar para mostrar que também tem sua importância no ambiente. Quem afirma é o pediatra e nutrólogo Nataniel Viuniski, ". Por serem motivos de chacota e estarem fora dos padrões de beleza impostos pela mídia, os obesos têm que fazer muita força para agradar",. "É comum o gordinho ser o 'palhaço' da turma, sendo a gordinha aquela que dá cola para todo mundo num dia de prova.       De acordo com o Nataniel Viuniski, uma das maneiras de reduzir o abismo da descrença por parte dos gordinhos é mostrar que as diferenças existem nas mais variadas maneiras, o que não significa que a felicidade não seja possível.
"Descobrir que as pessoas valem pelo que elas realmente são e não por quanto elas pesam, dentro de um ambiente positivo e de compreensão, vai contribuir para que as crianças e os adolescentes se aceitem e se gostem", finaliza. 
Raptando aquele antigo provérbio alardeado nos tempos de nossos avós de que "todo gordinho tem grande coração". Pergunto: não chegou a hora do fofinho ser feliz não só para os outros, mas ser feliz para si também?

Bruno Thadeu

Transtorno do Déficit de Atenção ou falta de limites?
Apesar do muito que já se tem dito sobre crianças com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade) esse termo permanece gerando dúvidas em pais e professores. Afinal, como saber se a criança é apenas agitada, com poucos limites ou se é portadora desse transtorno?
No caso do TDAH, a criança apresenta primordialmente uma dificuldade generalizada para manter a atenção voluntária, ou seja, para dirigir e concentrar sua atenção naquilo que lhe é solicitadoobservar ou executar. Pode haver também uma atividade motora inútil, ou seja, a criança se movimenta sem objetivo claro: balança os pés, as mãos, o corpo, passa a maior parte do tempo se deslocando quando deveria estar quieta, pois não consegue se controlar. Pode ainda apresentar um grau acentuado de impulsividade, que a prejudica tanto no trato social como escolar, pois assim como responde antes do professor acabar de perguntar, e até agir agressivamente acabando por ter problemas sérios de relacionamento social.
São crianças e jovens que se deixam levar facilmente por suas emoções, desejos ou necessidades. Têm dificuldade para parar e pensar, antes de agir. Percebe-se ao longo do tempo, que essas crianças não conseguem deixar o modo impulsivo de adaptar-se ao meio, próprio dos primeiros seis anos de vida por um modo mais reflexivo que deve começar a surgir nessa idade, com a mediação dos processos atencionais.
A real dificuldade de selecionar estímulos, de manter a atenção sobre eles e as mudanças freqüentes do foco atencional, justificam a razão pela qual crianças portadoras de TDAH precisam de ajuda profissional para adquirir hábitos e estratégias cognitivas, que lhes permitam um desempenho escolar à altura de sua capacidade.
Como têm enorme dificuldade de encontrar uma motivação intrínseca por tarefas que não apresentem uma recompensa imediata ou que não sejam atraentes, os pais e professores freqüentemente ficam admirados com o diagnóstico, pois lhes parece estranho a criança só conseguir prestar atenção àquilo de que gosta...
Quando a questão da desatenção e da agitação excessiva pode ser controlada pelo indivíduo ou pelo meio, de modo eficaz, ao longo de várias horas e em diferentes situações, dificilmente se trata de uma criança ou um jovem com TDAH.
É importante saber ainda que, embora a hipercinesia tenda a diminuir com a idade, sabe-se que adolescentes com TDAH são mais adeptos a esportes radicais, a enfrentar aventuras e perigos do que seus iguais e, quando adultos, essa hiperatividade e impulsividade torna-se mais subjetiva, ou seja, conseguem ter uma atividade física menos exuberante, mas dedicam-se via de regra a estar sempre fazendo alguma coisa ou várias coisas ao mesmo tempo.

Por Maria Irene Maluf
Dislexia: como reduzir os efeitos?
A dislexia é um distúrbio hereditário com alterações genéticas que afeta uma área do Sistema Nervoso Central prejudicando o aprendizado da leitura e da escrita em diversos modos e graus.
O perfil de uma criança disléxica é aquela que normalmente tem um bom desenvolvimento da fala e adorava ir à escola até o momento em que a professora começou o processo de alfabetizaçãousando as letras e o ditado, o “monstro” dos disléxicos.
A criança disléxica demanda mais tempo para ler e escrever, sendo estas tarefas cansativas. A dificuldade com a leitura e escrita deixa a criança insegura, frustrada por não acompanhar seus coleguinhas de sala e deprimida por se sentir para trás.
A dislexia não tem cura, mas tem como ser tratada e acompanhada. Se isso não for realizado desde cedo, os prejuízos dessas dificuldades poderão refletir também na vida profissional quando essas crianças se tornarem adultas.
No entanto, o fato de não haver cura para a dislexia não é motivo para desistir do processo de aprendizagem da linguagem escrita. As crianças disléxicas devem ter o amparo escolar além de um reforço extra-escolar para acompanhá-las.
Cuidados importantes - O tratamento do querido da família deve ser multiprofissional, ou seja, com a assistência de um médico neurologista, fonoaudiólogo, psicopedagogo e psicólogo. Os professores têm um papel fundamental na vida dessas crianças. Eles devem ter a consciência que é na escola que o aluno desenvolve seu aprendizado e vivencia experiências.
Compreensão e saber quais as limitações de uma criança disléxicas são essenciais para que os educadores ressaltem seus pontos fortes, como a oralidade, e trabalhem os pontos fracos.
Outra boa recomendação: fazer alguma atividade física, de preferência de escolha da criança. Isso pode ajudar na reconquista da sua auto-estima, mostrando para a criança que todos tem suas dificuldades e qualidade.
Garantido por lei - De acordo com a Constituição Federal, o disléxico tem direito de receber ajuda nas leituras e de não fazer nada por escrito. As escolas e universidades são autorizadas legalmente a avaliar esses alunos apenas oralmente.
Todos devem ter a ciência de que a criança disléxica possui uma dificuldade de caráter permanente e duradouro, o que não a impede de aprender a ler e escrever, mesmo sendo com algumas dificuldades.
Dicas 
Sinais de dislexia em crianças em idade:
Pré-escolar - falta de atenção, dificuldade em aprender rimas e canções e montar quebra cabeças e fraco desenvolvimento da coordenação motora.
Escolar - desatenta, dispersa e desorganizada, não grava rimas e alterações, confunde esquerda com direita, tem dificuldade em usar mapas e dicionário, não decora seqüências como meses do ano e dias da semana e faz trocas de letras parecidas na hora de escrever (p por b ou d). 


Bruno Rodrigues

Como criar o hábito da leitura na infância?
As crianças estão cada dia menos acostumadas a ler, sendo que elas serão os adultos de amanhã. Portanto, o interesse pela leitura deve ser estimulado pela mamãe quando o bebê ainda está dentro da barriga. O hábito de ler deve ser desenvolvido desde o início da vida.
Depois do nascimento, a mamãe, ou mesmo o papai, deve contar histórias para o seu pequeno. A partir do momento em que o pequeno começa a pegar objetos e a brincar, brincadeiras com livros já podem ser introduzidas no cotidiano da criança.
Você sabia que a hora do banho é uma boa oportunidade para seu bebê se acostumar com livros? Pois é. Existem livros de plástico ideal para essa hora. Como o banho é muito prazeroso para a criança, esta poderá associar o livro a um evento gostoso.
As crianças são seres muito curiosos e o manuseio de livros, sejam eles de plástico, pano, papel ou musicais são importantes para que os pequenos manipulem, brinquem e explorem o objeto que podeampliar o vocabulário e imaginação.
Livros com muitas ilustrações e pouco texto são adequados para crianças acima de cinco anos, que poderão criar histórias com base nos desenhos ou interpreta-los. Se a leitura for estimulada desde pequenino, o manuseio do livro para essas crianças já será comum.
Desse modo, quando o processo de alfabetização estiver acontecendo, as crianças que passaram por todo o processo de conhecimento e manuseio do livro terão prazer de lê-lo, seja um livro indicado pela escola ou o que a própria criança escolher na biblioteca.
Pais que lêem servem de exemplo ao filho - Outro estímulo que os pais podem oferecer à criança e que pode ser o principal é o exemplo. Crianças que vêem os pais lendo, que percebem que os pais têm prazer ao ler, são crianças mais interessadas em leitura .
Passeios a feiras de livros são encantadores para as crianças. Lá encontram as mais diferentes opções de leitura e se entusiasmam com o ar de magia e mistério.
Nunca deixe de contar histórias para seu filho, se ele já sabe ler, leia junto e depois comentem a história, faça-o interpretar o livro que leu. Leva-lo à biblioteca e escolherem um livro juntos para ler em casa é um grande incentivo.

Dicas
 
- Leve seu filho para passear em bibliotecas e livrarias que deixem a criança manusear os livros. O contato com o autor do livro pode estimular a curiosidade pelo livro. Festas de lançamentos de livros são ideais.

- Pegue o livro e vá contar história para a criança na cama. Faça perguntas simples para deixar o filho aceso na história. Se a história for sobre animais, pergunte se ela já viu uma baleia, por exemplo, e peça para ela descrevê-la.

- Não repreenda a criança pela folha do livro rasgada, acidentes acontecem. Converse e o ajude a criar responsabilidade.


Bruno Rodrigues

Transtorno Bipolar na Infância
A relevância da observação dos comportamentos e aquisições intelectuais da criança e do adolescente feita por pais e professores é imensa, mas não substitui uma avaliação médica e de especialistas em diferentes áreas, quando estes comportamentos fogem da freqüência e intensidade usuais.
Entre esses, o Transtorno do Déficit da Atenção, com ou sem hiperatividade (TDA/H) e o Transtorno do Humor Bipolar (THB) têm sido objeto de muitos estudos em vários países, pois ocasionam forte impacto sobre a vida escolar, pessoal, familiar e mais tarde profissional do paciente, especialmente quando não devidamente diagnosticados e tratados por equipes de profissionais especializados.
O Transtorno de Humor Bipolar em crianças é outro exemplo de doença psiquiátrica que exige seriedade no encaminhamento, pois, nessa faixa etária, a sua sintomatologia pode se apresentar de forma atípica.
Assim, ao invés da euforia seguida da depressão dos adultos, nas crianças surge a agressividadegratuita seguida de períodos de depressão. Nestas, o curso do Transtorno é também mais crônico do que episódico e sintomas mistos com depressão seguida de “tempestades afetivas”, são comuns. Além disso, a mudança é rápida e pode acontecer várias vezes dentro de um mesmo dia, como por exemplo: alterações bruscas de humor (de muito contente a muito irritado ou agressivo); notável troca dos seus padrões usuais de sono ou apetite; excesso de energia seguida de grande fadiga e falta de concentração. Esses são alguns sintomas que devem ser observados.
Os diagnósticos de transtornos da saúde mental são difíceis mesmo para os especialistas, pois é alta a prevalência de comorbidades, ou seja, o aparecimento de dois transtornos simultaneamente, o que exige conhecimento, experiência e observação minuciosa do médico e da equipe envolvida, como psicólogos e psicopedagogos.
É importante salientar ainda que estes transtornos afetam seriamente o desenvolvimento e o crescimento emocional dos pacientes, sendo associados a dificuldades escolares, comportamento de alto risco (como promiscuidade sexual e abuso de substâncias), dificuldades nas relações interpessoais, tentativas de suicídio, problemas legais, múltiplas hospitalizações, etc.
Os diagnósticos devem sempre ser realizados por médicos psiquiatras ou neurologistas em conjunto com psicólogos e psicopedagogos, que ao diagnosticarem e acompanharem a criança, se preocupam em dar também orientações à família e à escola.
Minimizar esses transtornos só piora suas conseqüências e prejudica o paciente. Somente especialistas podem afastar e esclarecer as dúvidas e não é exagero ser cuidadoso quando se trata da vida, saúde e futuro dos nossos filhos!

Maria Irene Maluf
As crianças que apresentam ronco durante o sono podem ser portadoras da Síndrome da Apnéia do Sono, que se caracteriza por uma interrupção na respiração enquanto a criança está dormindo, reduzindo assim a quantidade de oxigênio no sangue.
Essa redução de oxigênio pode trazer inúmeros problemas, alguns irreversíveis. Vários estudos sobre a apnéia em crianças já foram realizados. 
Verificou-se, por exemplo, que as crianças portadoras de apnéias obtiveram um desempenho pior nos testes de QI e apresentaram danos em estruturas do cérebro relacionadas à memória, aprendizado e ao desenvolvimento das capacidades mentais e físicas, limitando até a habilidade de ler da criança.
A síndrome da apnéia do sono também pode levar a um retardo no crescimento da criança e até a uma alteração cardio-respiratória, como hipertensão pulmonar.
alteração no crescimento se deve à diminuição da produção do hormônio do crescimento devido ao sono sempre interrompido pela apnéia (o hormônio do crescimento é produzido durante o sono).
Alguns sintomas, além do ronco, são encontrados nas crianças com a síndrome da apnéia: respiração pela boca, movimentação intensa durante o sono, xixi na cama ou suar muito durante a noite, alterações cognitivas e comportamentais como déficit de atenção e hiperatividade, que podem gerar prejuízo do aprendizado e baixo rendimento escolar.
Problemas de aprendizado são observados seis vezes mais nas crianças com a síndrome.
Tratamentos e explicações - Existem muitas causas para a apnéia, mas a principal é a hipertrofia (aumento do tamanho) das amígdalas e adenóides. Outras causas incluem obesidade, malformações craniofaciais e doenças neuromusculares.
Essa síndrome pode ocorrer em qualquer sexo e idade, incluindo recém-nascidos, mas a predominância é em crianças com idade pré-escolar onde a hipertrofia das amígdalas é mais comum.
O tratamento da Síndrome da apnéia pode ser cirúrgico, a base de medicamentos (corticóides) entre outras. Nos estudos recentes a cirurgia de retirada das amígdalas e adenóides se mostra mais eficaz, melhorando e até curando a apnéia, aumentando a qualidade de vida da criança.
Como é uma síndrome que pode trazer prejuízos cerebrais, os danos podem ser irreversíveis e por isso o diagnóstico precoce é de extrema importância. Procurar um médico imediatamente para um diagnóstico específico se for observado sintomas da Síndrome da Apnéia do sono na criança pode ajudá-la a melhorar sua qualidade de sono, aprendizado e sociabilidade.
Dicas 
Caso verifique no seu filho sono agitado e ronco durante a noite, peça orientação do pediatra.

Não prorrogue o tratamento da Síndrome da apnéia do Sono. Quanto antes a criança for tratada, menor o risco de algum prejuízo.

Nem sempre um ronco à noite significa que a criança apresenta apnéia, mas deve-se investigar devido ao ronco ser um dos sintomas da apnéia. 


Bruno Rodrigues

Á disposição,
Bernardete S. Malatesta
Psicóloga do S.O.P.
Serviço de Orientação Psicológica do Paralelo

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