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quarta-feira, 22 de julho de 2015

GRATIDÃO




Gratidão

Chegando a sua casa, Caio vinha pensativo. Ouvira um colega de escola dizer que o dinheiro é maldito e ficou preocupado. Na hora do almoço, o pai notou que o filho estava diferente e perguntou:
— Aconteceu algo na escola, meu filho?
O garoto pensou um pouco e respondeu:
 
— Papai, o Flávio disse hoje que o dinheiro é maldito! Fiquei preocupado e resolvi que, a partir de agora, não quero mais saber do dinheiro, nem da mesada que você me dá!
O pai ouviu o filho, surpreso, anotando-lhe a preocupação e em seguida considerou:
— Caio, você acha realmente isso do dinheiro?
— Não sei, papai. Mas não quero vê-lo, por minhas mãos, levando o mal às pessoas!
O pai sorriu diante das palavras do filho e indagou:
— Muito justa sua preocupação, Caio. No entanto, meu filho, quando foi que você prejudicou alguém com dinheiro?
O garoto voltou a ficar pensativo e respondeu:
— Não sei, papai, mas acho que isso nunca aconteceu!
Como estivessem acabando de almoçar, o pai balançou a cabeça concordando com o pequeno, depois comentou:
— O almoço estava uma delícia, não é, Caio? Pois é! Sem dinheiro não teríamos essa comida tão boa, nem a sobremesa deliciosa que sua mãe preparou para nós!
 
— É verdade, papai! Adorei a macarronada e a sobremesa da mamãe!...  
— Então, fico feliz por vê-lo desejando o melhor, Caio, e não querendo ser motivo de prejuízo para ninguém. Mas pense! Quando foi que você viu o dinheiro causando prejuízo a alguém?
O garoto ficou calado por alguns instantes, depois respondeu:
— Acho que quando as pessoas compram bebida, cigarros... Porque prejudicam seu
organismo! 
— Muito bem, Caio! Deus nos deu o corpo para uso aqui na vida na Terra e devemos cuidar dele muito bem. Realmente, essas coisas que você citou prejudicam quem as usa e que, não raro, ficam doentes.  
— É por isso que vamos ao médico quando não estamos bem! — sugeriu o menino.
— Isso mesmo, filho! E quando usamos o dinheiro para prejudicar o próximo?   
— Acho que é quando o dinheiro é usado para comprar coisas que damos aos outros, e que podem prejudicá-los. Outro dia mesmo eu vi seu amigo que viajou e, ao voltar, trouxe-lhe de presente uma garrafa linda de bebida. Você lembra, papai? Era embrulhada com papel maravilhoso! Mas depois, discretamente, eu vi que você abriu a garrafa e jogou tudo fora!
— Tem razão, Caio. Sim, eu fiz isso a benefício da nossa família. Então, quando podemos usar o dinheiro de maneira boa? Caio nem precisou pensar muito para responder:
— Quando ajudamos a quem precisa! Outro dia bateu à nossa porta um senhor que estava precisando de dinheiro para comprar remédios, e você deu o que ele precisava, não é, papai? Ele ficou tão contente! Os olhos do velhinho brilharam de gratidão e ele disse: “Deus lhe pague!”. E eu fiquei muito satisfeito com você, papai.
A essa lembrança, o pai baixou a cabeça também emocionado:
— Não sabia que você tinha visto, meu filho. Mas tem razão! A necessidade daquele senhor era tanta que também me tocou. Veja como podemos fazer os outros felizes com tão pouco dinheiro!
— Às vezes, nem precisamos de dinheiro! Outro dia na escola, um colega estava com fome e não tinha levado lanche. Eu não tinha dinheiro, mas reparti meu lanche com ele. Fiz bem, não é, papai?
O pai abraçou o filho com lágrimas nos olhos ao ver como, ainda tão pequeno, Caio era sensível ao sofrimento do próximo.
— Certamente, meu filho, Jesus ficou contente com você. O Mestre nos ensinou que tudo o que fizermos ao próximo, é como se fizéssemos a Ele mesmo!
— Como assim, papai?
— Bem. Suponhamos que você está sozinho na rua, leva um tombo e se machuca. Nem eu nem sua mãe estamos ali para socorrê-lo. Mas um homem o vê na calçada, caído e machucado; para, ajuda-o e depois o leva para casa. Qual o sentimento que eu e sua mãe vamos ter pelo homem que o socorreu?
— Vocês ficarão muito agradecidos a ele, papai!
— Exatamente, filho. É assim que Jesus, que nos ama a todos, ficará grato a quem socorrer qualquer um de seus irmãos!
O garoto sorriu satisfeito:
— Entendi, papai! Agora, quando falarem mal do dinheiro, vou responder que o dinheiro não é mau em si, mas depende de como seja usado, pois, quando alguém está doente, podemos comprar remédios; na escola, com ele podemos comprar livros, cadernos, lápis; para construir casas, podemos comprar tijolos, cimento e muito mais!... Pensando bem, para tudo vamos precisar de dinheiro! 
Então Caio, cheio de gratidão ao pai que Deus lhe concedera, deu-lhe um grande e apertado abraço, ciente de que recebeu muito de Jesus nesse dia!  
MEIMEI 
(Recebida por Célia X. de Camargo, em 11/05/2015.)
                                                 

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