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quinta-feira, 2 de julho de 2015

RICHARD SIMONETTI-CONTOS

Patrimônio Inútil


Livro: Luzes no Caminho
Richard Simonetti



    Conta Esopo (século VI a.C.), que um homem extremamente zeloso de seus haveres, decidido a resguardar-se de qualquer prejuízo, tomou radical providência:

    Vendeu todos os seus haveres e comprou vários quilos de ouro que fundiu numa única barra.

    Em seguida, enterrou-a em mata cerrada.

    À noite, solitário e esquivo, contemplava, em êxtase, seu tesouro.

    Algo de tio Patinhas, o milionário sovina das histórias em quadrinhos, que se deleita mergulhando num tanque cheio de moedas.

    Um dia foi seguido por amigo do alheio.

    Quando se afastou, após a adoração rotineira, o gatuno desenterrou o ouro e escafedeu-se.

    O avarento quase enlouqueceu, tamanho o seu desespero.

    Um vizinho, ao saber do fato, ponderou:

    – Não sei por que está tão transtornado! Afinal, se no lugar do ouro estivesse uma pedra seria a mesma coisa. Aquela riqueza não tinha nenhuma serventia para você…

    ***

    Difícil encontrar na atualidade pessoas dispostas a enterrar seus haveres.

    Raras os têm sobrando.

    Além disso, seria correr risco inútil.

    As instituições financeiras guardam com segurança nosso dinheiro. Até produzem rendimentos, sem surpresas desagradáveis, salvo quando têm o mau gosto de quebrar, por incompetência ou corrupção.

    Não obstante, muita gente costuma enterrar um bem muito mais precioso, uma riqueza inestimável – a existência.

    Se nos dermos ao trabalho de analisar a jornada terrestre, com suas abençoadas possibilidades de edificação, perceberemos como é valiosa.

    Traz-nos inúmeros benefícios:

        * O esquecimento do passado ajuda-nos a superar paixões e fixações que precipitaram nossos fracassos.
        * A convivência com desafetos transmutados em familiares favorece retificações e reconciliações indispensáveis.
        * O contato com companheiros do pretérito, nas experiências do lar e na atividade social, estreita os laços de afetividade.
        * A armadura de carne inibe as percepções espirituais, minimizando a influência de adversários desencarnados.
        * As necessidades do corpo induzem à bênção do trabalho.
        * O esforço pela subsistência desenvolve a inteligência.
        * As limitações físicas refreiam os impulsos inferiores.
        * As enfermidades depuram a alma.
        * As lutas fortalecem a vontade.
        * A morte impõe oportuno balanço existencial, sinalizando onde estamos, na jornada evolutiva.

    ***

    No entanto, à semelhança do unha-de-fome de Esopo, muita gente troca o tesouro das oportunidades de edificação por uma barra luzente de efêmeras realizações, cuidando apenas de seus interesses, de seus negócios, de suas ambições…

    Quando tudo corre bem, há os que se deslumbram com essa “riqueza”, como aquele lavrador da passagem evangélica:

    Construiu grandes celeiros, guardou neles toda a sua produção e proclamou para si mesmo (Lucas, 12:18-20):

    – Tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te…

    Mas Deus lhe disse:

    – Insensato, esta noite pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?

    Exatamente assim acontece com aquele que se apega às ilusões humanas, buscando realizações de brilho efêmero.

    Um dia vem o indefectível ladrão – a morte –, e lhe rouba o corpo.

    Indigente na vida espiritual, desespera-se.

    Chora, inconformado.

    Recusa-se a aceitar a nova situação.

    Esopo lhe diria:

    – Por que o lamento? Houvesse você estagiado nas entranhas de uma pedra e o resultado seria quase o mesmo. A experiência humana pouco lhe serviu! 


Extraído de: http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/artigos.htm

« Última modificação: 22 de Fevereiro de 2011, 12:39 by HelenaBeatriz »
"O homem que considera sua razão infalível, está bem próximo do erro". Allan Kardec (LE)


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    Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
    « Responder #1 em: 22 de Fevereiro de 2011, 12:40 »
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    O Prato Principal


    Livro: Histórias que trazem felicidade
    Richard Simonetti


                    Certo homem deu uma grande ceia e convidou a muitos.
                    À hora da ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados:
                    - Vinde, porque tudo já está preparado.
                    Mas todos, um a um, começaram a se desculpar.
                    O primeiro disse:
                    - Comprei um campo e preciso ir vê-lo. Peço-lhe que me dês por escusado.
                    Outro disse:
                    - Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te que me dês por escusado.
                    E outro disse:
                    - Casei-me há pouco, por isso não posso ir.
                    Voltando, o servo relatou tudo ao seu senhor. Então o dono da casa, indignado, disse ao seu servo:
                    - Vai depressa pelas praças e ruas da tua cidade e traz-me aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
                    Disse-lhe o servo:
                    - Senhor, o que ordenaste já foi feito, e ainda há lugar.
                    E disse o senhor ao servo:
                    - Vai pelos caminhos e ao longo dos cercados e obriga-os a entrar, para que a minha casa fique cheia. Pois eu te digo que nenhum daqueles que foram convidados provará da minha ceia.

              Lucas, 14:16-24

              ***

              Bem, caro leitor, não é difícil identificar Deus como o anfitrião desta história.

              A ceia representa a comunhão com os valores espirituais.

              O convite divino manifesta-se de duas formas:

              Objetivamente:
              Envolve a tradição familiar, a crença do berço.

              Subjetivamente:
              Exprime-se nas dúvidas existenciais, na inquietação inexprimível, no indefinível anseio do sagrado.

              Poucos são receptivos.

              Jesus reporta-se a três escusas:

              O que comprou um campo e vai vê-lo.

              Está envolvido com o cotidiano, num somatório de atividades, interesses e prazeres. Impedimentos se sucedem - a novela, o cinema, o futebol, a visita, o passeio, o contratempo, o compromisso inadiável...

              Não tem tempo!

              O que comprou uma junta de bois.

              Enrosca-se na atividade profissional, o ganha-pão, o dinheiro do mundo. O expediente que se prolonga, o compromisso marcado, a convocação inesperada...

              Não tenho tempo!

              O que acaba de se casar.

              Prende-se às solicitações familiares. Não encontra espaços vazios na agenda. Há sempre alguém a atender...

              Não tem tempo!

              Parecem ignorar o óbvio:

              Tempo é uma questão de preferência.

              Sempre encontramos espaço no cotidiano para fazer o que desejamos.

              ***

              Vendo que seus apelos são inúteis, o Senhor decide convidar os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.

              Lembra um pensamento corrente nas lides espíritas:

              Aproximamo-nos do Espiritismo por convite do amor ou por convocação da dor.

              Amor ao conhecimento: a vontade de aprender, desdobrar horizontes, equacionar a existência...

              Há, também, o amor romântico. No jogo da sedução vale tudo, até a adesão à crença do ser amado. Isso antes do casamento. Depois, é outra história.

              A maioria vem pela dor.

              Têm problemas, estão doentes, perturbados, desajustados, infelizes, deprimidos... São representados pelos estropiados da parábola.

              Talvez você, leitor amigo, tenha procurado o Espiritismo pelo amor.

              Parabéns!

              Saiba que é uma exceção.

              Lembro minha própria experiência.

              Embora filho de família espírita, até os vinte anos estive totalmente alheio. Foi a partir de grave lesão num olho que me aproximei.

              Como toda mãe espírita diante de um filho com problema de saúde, minha genitora logo pediu, em reunião mediúnica, o apoio de um mentor espiritual. Ele se propôs a ajudar.

              Fiquei animado, até saber a condição imposta:

              Era preciso que eu comparecesse às reuniões públicas do Centro, que eram diárias.

              - Todos os dias?!

              - Sim.

              - Poxa, mamãe! Nenhuma folga, nem mesmo no domingo?!

              - Meu filho, a dor e a necessidade não escolhem dias. Sempre há gente precisando de socorro.

              Achei absurda a exigência. Não obstante, a enfermidade é extremamente persuasiva, principalmente quando envolve um dos dons mais preciosos – a visão.

              Cumpri minha parte. O guia cumpriu a dele. Sarei.

              Melhor que a cura - tomei gosto pelo Espiritismo.

              Hoje participo por amor, com ajudazinha da dor, de vez em quando, que é para a gente não se distrair.

              Segundo a parábola, os convidados desinteressados não provarão a ceia.

              Acrescentaríamos que isso ocorrerá até que estejam também estropiados, o que, certamente, modificará suas disposições.

              ***

              No banquete da espiritualidade, oferecido no Centro Espírita, temos as entradas.

              É o alimento leve e imediato: o atendimento fraterno, o passe magnético, o tratamento espiritual, o receituário mediúnico, as vibrações dirigidas...

              Curioso que muitos ficam apenas nesse antepasto. Melhoram, experimentam algum bem-estar; o problema de saúde parece superado, mente pacificada...

              E logo procuram a saída!

              Deixam o melhor, o prato principal, representado pelo conhecimento espírita. É esse que realmente nos alimenta e fortalece, ajudando-nos a viver de forma mais tranqüila e feliz.

              Se estivermos dispostos a experimentar, devemos saber que esse maná dos céus precisa ser bem mastigado para ser digerido.

              Isso envolve o legítimo desejo de aprender, marcado pela leitura, o estudo, a assiduidade às reuniões, superando a mera intenção de receber benefícios.

              ***

              No Japão há curioso costume.

              As pessoas compram, em restaurantes e supermercados, determinados alimentos, acondicionados em pequenas caixas, o que lhes permite tomar sua refeição na rua, na praça, no local de trabalho, no metrô...

              Algo semelhante pode ser feito com o banquete da espiritualidade. Acondicionar o prato principal em prática embalagem – o livro espírita!

              A qualquer momento, em qualquer lugar, podemos mangiare, como diz o italiano, finas iguarias que saciam nossa fome de espiritualidade, proporcionando-nos momentos de leitura edificante.

              ***

              Ao ouvir sobre a importância de ter o livro espírita ao alcance das mãos, uma senhora comentou:

              - Infelizmente, não tenho o hábito da leitura.

              Bem, sabemos que hábito é uma tendência adquirida com a repetição de determinadas ações.

              Há alguns extremamente prejudiciais:

              Fofocar.
              Impressionante o prazer mórbido que as pessoas sentem em comentar aspectos negativos do comportamento alheio. Auto-afirmação às avessas. Ao invés de se realizarem pelo que são, pretendem fazê-lo depreciando os outros.

              Esbravejar.
              Há quem resolve tudo no grito. Ergue a voz, impondo medo, sem conquistar respeito ou estima. Quando detém cargos de mando, sai de perto!

              Xingar.
              Há pessoas que escovam os dentes, sem escovar a conversa. Principalmente quando, irritadas, pronunciam obscenidades, a se expandirem em vibrações virulentas que conturbam qualquer ambiente.

              Mentir.
              Parece segunda natureza. Está tão incorporado ao comportamento humano, que o profeta Isaías proclama taxativo: todo o ser humano é mentiroso.

              Melhor cultivar bons hábitos.

              Um deles, gratificante: ler livros espíritas!

              Inicialmente, alguns minutos diários, se há dificuldade.

              Aos poucos iremos ampliando a capacidade de nos fixarmos na leitura, substituindo as horas vazias, desperdiçadas, jogadas

              fora, por uma excursão no deslumbrante universo espírita.

              Tenhamos ao alcance das mãos as abençoadas caixas com o alimento principal, capaz de saciar nossa fome de paz e conforto, a qualquer momento, em qualquer lugar! 

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      Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
      « Responder #2 em: 22 de Fevereiro de 2011, 12:44 »
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      A Consulente e o Marido


      Richard Simonetti

          1 – Meu marido comporta-se como um machista incorrigível. É o meu carma?

          O lar é a escola das almas, onde aprendemos a mudar de pessoa na conjugação do verbo de nossas ações. Da primeira do singular, eu, para a primeira do plural, nós, superando o comportamento egoístico. Isso fica difícil quando encaramos o cônjuge como “uma cruz a ser carregada ao calvário de redenção”, conforme afirmam os que guardam vocação para a volúpia do sofrimento.

          2 – São belas idéias, mas impraticáveis no meu lar. Meu marido é um bronco!

          Ao que parece, você entende mais desse assunto do que o Criador. Se Ele os colocou juntos é porque há esperança. Algumas posições devem ser modificadas, como, por exemplo, situá-lo por “bronco”. É uma apreciação unilateral perigosa, que nos predispõe à má vontade.

          3 – E se ele for um inimigo do passado? Às vezes tenho a impressão de que me odeia…

          Nós espíritas temos o mau vezo de achar que as dificuldades de convivência surgem a partir do envolvimento com inimigos do passado. Seria maldade de Deus colocar-nos em tal situação para vivermos às turras. Afinal, como diz o velho adágio, Deus quer que nos amemos, não que nos amassemos.

          4 – Mas a Doutrina não revela que isso acontece com freqüência?

          Exagero afirmar que seja freqüente. E mesmo quando ocorra, nem por isso deverá o lar converter-se em arena de brigas e discussões. O problema não é a convivência com desafetos do passado, e, sim, a insistência no comportamento egoístico, que nos leva a exigir demasiado dos familiares, levantando barreiras de ressentimento e mágoa, sempre que não correspondem às nossas expectativas.

          5 – De qualquer forma, é difícil conviver quando o cônjuge não considera nossos direitos.

          Cuidado com semelhante argumento. Se pensamos muito em direitos, esquecemos os deveres, a partir do elementar, que é o de respeitar o próximo, principalmente aquele que habita sob o mesmo teto.

          6 – Não será razoável reagir ao desrespeito, usando a mesma moeda? Xingamento por xingamento, ofensa por ofensa. É para ele aprender!

          Você está com um atraso de dois mil anos em seu aprendizado espiritual. Lembra o olho por olho, dente por dente, de Moisés. A vigência atual é do Evangelho, o perdoar setenta vezes sete. Jesus deixa bem claro que reagir ao mal com o mal instala conflitos insuperáveis. Ao aforismo quando um não quer dois não brigam, podemos acrescentar que quando um age sempre com civilidade, conservando a serenidade, acabará por influenciar as pessoas de sua convivência, convocando-as a uma mudança de postura. O bem é a força mais poderosa do Universo, embora possa sugerir fraqueza na convivência doméstica.

          7 – Reconheço que não sou santa. Teria dificuldade em conservar a serenidade e a compreensão. Não obstante, estou disposta a tolerá-lo até o fim. Não está de bom tamanho?

          Você me lembra aquela senhora sempre às turras com o marido, mas com essa mesma disposição, convicta de que se assim o fizesse haveria de livrar-se do próprio depois da morte. Foi alertada, ao retornar à espiritualidade, de que deixara de cumprir o compromisso maior que era o de harmonizar-se com o marido.

          8 – E o que aconteceu com ela?

          Compromissos não cumpridos exigem uma retomada. Teve que se preparar para nova experiência em comum. Ela e o marido estariam novamente juntos, no retorno à carne. E lhe foi reiterado que buscasse internalizar a idéia básica: não vale tolerar; é preciso harmonizar
      .

      Fonte: http://www.richardsimonetti.com.br/pinga_fogo


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        Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
        « Responder #3 em: 22 de Fevereiro de 2011, 12:45 »
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        C é u


        Richard Simonetti
        Livro: Espiritismo, Tudo o que você precisa saber


            1 – Morrer dói?

            A agonia impõe uma espécie de anestesia geral. O corpo entra em sono profundo, caracterizado pelo coma, e o Espírito também. Normalmente isso tudo se faz sem dor.

            2 – Isso não tem algo a ver com as concepções teológicas tradicionais, segundo as quais o Espírito dorme, aguardando o juízo?

            Até podemos assim conceber, mas considerando que o Espírito aguarda não um remoto juízo final, mas o juízo de sua própria consciência, ante as realidades de além-túmulo. É um estado passageiro que pode durar dias, meses, anos, conforme a condição do desencarnante.

            3 – A morada dos Espíritos fica longe da Terra?

            Começa exatamente onde estamos. É apenas uma projeção do plano físico, uma outra dimensão que interpenetra a nossa. Não os vemos porque o corpo, autêntica armadura de carne, embota nossas percepções espirituais.

            4 – Mas eles nos vêem?

            Como dizia o apóstolo Paulo, somos rodeados por uma nuvem de testemunhas, os Espíritos desencarnados que convivem conosco, nos acompanham e influenciam.

            5 – Ficam eles indefinidamente entre nós? Não há a morada dos mortos?

            O plano espiritual estende-se além das fronteiras da Terra. À medida que o Espírito desliga-se dos interesses humanos, integrando-se na vida espiritual, tende a seguir o seu caminho, numa das “muitas moradas”, a que se refere Jesus.

            6 – Em outros mundos?

            Pode ocorrer. Regra geral, porém, permanecemos todos vinculados à Terra, ocupando planos de espiritualidade compatíveis com nossa evolução.

            7 – Mesmo na Terra, não ficam os Espíritos num mesmo plano?

            Imaginemos o mundo espiritual como uma cebola, com vários planos. Cada Espírito, de acordo com seu desenvolvimento moral e o seu comprometimento com a vida física, ficará num deles. Quanto mais próximo à crosta, mais “humanizado”. Em camadas mais altas ficam as entidades sublimadas, já integradas na harmonia universal que eventualmente vêm à Terra, em grandiosas missões em favor do Bem e da Verdade.

            8 – Os antigos situavam a Terra como o centro de céus concêntricos, para os quais iam as almas, de conformidade com seus méritos. Falava-se em “sétimo céu”, como o estágio mais alto. É mais ou menos isso?

            Embora as fantasias de que se revestiam as concepções teológicas da antiguidade, os homens intuíam essa realidade, hoje demonstrada pela Doutrina Espírita
        .





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          Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
          « Responder #4 em: 22 de Fevereiro de 2011, 12:47 »
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          As Emoções da Saúde

          Richard Simonetti

              1 – Que dizer das descobertas da Medicina, em relação à influência das emoções nos transtornos da saúde, originando variados males físicos?

              Podemos dizer que a Medicina está com um atraso de dois mil anos em relação ao assunto. Jesus já ensinava (Mateus, 6:22-23): A lâmpada de teu corpo são os olhos. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas…

              2 – O problema parece estar relacionado não tanto com o mal que fazemos, mas com o mal que nos fazem, conturbando nossas emoções…

              Não é o mal que nos fazem que nos perturba, mas a forma inadequada como lidamos com ele. Fazemos um grande mal a nós mesmos quando não relevamos o comportamento alheio, esquecendo valores evangélicos como o perdão, a compreensão, a compaixão…

              3 – Poderia exemplificar?

              Se a esposa encara um marido difícil e filhos-problema como um compromisso que assumiu perante a espiritualidade no sentido de ajudá-los em suas limitações, não terá dificuldade em relevar seu comportamento agressivo ou deseducado, preservando a própria estabilidade.

              4 – E quando ocorre uma saturação? Não estaria a esposa lidando com uma situação acima de suas forças, produzindo inevitáveis reflexos na economia orgânica, como se vê freqüentemente?

              Seria puro sadismo de Deus colocar-nos em situações acima de nossa capacidade de suportá-las. Segundo a sabedoria popular, o Criador jamais nos impõe uma cruz de peso superior às nossas forças. Há a história do indivíduo descontente com sua cruz, ao qual foi concedida a oportunidade de trocá-la. Numa pilha imensa de madeiros, fez cuidadosa escolha. Surpreso, constatou depois que se tratava da mesma cruz que lhe fora confiada anteriormente.

              5 – Para preservar a própria estabilidade seria, então, apropriado, fazer o jogo do contente, proposto por Poliana?

              É um começo, mas o Espiritismo nos ensina que não basta a resignação passiva, imaginando que poderia ser pior. Devemos cultivar a resignação ativa, dinâmica, de quem procura fazer sempre o melhor. Não imaginar, ao receber um limão, que seria pior um jiló, mas usar o limão para fazer uma limonada.

              6 – No que o Espiritismo pode nos ajudar nesse particular?

              A Doutrina Espírita nos oferece uma visão abrangente da existência, explicando de onde viemos, para onde vamos e, sobretudo, mostrando-nos que as situações que vivenciamos na Terra não são acidentais. Família difícil, dificuldade financeira, limitações físicas, enfermidades crônicas, fazem parte de um quadro de experiências que, geralmente, nós mesmos planejamos, como recursos necessários a nossa evolução.

              7 – O segredo estaria em iluminar os olhos, conforme a proposta de Jesus?

              Sem dúvida, considerando porém que essa maneira iluminada de ver as situações não se relaciona apenas com o evitar o mal, mas, sobretudo, praticar o Bem.

              8 – Como você situaria esse empenho de praticar o Bem?

              Jesus nos orienta a respeito (Mateus, 7:12): …Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles. Em seu aspecto prático, a recomendação de Jesus está perfeitamente delineada na oração de uma senhora que pedia a Deus a ajudasse a florescer onde estava plantada. Onde estivermos e com quem estivermos, podemos florescer e frutificar, frutos abençoados de boa vontade e desejo de servir, enriquecidos pela enxertia do Evangelho
          .



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            Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
            « Responder #5 em: 22 de Fevereiro de 2011, 12:50 »
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            O Corpo Celeste


            Richard Simonetti

                Há corpos celestes e corpos terrestres…
                Semeia-se o corpo em corrupção, é ressuscitado em incorrupção…
                Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual…

                Essas expressões são do apóstolo Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios (capítulo XV), explicando à comunidade cristã a vida depois da morte.

                Já naquele tempo havia dúvidas sobre o assunto. Admitia-se a sobrevivência, mas sem uma noção de como o Espírito, o ser pensante, uma centelha divina, poderia agir no mundo espiritual e expressar sua individualidade.

                No livro Paulo e Estevão, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito Emmanuel, exercitando uma historiografia espírita, oferece informações que nos permitem entender uma observação do apóstolo, sobre o assunto (II Coríntios, 12:2-4):

                Conheço um homem em Cristo que há 14 anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu. E sei que o tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis de que ao homem não é lícito falar.

                Segundo Emmanuel, foi o próprio Paulo quem vivenciou essa experiência maravilhosa, transitando pelo plano espiritual durante as horas de sono, no corpo celeste.

                Como não poderia ter efetuado essa viagem astral no corpo físico, concluiu que há um corpo etéreo, que situou como corpo espiritual.

                Sepultado o cadáver, que entra em decomposição, o Espírito ressurge no plano espiritual, em seu corpo celeste, cópia fiel do corpo físico.

                Estudado por todas as escolas iniciáticas, ele permite ao vidente identificar os Espíritos que se apresentam à sua visão mediúnica. Allan Kardec o denomina perispírito, em torno do Espírito.

                O assunto merece nossa reflexão, particularmente neste mês de novembro, em que comemoramos o dia dos mortos.

                Mais apropriadamente diríamos o dia dos vivos, porquanto, todos que mourejamos na Terra, estamos de certa forma sepultados na carne, que inibe nossas percepções, a nos impedir a visão gloriosa do mundo espiritual, de onde viemos, para onde retornaremos, quando a Deus aprouver, ressurgindo em incorrupção, como bem define o apóstolo Paulo
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              Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
              « Responder #6 em: 22 de Fevereiro de 2011, 12:52 »
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              Libertar a Consciência

              Richard Simonetti
              Livro: O Céu ao nosso Alcance

                  Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Mateus, 5:6
                  – Primeiro sofreu o acidente. Ficou paraplégica. Em seguida o marido a deixou por outra. Tempos depois pegou fogo em sua casa.

                  – Que barbaridade!

                  – Tem mais: Ao falecerem seus pais, os irmãos a passaram para trás e ficaram com a herança. Labutou heroicamente para criar os dois filhos. Quando estes se casaram mudaram para longe e nunca mais deram notícias. Morreu pobre e sozinha, vitimada pelo câncer.

                  – É muita tragédia!

                  – O que mais espanta é que se tratava de uma mulher humilde e boa. Nunca reclamou da vida. Jamais acusou alguém. Paciência de Jó! Só tinha boca para exaltar o bem. Só pensava em ajudar as pessoas…

                  – Dizem que Deus faz sofrer àqueles que ama, preparando-os para o paraíso…

                  – E quem sofre pouco, é pouco amado por Deus?

                  – Tem razão. O Criador não pode ter favoritos. Mas é esquisito. Você já reparou como as melhores pessoas parecem enfrentar as dores maiores?! Não dá para entender!

                  – Há quem afirme que são decorrentes de faltas cometidas em vidas passadas…

                  – Isso não explica por que os maus e inconseqüentes parecem enfrentar menos problemas. Se não são bons hoje, pior foram antes…

                  – Certa feita perguntei isso a um amigo que entende do assunto. Ele me disse que os Espíritos mais evoluídos, que já viveram muitas vidas, têm uma visão mais ampla, enxergam mais longe no passado e estão melhor preparados para saldar seus compromissos…

                  – Seria como o homem que reconhece os prejuízos que causou em anos de inconseqüência. Hoje se dispõe a pagar…

                  – Exatamente. Antes não encarava os estragos que produzia nem tinha condições para a reparação. Quanto mais evoluído o Espírito, maior o seu discernimento e a consciência de seus débitos, ansiando por resgatá-los, não por imposição de Deus, mas para libertar a própria consciência.

                  – Faz sentido…
               

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                Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                « Responder #7 em: 22 de Fevereiro de 2011, 13:01 »
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                Infância e Aborrescência


                Richard Simonetti

                    Um amigo, às voltas com filhos adolescentes, que ele chama de “aborrescentes”, suspirava:

                    – Ah! Que bom seria se a criançada dormisse no início na puberdade e despertasse na idade adulta!

                    Reporta-se à complexidade desse ser estranho, instável, inseguro, impertinente, ansioso por auto-afirmação, adepto fervoroso da contestação, que olha com desdém para os pais, “esses caretas, mais por fora que braço de afogado”.

                    E pretende ser dono de seu nariz, embora conste como dependente na declaração de renda familiar, para todos os efeitos, até mesmo quando exercita a liberdade de decidir como vai gastar a mesada.

                    A solução não seria pô-lo a dormir, mas ajudá-lo a despertar.

                    O grande problema do adolescente é justamente o fato de ser alguém que chega ao fim de longo sono, a partir de seu mergulho na carne.

                    Completado o processo reencarnatório, o Espírito, que até então era pouco mais que um sonâmbulo, começa a entrar na posse de si mesmo, de suas tendências e aptidões, embora guardando completa amnésia em relação às experiências anteriores.

                    A proverbial relutância quanto aos cuidados do próprio corpo, envolvendo higiene, saúde, regime alimentar, sempre me pareceu mero resultado de longo estágio no plano espiritual, a chamada erraticidade, onde certamente perdeu o contato com elementares disciplinas sobre o assunto.

                    ***

                    Na questão 383, de O Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta qual a utilidade de o Espírito passar pelo estágio da infância, diz o mentor:

                    Encarnando, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.

                    Observe, leitor amigo, a importância dessa informação!

                    O período de infância é propício para que influenciemos o Espírito, educando-o para a vida, ajudando-o a superar suas imperfeições e mazelas.

                    Fragilizado, em face das próprias limitações físicas, sem condições para desenvolver iniciativas próprias, ele é receptivo aos exemplos e orientações que recebe dos adultos.

                    O velho ditado, de pequeno é que se torce o pepino, exprime uma realidade.

                    Muitas tortuosidades e viciações do reencarnante podem ser superadas com uma educação adequada, conscientes os pais de que, conforme o verso do poeta inglês William Wordsworth, citado por Machado de Assis (1839-1908), em Memórias Póstumas de Brás Cubas, a criança é o pai do homem.

                    Tendências e mazelas não superadas na infância, herança do pretérito, moldarão o caráter do adulto.

                    ***

                    Bem, e a adolescência – perguntará o leitor – para que serve?

                    Meu amigo diz que nesse estágio invertem-se as posições.

                    Na infância educamos nossos filhos.

                    Na adolescência eles nos educam.

                    Somos convocados a exercitar a paciência, a tolerância, a compreensão, o espírito conciliador, a fim de não transformar o lar em arena de intermináveis brigas e discussões.

                    Dentre as diatribes contestatórias do adolescente está a expressão que costuma usar, quando chamado às falas pelos genitores, em relação ao seu comportamento.

                    – Não cobrem nada de mim. Não pedi para nascer!

                    Pretende que não o consultaram para tê-lo como filho.

                    Conseqüentemente, que tratem de aceitar suas inconveniências.

                    O impertinente não tem nenhuma noção sobre essa tolice, que proclama enfaticamente.

                    Se algo conhecesse sobre as vidas sucessivas jamais falaria assim, tendo em vista o contingente de Espíritos desencarnados a espera da oportunidade de um mergulho na carne para experiências redentoras.

                    Certamente ele pediu, sim, insistentemente, para que seus pais lhe concedessem a abençoada oportunidade do recomeço, sem a lembrança do passado, a fim de vencer paixões e fixações que precipitaram seus fracassos e o infelicitam.

                    ***

                    É típico do adolescente situar os pais por incompetentes que não enxergam um palmo adiante do nariz.

                    Julga-se capaz de fazer muito mais por si mesmo.

                    É bom que o faça.

                    Seu futuro depende disso.

                    Mas, certamente, quando estiver às voltas com filhos adolescentes há de mudar sua opinião, reconhecendo que os “velhos” fizeram bem mais em seu benefício do que o supunha sua pretensa sabedoria
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                  Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                  « Responder #8 em: 22 de Fevereiro de 2011, 13:04 »
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                  Comportamento

                  Richard Simonetti

                            01 – Errar é humano, insistir no erro é burrice. Por que mesmo sabendo que algo é errado, cometemos o mesmo erro? Como fazer para que isso não aconteça?

                            É que ainda estamos mais próximo das bestas que dos anjos. Daí o fato de “empacarmos” com freqüência, nos caminhos de nossa renovação, em reiterados enganos. por isso, Paulo proclamava: O bem que quero, não faço; o mal que não quero, esse eu faço. Não obstante, aprendemos com o espiritismo ser imperioso que lutemos contra nossas tendências, fazendo prevalecer o bem, antes que venham os esporões da dor para nos “desempacar”.

                            02 – Como agir diante de um patrão com excesso de poder e orgulho, que persegue e maltrata seus subordinados, humilhando-os?

                            A besta responde aos coices escoiceando. Se queremos agir racionalmente, devemos ensinar boas maneiras aos que não às possuem, exemplificando respeito, tolerância, compreensão… Por mais deseducado seja um patrão, não conseguirá ser rude indefinidamente com alguém que o trata com urbanidade, sem deixar-se afetar por suas impertinências. Não obstante, não se imagine vivendo um carma. Nada o impede de procurar outro emprego.

                            03 – Há cinco anos freqüento o espiritismo. Sou médium, e ainda não consegui ser uma espírita caridosa. Sempre que penso em fazer algo, dá errado. É problema material ou espiritual?

                            É problema de orientação. O exercício da caridade não pede lugar, tempo, espaço, circunstância… Não é um comportamento para determinada situação, mas uma atitude perante a vida. Assim, nas 24 horas do dia somos convocados ao seu exercício, ajudando a família, o necessitado, a comunidade…Na medida em que nos imbuímos desse propósito e o colocamos em prática, multiplicam-se as possibilidades de sermos caridosos, até mesmo com a remoção de uma pedra na via pública, passível de provocar acidentes.

                            04 – Embora estudando o espiritismo, não consigo vencer minhas angústias. Trago marcas profundas. Fui muito magoada no passado por pessoas de meu relacionamento, inclusive meu ex-marido. Por que isso acontece?

                            Cultivar o passado é revivê-lo a cada momento. Você está agindo como alguém que não permite que um ferimento cicatrize, lavando-o diariamente com ácido. Quando deixar de ter pena de si mesma e viver o presente, sepultando o passado, ficará bem.

                            05 – Por que o ser humano, quando sob pressão em seu dia-a-dia, se vê incomodado e descarrega em outras pessoas?

                            Se você fechar a válvula da panela de pressão haverá uma explosão. O mesmo acontece conosco. As pressões são naturais em nosso cotidiano, envolvendo saúde, profissão, trânsito, família, negócios, problemas e dificuldades. Tiraremos de letra, se as válvulas de nosso psiquismo estiverem funcionando de forma adequada, mediante fé irrestrita em deus, confiança em nós mesmos e boa vontade com o próximo.

                            06 – Em minha casa há muita briga e desentendimento. Como pacificar a família?

                            Pacificando-se. O ambiente sempre melhora, quando melhoramos, substituindo críticas por elogios, rudeza por carinho, palavrões por bênçãos, cobranças por doações. Quem consegue acender luzes em seu coração, sempre ilumina aqueles que o rodeiam.

                            07 – Estou freqüentando um centro espírita há algum tempo, mas enfrento sérias dificuldades com meus pais. Eles alegam que o espiritismo é obra do diabo e me criticam muito. O que devo fazer?

                            Demonstre-lhes que o Espiritismo o faz mais estudioso, mais alegre, mais confiante, mais cordato, mais atencioso, mais amoroso, mais compreensivo, mais amigo. Eles concluirão que tudo isso só pode vir de Deus.

                            08 – Como vencer as barreiras que nos separam das pessoas?

                            Comece por calar reclamações. Coração amargurado, dizia uma madre superiora, é obra-prima do demo. Quanto ao resto – é ouvir muito, sorrir mais, ajudar sempre
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                    Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                    « Responder #9 em: 22 de Fevereiro de 2011, 13:06 »
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                    Cheiro de Lamparina


                    Richard Simonetti
                    Livro: Luzes no Caminho

                        Conta o historiador grego Plutarco (46-119), que Demóstenes (384-322 a.C.), um dos grandes mestres da eloquência no mundo antigo, experimentava, quando jovem, sérias limitações com a palavra.

                        Não parecia destinado a brilhar na tribuna.

                        Teve que empregar grande força de vontade para superar limitações que no início de sua carreira o submeteram ao vexame de ser vaiado pelos auditórios onde discursava como advogado.

                        Buscando corrigir graves defeitos de dicção, declamava, solitário, intermináveis discursos, retendo seixos na boca.

                        Não raro o fazia à beira-mar, esforçando-se por elevar a potência da voz acima do marulhar das ondas, habilitando-se a dominar os clamores da multidão.

                        Costumava encostar o peito à ponta de uma espada, obrigando-se a corrigir certos movimentos desordenados do seu corpo, quando falava.

                        Trancava-se em casa por meses, estudando, trabalhando, aprimorando-se incessantemente.

                        Chegou a copiar a vasta obra do historiador Tucídedes (465-404 a.C.), oito vezes!

                        Com sua persistência adquiriu as virtudes que fizeram dele o mais brilhante orador da antigüidade.

                        ***

                        Piteas, um de seus opositores, zombava dele, dizendo que seus dons “cheiravam a lamparina”.

                        Não eram naturais. Exigiam esforço.

                        Antes do advento da lâmpada elétrica, usava-se a lamparina, rústica luminária, em que um pavio aceso fornece luz, alimentado por óleo inflamável.

                        Iluminação precária.

                        Era necessário tê-la bem perto do texto quando se pretendia a leitura noturna.

                        Daí a expressão “queimar as pestanas” para definir alguém que se dedica intensamente ao estudo.

                        Respondendo à observação mordaz, Demóstenes informou que, se bem usada, a lamparina era um poderoso instrumento de aprimoramento intelectual, algo que pessoas como Píteas, não habituadas ao estudo, desconheciam. Por isso, em relação aos resultados, havia uma grande diferença no trabalho de ambos.

                        A posteridade demonstraria o acerto de suas afirmações.

                        Demóstenes será sempre lembrado por sua cultura, pelos dons de oratória que conquistou.

                        Quanto a Piteas, quem ouviu falar dele?

                        ***

                        O relato de Plutarco nos remete a uma questão importante:

                        A genialidade é inata ou fruto de esforço?

                        À luz da reencarnação, ficamos com a segunda opção.

                        Trata-se de uma conquista.

                        O gênio de hoje foi o aprendiz de ontem, desde o passado remoto.

                        Cultivou experiências, aprimorou técnicas, acumulou conhecimentos…

                        São realizações inalienáveis do Espírito imortal, que se exprimem, no suceder das existências, em tendências e vocações inatas.

                        Gênios artísticos como Rafael, Miguel Ângelo, Bach, Mozart, Beethoven, exprimiam em sua arte o aprendizado de múltiplas romagens terrestres.

                        Diz Buffon:

                        O Gênio não passa de uma longa paciência.

                        Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, passa a mesma idéia:

                        O gênio é a paciência que não acaba.

                        Ninguém está condenado à mediocridade perene.

                        Todos, sem exceção, podemos crescer em qualquer atividade, tornando-nos produtivos, talentosos, competentes…

                        Com esse empenho, amanhã ou dentro de séculos, conquistaremos a genialidade.

                        Importante não esmorecer, não deixar para amanhã, não transferir para um futuro incerto o que podemos e devemos fazer hoje.

                        Mister aprender sempre, produzir cada vez melhor, ampliar horizontes culturais, mentais, morais, espirituais…

                        Melhor hoje que ontem!

                        Melhor amanhã que hoje!

                        Melhorar sempre!

                        ***

                        Alguns dos piores males humanos estão relacionados com a indolência e o desinteresse que marcam as almas imaturas, ainda não conscientes do fundamental:

                        Não há vida em plenitude sem plena utilização de nossas potencialidades criadoras, a partir do empenho em “queimar as pestanas”
                    .


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                    OfflineHelenaBeatriz

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                      Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                      « Responder #10 em: 22 de Fevereiro de 2011, 13:14 »
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                      Determinismo


                      Richard Simonetti
                      Livro: Luzes no Caminho - Editora CEAC - Bauru

                          Qualquer pessoa medianamente informada conhece o complexo de Édipo, consagrado por Sigmund Freud (1856-1939), como a tendência de se ligarem os filhos às suas mães, em oposição aos pais.

                          Freud inspirou-se numa tragédia grega: Édipo Rei, de Sófocles (495-406 a.C.).

                          Édipo, segundo os oráculos, mataria seu pai e se casaria com a mãe, o que efetivamente aconteceu, numa fantasia recheada de lances dramáticos e mirabolantes, bem ao gosto da mitologia grega.

                          A tese de Freud, porém, não resiste aos fatos.

                          Há filhos “vidrados” na figura paterna.

                          Além disso, a afinidade ou animosidade entre pais e filhos decorre muito mais de ligações harmônicas ou conflituosas de vidas anteriores.

                          Se alguém reencontra no pai um rival do passado, quando disputavam o amor de uma mulher, hoje possivelmente ligada a ambos como mãe e esposa, enfrentará conflitos em seu relacionamento.

                          Em contrapartida, dar-se-á muito bem com o genitor que foi amigo ou familiar ligado ao seu coração.

                          E há que se considerar o comportamento.

                          Se não cultivarmos valores elementares de convivência civilizada – compreensão, atenção, respeito, tolerância, cooperação, solidariedade… –, os melhores amigos do pretérito nos parecerão figadais inimigos a nos aborrecerem no ambiente doméstico.

                          ***

                          O aspecto mais interessante da famosa obra teatral de Sófocles diz respeito à fatalidade.

                          É possível alguém nascer com a trágica sina de matar o pai e casar com a mãe ou destinado a cometer atrocidades?

                          Negativo.

                          Não há o determinismo para o mal.

                          Ninguém reencarna para ser suicida, alcoólatra, fumante, toxicômano, adúltero, traficante, ladrão, assassino, terrorista…

                          Comportamentos dessa natureza configuram um desatino.

                          Jamais um destino!

                          ***

                          Dirá o leitor amigo que o oráculo não teria acertado o sinistro vaticínio, se não fosse esse o fado de Édipo.

                          Oportuno não esquecer, porém, que estamos diante de uma ficção, uma história da carochinha para adultos.

                          Questionará você:

                          E quanto aos oráculos de hoje, representados por médiuns, pais de santo, cartomantes, quiromantes, astrólogos e quejandos? Não antecipam, efetivamente, o futuro?

                          Consideremos, em princípio, que eles falam de generalidades.

                          Assim fica fácil.

                          Se eu fizer dez previsões superficiais sobre seu futuro, envolvendo saúde, negócios, vida afetiva, família, viagens, pelo menos metade se cumprirá. Você ficará admirado de meus poderes premonitórios, tão entusiasmado com os acertos que não reparará nos desacertos.

                          E há um detalhe: se o “oráculo” revela que terei um dia muito difícil, cheio de contratempos, e acredito firmemente nisso, assim tenderá a acontecer. Estarei predisposto a encontrar “chifre em cabeça de cavalo”.

                          Obviamente, há indivíduos dotados de grande sensibilidade que podem “ler” em nosso psiquismo algo do que nos espera.

                          Nele podem estar registrados alguns compromissos que teríamos assumido ao reencarnar, conjugando família, profissão, trabalho, ideal…

                          Mesmo assim, não poderá fazer afirmações taxativas, porquanto nem sempre cumprimos na Terra o que nos propusemos a realizar, no Além.

                          Há, também, desajustes no perispírito, nosso corpo espiritual, decorrentes de faltas desta existência ou precedente, tendentes a se refletirem no corpo físico, dando origem a males variados.

                          Um sensitivo poderá identificá-los e nos falar a respeito.

                          Não obstante, esses males não são inevitáveis.

                          É possível, com o empenho de renovação e a prática do Bem, “depurar” o perispírito, favorecendo uma existência saudável.

                          ***

                          O ideal é viver o hoje, procurando fazer o melhor, sem nos preocuparmos com o que virá.

                          O futuro não está escrito.

                          Há apenas esboços.

                          O “texto definitivo” está sendo grafado por nossas ações.

                          Jesus sabiamente ensina, no Sermão da Montanha, que a cada dia basta o seu labor.

                          Cuidemos de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, com o empenho do Bem, e tudo o mais, acentua o Senhor, virá por acréscimo da misericórdia divina.
                       

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                      « Última modificação: 22 de Fevereiro de 2011, 13:19 by HelenaBeatriz »
                      "O homem que considera sua razão infalível, está bem próximo do erro". Allan Kardec (LE)


                      OfflineHelenaBeatriz

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                        Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                        « Responder #11 em: 22 de Fevereiro de 2011, 13:35 »
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                        O Ateu e o à-toa
                        Richard Simonetti
                        Livro: A Presença de Deus


                                  Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

                                  A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa. Questão nº 5, de O Livro dos Espíritos

                                  Se seu pai, prezado leitor, já se transferiu “desta para melhor”, além das sombras do sepulcro, talvez você não esteja em condições de um contato feliz, facultado pela vidência mediúnica.

                                  Pode faltar-lhe, também, suficiente sensibilidade para perceber-lhe a presença, em eventual visita que lhe faça, pois os que vivem lá não esquecem os que vivem cá.

                                  Mas, elementar exercício de raciocínio, ao alcance de qualquer criança, lhe dirá que tem um pai, como toda gente. Seria altamente improvável que você houvesse surgido das profundezas do nada...

                                  E o coração lhe dirá, quando se disponha a ouvi-lo, que o seu pai continua a existir, não apenas na sua saudosa lembrança, mas como individualidade imortal que dos etéreos horizontes espirituais permanece ligado a você.

                                  É o que ocorre em relação a Deus.

                                  Há algo de intuitivo que brota do mais íntimo de nossa personalidade, refletindo milenares experiências religiosas, a nos dizer que Deus existe!

                                  O ateísmo, por isso, é uma aberração. Não passa de mera pretensão da intelectualidade vazia intoxicada pelo orgulho.

                                  No livro Trovadores do Além, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o poeta Alberto Ferreira nos oferece ilustrativa trova:

                                        Ateu - enfermo que sonha
                                        Na ilusão em que persiste,
                                        Um filho que tem vergonha
                                        De dizer que o pai existe.

                                  ***

                                  Em Espíritos evoluídos a consciência da presença de Deus é tão intensa que se manifesta desde as experiências mais singelas da infância.

                                  No prefácio do livro Renúncia, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito Emmanuel reporta-se aos seus primeiros contatos com Alcione, a personagem central da história.

                                  Ainda uma menina, caminhava com o Padre Damiano, bondoso sacerdote que a orientava.

                                  Com encantadora simplicidade, perguntava-lhe:

                                  – Padre Damiano, quem terá feito as nuvens, que parecem flores grandes e pesadas, que nunca chegam a cair no chão?

                                  – Deus – minha filha – dizia o sacerdote.

                                  Mas, como se no coração pequenino não devesse existir esquecimento das coisas simples e humildes, voltava ela a interrogar:

                                  – E as pedras? - quem teria feito as pedras que seguram o chão?

                                  – Foi Deus também.

                                  Então, após meditar de olhos mergulhados no grande crepúsculo, a pequenina exclamava:

                                  – Ah! como Deus é bom! Ninguém ficou esquecido!

                                  E era de ver-se a sua bondade singular, o interesse pelo dever cumprido, dedicação à verdade e ao bem.

                                  Sobre sua atuação inesquecível, na edificação de afeiçoados seus, destaca Emmanuel:

                                  Creio mesmo que ela nunca satisfez a um desejo próprio, mas nunca foi encontrada em desatenção aos desígnios de Deus. Jamais a vi preocupada com a felicidade pessoal; entretanto, interessava-se com ardor pela paz e pelo bem de todos. Demonstrava cuidado singular em subtrair, aos olhos alheios, seus gestos de perfeição espiritual, porém queria sempre revelar as idéias nobres de quantos a rodeavam, a fim de os ver amados, otimistas, felizes.

                                  Alcione foi um anjo encarnado, em trânsito pela Terra, com a tarefa gloriosa de ajudar a um grupo de Espíritos ligados ao seu coração.

                                  A nobreza de caráter que a distinguia e sua estreita sintonia com os ensinamentos de Jesus fariam dela uma figura inesquecível, beneficiando a todos os que cruzavam seu caminho com valores de um conhecimento espiritual incomparável e de comovente dedicação ao próximo.

                                  Era ela própria a representação marcante da presença de Deus.

                                  ***

                                  Curiosamente, encontramos pessoas de boa índole, generosas e esclarecidas que, não obstante, por razões inabordáveis, mostram-se incapazes de reconhecer essa realidade.

                                  Tendo em vista seus méritos, Deus vem em seu auxílio, oferecendo-lhes experiências renovadoras, que surgem à maneira da Estrada de Damasco que marcou a conversão de Paulo de Tarso ao Cristianismo.

                                  A propósito há a edificante história de um farmacêutico, dono de uma farmácia de manipulação.

                                  Era um homem bom, cumpridor de seus deveres, de princípios retos, mas que simplesmente não encontrava espaço em suas cogitações íntimas para a existência de Deus.

                                  Certa feita, fechava mais cedo a farmácia, em virtude de um compromisso, quando entrou uma menina.

                                  – Sinto muito, minha filha. Estou de saída...

                                  – Por favor, senhor farmacêutico, é muito importante. Trago uma receita para minha mãe. Está gravemente enferma. Deve tomar o remédio imediatamente. Corre risco de vida!

                                  Vendo-a tão aflita, o farmacêutico decidiu atendê-la.

                                  Apanhou a receita, foi ao laboratório e rapidamente preparou o remédio com a mistura recomendada.

                                  A menina agradeceu e partiu, apressada.

                                  O bom homem voltou ao laboratório para guardar o material usado.

                                  Estarrecido, verificou que na pressa havia trocado vidros, usando uma substância extremamente tóxica que, se ingerida pela mulher, provocaria sua morte.

                                  Apavorado, correu à entrada da farmácia, olhou a rua em todas as direções, foi até a esquina... Não mais viu a menina.

                                  Tentou entrar em contato com o médico que indicara o medicamento. Não o encontrou.

                                  O tempo passava, célere. Em breves momentos a menina chegaria em casa.

                                  Atormentado, sentindo-se na iminência de converter-se num criminoso, matando a pobre mãe com seu descuido, caiu de joelhos e, erguendo o olhar, falou, suplicante:

                                  – Deus, se você existe, realmente, ajude-me, por misericórdia! Não quero transformar-me num assassino!

                                  E derramou-se em lágrimas, repetindo rogativas àquele Deus em que não acreditava, mas que era sua última esperança.

                                  Assim ficou por vários minutos, até que alguém tocou em seus ombros.

                                  Voltou-se e, num misto de espanto e alívio, viu que era a menina de retorno.

                                  – Ah! senhor farmacêutico, uma coisa terrível aconteceu. Tão afobada eu estava a correr, na ânsia de levar o remédio para minha mãe, que caí, não sei como. O vidro escapou-me das mãos e se espatifou. Não tenho dinheiro para outra receita. Por favor, atenda-me, em nome de Deus!

                                  O farmacêutico suspirou emocionado:

                                  - Sim, sim, minha filha! Fique tranqüila! Eu lhe darei o remédio, em nome de Deus!

                                  Preparou uma nova receita, agora com infinito cuidado, sem pressa. Entregou o medicamento à menina.

                                  – Deus lhe pague, senhor farmacêutico!

                                  – Vá com Deus, minha filha! Deus a abençoe!

                                  E nunca mais o nome de Deus saiu de seus lábios, nem de seu coração.

                                  ***

                                  No desdobramento de nossas experiências acabamos todos reconhecendo a Presença Divina. É algo muito forte em nós. Mesmo entre os piores criminosos e viciados dificilmente encontraremos gente negando essa realidade.

                                  O problema da Humanidade, longe de ser o ateu é o à-toa.

                                  Releve-me a expressão, leitor amigo.

                                  Não pretendo enquadrá-lo, até mesmo porque o heróico esforço de enfrentar este precário exercício de literatura espírita situa você acima do mortal comum, este sim, à-toa no sentido da indolência, da indiferença em relação aos objetivos da existência humana.

                                  Quando os homens se derem ao trabalho de refletir um pouco sobre o significado da presença de Deus nos Universo, a exercitar a Justiça Perfeita, dando a cada um segundo suas obras, como ensinou Jesus, não mais veremos gente à-toa.

                                  Haverá apenas gente à toda, em pleno empenho por transformar a crença em Deus numa gloriosa existência com Deus!


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                          Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                          « Responder #12 em: 22 de Fevereiro de 2011, 13:40 »
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                          Os Deuses e o Destino


                          Richard Simonetti
                          Livro: Luzes no Caminho


                              Historiadores não estão certos de que ele tenha existido.

                              Não obstante, são atribuídos à sua lavra os dois maiores poemas épicos da antiga Grécia:

                              A Ilíada, que exalta as proezas do herói Aquiles, na última etapa da guerra de Tróia.

                              A Odisséia, que narra as aventuras de Ulisses, rei de Ítaca, marido de Penélope.

                              Trata-se, como o leitor já percebeu, de Homero, o poeta supostamente cego que teria vivido no século IX a.C.

                              ***

                              Em Revista Espírita, novembro de 1860, Allan Kardec reporta-se a uma comunicação mediúnica assinada por Homero.

                              O poeta se identificou dando informações relacionadas com sua infância em Mélès, razão pela qual era chamado Mélèsigène, fato que Kardec desconhecia e que confirmou depois.

                              O médium era de poucas letras e não tinha nenhum conhecimento a respeito do autor da mensagem.

                              São detalhes importantes para autenticar a manifestação.

                              Kardec indagou se os poemas, como os conhecemos hoje, são fiéis aos originais.

                              – Foram trabalhados – informou Homero.

                              Bem de acordo com as pesquisas atuais.

                              Supõe-se que, originariamente, os dois poemas pertenceram à tradição oral. Isso implicava em alterações freqüentes, não apenas quanto à forma, mas ao próprio conteúdo, na base do velho “quem conta um conto aumenta um ponto”, até que se fixassem os textos definitivos.

                              ***

                              Apesar desses senões, a figura de Homero ganha consistência na força daqueles poemas, que se apresentam como vigoroso panorama da cultura helênica.

                              Destaque-se dois aspectos fundamentais:

                              Primeiro, a visão antropomórfica.

                              Os deuses são situados como seres caprichosos que, inspirados em paixões e desejos, interferem freqüentemente nas ações humanas.

                              A própria guerra de Tróia, que serve de cenário para A Ilíada, teve início por causa de uma disputa entre as deusas Hera, Afrodite e Atena, a saber qual a mais bela.

                              O príncipe Páris foi chamado a decidir. Escolheu Afrodite, que o seduziu com a promessa de que lhe daria por recompensa a mais bela mulher do mundo.

                              A deusa não teve nenhum constrangimento em relação a pequeno detalhe: a prometida era casada, esposa de Menelau, rei de Esparta.

                              Com suas artes Afrodite ajudou Páris a raptar Helena.

                              Liderando a reação dos gregos, Menelau iniciou a guerra para resgatar a rainha.

                              O outro aspecto diz respeito à instabilidade de suas personagens lendárias, em contraditório comportamento:

                              De um lado, ideais de nobreza, inspirando ações heróicas e meritórias.

                              De outro, fraquezas a se exprimirem em ódios e paixões, capazes de gerar ações torpes e más.

                              A narrativa de Homero transcende a cultura helênica, reportando-se à própria humanidade, com suas virtudes e mazelas.

                              ***

                              Como sempre acontece em relação à cultura grega, temos nos dois poemas épicos uma representação mitológica da realidade.

                              O Olimpo, monte grego nas proximidades do golfo de Salonica, seria a morada dos deuses.

                              O mundo espiritual é bem mais amplo.

                              Projeta-se em outra dimensão, que interpenetra a nossa, colocando-nos em contato permanente com seres espirituais que, à semelhança dos deuses, nos observam, acompanham, inspiram e influenciam.

                              Somos, não raro, joguetes de Espíritos que, qual o faziam os habitantes do Olimpo, imiscuem-se em nossos pensamentos, ações e iniciativas, exercitando seus caprichos e explorando nossas fraquezas.

                              Sob sua ação, de acordo com nossas tendências, revelamos indesejável ciclotimia, alternando bons e maus momentos, boas e má ações, pensamentos virtuosos e viciosos, ao sabor das circunstâncias, como as personagens mitológicas.

                              Mas os próprios deuses sabiam que acima de seus caprichos estava um poder supremo, que chamavam destino, a cujos desígnios não podiam furtar-se.

                              O destino exprime a vontade de Deus, Senhor da Vida, o pai de amor e misericórdia revelado por Jesus.

                              O Criador tem objetivos bem definidos a nosso respeito, que vamos conhecendo na medida em que amadurecemos.

                              Nesse mister, algo já sabemos:

                                    • A Terra – nossa escola.
                                    • A dor – nossa mestra.
                                    • As dificuldades – nossos estímulos.
                                    • Os problemas – nossos desafios.
                                    • O Bem – nosso caminho.
                                    • O mal – nosso desvio.
                                    • A perfeição – nosso destino.

                              Assim, paulatinamente, nos habilitaremos a superar a influência dos “deuses” submetendo-nos aos abençoados desígnios de Deus.


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                            Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                            « Responder #13 em: 22 de Fevereiro de 2011, 15:14 »
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                            Entrevista de Richard Simonetti sobre o Apocalipse

                            Apocalipse


                            Richard Simonetti

                                1 – Que significa o termo apocalipse?

                                Vem do grego apokálypsis. Significa revelação. Há vários apocalipses no Velho Testamento. O mais conhecido é o último livro do Novo Testamento, atribuído a João Evangelista. Trata de acontecimentos relacionados com o final dos tempos, com revelações que o apóstolo teria obtido por meio de visões.

                                2 – Estudiosos dizem que há ali a revelação de grandes hecatombes e guerras que dizimarão a Humanidade neste milênio. O Mundo vai acabar?

                                Certamente, sim, mas vai demorar um pouco… perto de seis bilhões de anos, quando o Sol agonizar. Em seus estertores crescerá desmesuradamente, engolindo os planetas de nosso sistema. Até lá Deus arranjará outro lugar para morarmos.

                                3 – João fala de um final dos tempos marcados por fogo. Não seria uma referência a uma hecatombe nuclear?

                                As previsões de João são muito nebulosas, simbólicas, ao gosto de cada intérprete, de tal maneira que podemos situá-las em variadas épocas da História. Alguns exegetas, talvez mais acertadamente, concebem que João reportava-se a eventos de seu tempo, quando os romanos, sob o comando do general Tito, incendiaram Jerusalém, não deixando pedra sobre pedra, promovendo a dispersão dos judeus, a chamada diáspora.

                                4 – Como podemos encarar o assunto, à luz do Espiritismo?

                                A Doutrina é bem clara ao nos alertar quanto à separação do joio e do trigo, os bodes das ovelhas, a que se referia Jesus, com a promoção de nosso planeta, na sociedade dos mundos. Deixaremos a condição de planeta de provas e expiações, onde o egoísmo predominante gera os males humanos, para planeta de regeneração, em que consciências despertas para os objetivos da existência elegerão os serviços do Bem por norma de conduta.

                                5 – Pela conturbação atual, com o clima de violência que se instala na sociedade humana, podemos dizer que é chegado o momento dessa separação, a fim de que os justos não sejam esmagados pelos injustos?

                                Considerando a afirmativa de Jesus, no Sermão da Montanha, Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra, seria complicado operar essa separação agora. Certamente nosso planeta ficaria semi-deserto, porquanto raros venceram a agressividade inerente ao comportamento humano.

                                6 – E como fica a previsão que os Espíritos Superiores fazem com relação à civilização cristianizada que deverá estabelecer-se na Terra neste milênio?

                                Como dizia Chico Xavier, um milênio tem mil anos. Temos muito tempo pela frente, até que ocorra essa realização grandiosa, com a adesão humana aos princípios do Evangelho. Deus não tem pressa.

                                7 – Com o desenvolvimento dos recursos tecnológicos, no terreno bélico, não demorará muito tempo e estaremos mergulhados num conflito atômico, de conseqüências devastadoras. Não estaria aí o apocalipse, promovendo a morte de considerável parcela da Humanidade, para que ocorra o grande expurgo?

                                Há uma tendência de imaginar que o Reino de Deus será precedido por hecatombes naturais ou provocadas pelo homem, dizimando grande parcela da Humanidade. Não há necessidade de nada disso. Quando chegar a hora, quando os poderes que nos governam considerarem que há suficiente número de habitantes que conquistaram a mansuetude, o expurgo será feito naturalmente, atendendo aos ditames da Natureza. Ela nos transfere, inelutavelmente, para o mundo espiritual, a cada experiência reencarnatória, dentro de limites que normalmente não ultrapassam os cem anos. Isso significa que em um século será completado o expurgo, quando chegar a hora, sem violência.

                                8 – O que pode ser feito para tornar mais rápido o processo de transformação da Humanidade, com a edificação de uma sociedade melhor, um mundo de mansuetude?

                                Combater o materialismo, não apenas a convicção materialista, exercitada por uma minoria, mas a pior forma, que é o comportamento materialista, exercitado por multidões que dizem acreditar em Deus e na sobrevivência da alma, mas de forma superficial, que não se reflete em seu comportamento. Enquanto as pessoas não tiverem convicção de que a vida continua e de que colheremos, inexoravelmente, as conseqüências de nossas ações, após a morte, o mundo continuará agitado como o vemos. Nesse aspecto, a Doutrina Espírita é a grande benção, descerrando a cortina que separa o plano físico do espiritual, conscientizando-nos de nossas responsabilidades, ante a certeza da vida que não acaba nunca e onde nunca está ausente a justiça de Deus
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                              Re: Histórias que trazem Felicidade (Richard Simonetti)...
                              « Responder #14 em: 23 de Fevereiro de 2011, 16:12 »
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                              A Paz e a Boa-vontade

                              Richard Simonetti

                                  01 – Qual o significado do natal?

                                  A anunciação dos anjos, na noite sublime, define bem: paz na terra aos homens de boa vontade. Jesus nos trouxe o roteiro para a paz em seus ensinamentos transcendentes, destacando-se a gloriosa revelação de que Deus é o nosso pai, de infinito amor e misericórdia, que trabalha incessantemente pela felicidade de seus filhos.

                                  02 – Por que a paz é tão importante?

                                  É o tempero da felicidade. Sem ela de nada adiantam dinheiro, poder, prestígio, fama… um coração em paz é mil vezes mais importante, em favor da felicidade, que todas as glórias do mundo.

                                  03 – Não obstante a disseminação da mensagem cristã, os homens permanecem distanciados da paz. Os corações atormentados, os lares desajustados, a sociedade sem rumo, a economia precária, os países em litígio… Por quê?

                                  É que a paz não é uma concessão gratuita de Deus, um favor da vida. A afirmação dos anjos é muito clara. É preciso ter boa vontade, infelizmente um produto escasso na sociedade terrestre.

                                  04 – Como definir a boa vontade?

                                  Seria ter a vontade de ser bom, no sentido de empenhar-se pela superação de mazelas e imperfeições, cultivando os valores evangélicos. Superar, sobretudo, o comportamento egoístico, cultivando espírito de serviço. Por falta desse esforço prevalecem os atritos, os desentendimentos, os interesses pessoais, gerando a conturbação nos lares e na sociedade.

                                  05 – Agindo assim não estaremos em desvantagem num mundo onde as pessoas centralizam ações em torno de suas conveniências e interesses, “cada um por si e os outros que se danem”?

                                  Esse é o grande problema. Estamos tão envolvidos com essa maneira de ser que qualquer concessão à boa vontade nos parece mera subserviência, algo passível de nos colocar em desvantagem. Nota-se isso desde o comportamento infantil. Raras crianças dividem brinquedos ou participam dos serviços do lar “numa boa”. Sentem-se prejudicadas. ainda não internalizamos a idéia fundamental no cristianismo – Devemos guardar fidelidade ao bem, buscando por inspiração a consciência, por orientação o empenho de servir e por recompensa a satisfação pelo dever cumprido.

                                  06 – Que dizer daqueles que buscam paz em si mesmos, fugindo do convívio social, evitando envolver-se com os males do mundo?

                                  Ninguém se basta a si mesmo. Seres sociais, fomos programados para a convivência, como está em o Livro dos Espíritos. Somos, por isso, interdependentes. Paz isolada é uma ilusão que nos prende à aridez da solidão, com todas as neuroses que lhe são inerentes. A verdadeira paz está do outro lado. O próximo é a ponte.

                                  07 – Qual a contribuição do espiritismo em favor da boa vontade?

                                  Kant concebia a boa vontade como algo que deve nos mover por consciência de dever, com abstração de quaisquer outros motivos. Devemos cultivar a bondade porque é o certo, o justo, o verdadeiro, observados os ideais mais nobres que pairam acima das limitações humanas. É bem o pensamento espírita a respeito do assunto. O espiritismo é ainda mais incisivo. Oferece-nos uma visão do mundo espiritual, onde nos aguardam as conseqüências da má vontade, quando, orientados pelo egoísmo, causamos prejuízos ao próximo por ação nociva ou omissão irresponsável.

                                  08 – Qual a comparação que se poderia fazer entre Jesus e o espiritismo, nos domínios da boa vontade?

                                  Jesus nos convidava ao bem. O espiritismo demonstra ser indispensável que cultivemos a bondade, porquanto estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito, que fará repercutir, inexoravelmente, em nossa vida, o que fazemos à vida do próximo. Assim, se queremos a paz, mister que a semeemos ao nosso derredor, com a força do bem, exercitando a boa vontade não apenas em alguns dias de dezembro, ante a mística do Natal, mas em todos os dias de nossa vida, num glorioso nascimento para as luzes do Cristo.


                              Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/espiritismo-jovens/patrimonio-inutil-(richard-simonetti)-baseado-numa-fabula/#ixzz3emCNQROM

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