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terça-feira, 5 de abril de 2016

A POLÍTICA EM NOSSO LAR


A POLÍTICA EM “NOSSO LAR”

Uma leitura mais atenta do livro “Nosso Lar”, por sinal, uma obra revolucionária sob todos os aspectos, em nossos arraiais doutrinários, poderá modificar, substancialmente, a nossa visão sobre a Vida no Mundo Espiritual.
No capítulo 9, intitulado “Problema de Alimentação”, as revelações são, então, surpreendentes, de deixar basbaque aquele que ainda não conseguiu libertar-se do dogmatismo que a religião, de maneira geral, há séculos impõe à Humanidade.
Em precioso diálogo com Lísias, André Luiz fica sabendo que, por exemplo, segundo os anais da cidade, há um século, ela “lutava com extremas dificuldades para adaptar os habitantes às leis da simplicidade”, porque“muitos chegados ao ‘Nosso Lar’ duplicavam exigências”, evidenciando, pois, a sua condição meramente humana.
Acrescenta Lísias que, os recém-chegados,“queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos”, com certeza, sem maior consciência de sua própria condição de desencarnados, que, por suas exigências, não possuíam qualquer pensamento de ordem mais solidária, que envolvesse a carência do próximo.
Destaca o amigo de André – pasmemos! –,“que apenas o Ministério da União Divina ficou imune de tais abusos” (de tais corrupções, que chegavam, inclusive, a envolver tráfico de alimentos, ou, mais especificamente, de carne).
Uma situação que, convenha-se, é muito parecida com a situação política vivenciada na atualidade brasileira, que não se sabe de um único Ministério que não esteja envolvido em questões de propina, sob o beneplácito do Governo.
Mas a questão política de “Nosso Lar”, cidade fundada por distintos portugueses, desencarnados no Brasil no século XVI, não para aí.
O novo Governador, que assumira o lugar do anterior – que não se sabe se renunciou ou recebeu o impeachment –, com o intuito de preservar a ordem, solicitou intervenção externa: “... a pedido da Governadoria, vieram duzentos instrutores de uma esfera muito elevada, e a fim de espalharam novos conhecimentos, relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera.”
Ainda tem mais: “Algumas entidades eminentes (falsos intelectuais) chegaram a formular protestos de caráter público” – ou seja, foram para a Avenida Paulista de “Nosso Lar”, promovendo passeatas, com bandeiras desfraldadas certamente, reclamando das novas medidas implementadas pelo Governador, que tentava evitar com que a cidade caísse, de vez, sob o domínio das trevas.
A situação, então, segundo Lísias, chegou a tal ponto, que o Governador, ipsis literis,“determinou funcionassem todos os calabouços da Regeneração, para isolamento dos recalcitrantes”, sendo que, em outras palavras, mandou para cadeia os que estavam acostumados a usufruir das facilidades de um Governo que se corrompera.
Bom que se frise, uma vez mais, que estamos nos referindo ao que é descrito por André Luiz, em “Nosso Lar”, e, os inconformados com semelhante realidade, são livres para protocolarem em qualquer tribunal de justiça os seus pedidos de liminar, que, naturalmente, envolverão o autor espiritual da Obra e o seu médium Chico Xavier.
Claro, não houve conflito armado na cidade espiritual, não obstante, ainda segundo André Luiz, o Governador, com a finalidade de preservar a ordem pública, recorreu às Forças Armadas “e pela primeira vez na sua administração, mandou ligar as baterias elétricas da cidade, para emissão de dardos magnéticos a serviço da defesa comum.”
Acrescenta Lísias em sua narrativa, que “a colônia ficou, então, sabendo o que vem a ser a indignação do espírito manso e justo”, que, talvez, tenha se inspirado na atitude do Cristo quando, munido de uma vergasta, expulsou os vendilhões do Palácio (ops), do Templo.
Num parágrafo anterior, do referido capítulo, a fim de não ficarmos devendo citações aos nossos atentos leitores, Lísias disse a André Luiz que, no Ministério da Regeneração, grande número de colaboradores – gente do terceiro e do quarto e do quinto e, quiçá, do sexto escalão – “entretinha certa intercâmbio clandestino em virtude dos vícios de alimentação.”
Igualmente, não queremos polemizar. Apenas desejamos deixar registrado que o ser humano, na Terra ou no Mais Além, enquanto não logra transcender-se em sua humanidade, é sempre o mesmo na defesa de seus mesquinhos interesses, apoiando-se em inúmeros sofismas para que prossiga defendendo a sua cômoda posição em detrimento dos interesses da coletividade.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 3 de abril de 2016.







Escrito por Dr. Inácio Ferreira às 05h36
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28/03/2016 

BRASIL HOJE

Em poucas palavras, a verdade é a seguinte:
O Brasil está sem governo.
Do que jeito que está não pode ficar.
O país agoniza.
Não é questão de partido político, nem de ideologia.
Está faltando patriotismo.
E mais do que patriotismo, amor ao próximo ou, se preferirem, humanidade mesmo.
Uma geração inteira está sendo comprometida.
Desemprego crescendo.
Saúde a zero.
Educação aos cacos.
Desencanto nas almas.
Falta de otimismo em relação ao futuro.
A Pátria do Evangelho cada vez mais distante.
Um sonho que, infelizmente, está nos escapando.
Corrupção em quase todos os setores da vida comunitária.
A religião em falência.
Pastores vendilhões.
Mesmo os espíritas, com sua vaidade e personalismo, deixando muito a desejar.
Falta de credibilidade interna e externa.
Instituições falidas.
Apego exacerbado ao poder.
Disputa pelo ter, e não pelo ser.
Descalabros administrativos sem precedentes.
Pior do que a “derrama” nos tempos da Inconfidência.
Estradas em ruína.
Cidades abandonadas.
Discursos mentirosos.
Reivindicações ignoradas.
Falsos intelectuais defendendo oestablishment.
Decepções com promissoras lideranças.
Esquerda prostituída.
Falta de luz no fim do túnel.
Com urgência, procura-se um homem.
Ou uma mulher.
Enfim, um estadista, de calças ou de saias.
Não obstante, a maioridade do Brasil está às portas.
É agora ou tarde demais.
Por que os mortos se intrometem nisto?! Porque os vivos, por si sós, não estão dando conta do recado.
O assunto preocupa as Altas Esferas.
Se o Cristo não se preocupasse com a Humanidade, Ele não teria vindo a Terra, e passado pelo que passou.
Então, calem-se os argumentos tolos.
O brasileiro precisa aprender a escolher melhor os seus governantes.
Alfabetizar-se politicamente.
Não trocar voto por favores pessoais.
A situação é grave.
A renúncia num simples conflito, por vezes, evita muito derramamento de sangue.
Que o Cristo nos livre de embates violentos.
Ainda resta um fio de esperança na paz.
Os próximos dias, que precisam ser rápidos, serão decisivos.
Porque, de fato, como disse Chico Xavier, “o Brasil será a grandeza ou a decadência que os homens públicos dele vierem a fazer.”

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 28 de março de 2016.












Escrito por Dr. Inácio Ferreira às 05h14
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21/03/2016 

NO ATACADO E NO VAREJO

Uma amiga nossa, de nome Dinorah, que nos auxilia em nossas atividades no Hospital dos Médiuns, supervisionando o serviço de limpeza, veio, há três dias, conversar conosco, quase apavorada.
- Dr. Inácio – disse-me –, fui a uma palestra de um orador espírita, na semana passada, e fiquei, deveras, desanimada – uma colega me convidou e eu fui, toda esperançosa, mas...
- O que aconteceu, Dinorah?! – perguntei na sequência da conversa. – Ele falou muitas asneiras?! Mexeu com vocês?!...
- Não, Doutor, ele até que é um homem sério, fala com muita calma e simplicidade – ele não complica, não! Entendi tudo, e a minha colega também – acredito que, enfim, todos os que estavam lá entenderam...
- De quê, então, você está se queixando?! Hoje em dia, quando a gente encontra um orador que fala e a gente entende, a gente precisa se tornar macaco de auditório dele! Por que o que tem de gente falando sem real conhecimento de causa, e mais, imaginando que faz parte de algum show desses programas de auditório na TV norte-americana...
- O senhor sabe: a gente deve ter muitas dívidas relacionadas às vidas passadas – talvez, não o senhor, mas eu tenho!...
- De minha parte – respondi –, sinceramente, não conheço espírito que, de alguma forma, não seja espírito devedor... Todos, ou quase todos, têm dívida no Cartório... Eu, por enquanto, sem querer saber o quanto devo, vou pagando – não está na hora de efetuar um balanço, não, pois a consciência do tamanho da dívida é mais terrível que a própria dívida!...
- Pois é, mas o orador começou a falar de umas miuçalhas, que, sinceramente, eu não imaginava que a Lei pudesse levar em conta umas quirelas...
- Deus é sovina, Dinorah! – exclamei.
- Sovina?! Como assim?!...
- Jesus falou que a gente, enquanto não pagar o último ceitil, não sai da cadeia – demorei a entender que Deus faz contas de “centavos”... O “Homem” é mão aberta para emprestar, mas, na hora de receber, não faz abatimento, não! Eu nunca vi infinita generosidade esovinice infinita, de uma só vez, reunidas numa “Pessoa” só!...
- Pois é, Doutor! Eu pensava: graças a Deus, não tenho tão grandes dívidas assim para quitar, pois, a minha consciência não me diz que eu já tenha matado, ou que já atentando contra a própria vida, ou que, ainda, tenha sido uma pessoa deliberadamente má, prejudicando comunidades inteiras...
- Que maravilha, Dinorah! Você é uma felizarda, quase uma bem-aventurada!...
- Ah, não brinca, Doutor! O conferencista disse que, depois de a gente saldar as nossas maiores dívidas para com a Lei Divina, vamos ter que começar a quitar as dívidas menores...
- E ele, que deve ser a reencarnação de algum publicano, está certíssimo – repliquei. – É assim mesmo... Primeiro, a gente paga no atacado, e depois no varejo!...
- Mas, quais são essas dívidas que vamos ter que pagar no varejo?! – inquiriu-me. – Por que eu não sou uma pequena grande devedora, mas reconheço que sou uma grande pequena devedora...
- São justamente, Dinorah, as miuçalhas morais: falar mal de uma pessoa aqui, de outra ali; uma mentira aqui, outra ali; uma desonestidade aqui, outra ali; um escorregão aqui, outro ali... A coisa vai longe!...
- Ai, meu Senhor!...
- O “Homem” é meticuloso! – prossegui. – Você não vê que Jesus pregou o Evangelho falando de miudezas: um óbolo, uma dracma, um punhado de fermento, uma pérola, uma semente de mostarda...
- Sim!...
- Então?!...
- Doutor, mas eu pensei que Ele podia...
- Não pode! Ele quer receber tudo... E tem mais: tem juros em cima disso... O “Homem” quer receber, multiplicados, os talentos que empresta!...
Silenciei por instantes e arrematei:
- Então, minha cara, vai cuidando aí do seu serviço, que eu vou cuidar do meu, porque Ele é severo, ceifa onde não semeou e ajunta onde não espalhou!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 21 de março de 2016.





Escrito por Dr. Inácio Ferreira às 05h19
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13/03/2016 

15 MITOS “ESPIRITAS”
 Listaremos abaixo 15 mitos “espíritas”, ou seja, 15 mitos que, infelizmente, ainda são sustentados no Espiritismo por alguns de seus adeptos, em defesa de seus interesses e pontos de vista pessoais, ou resumindo, em defesa de sua falta de Conhecimento.
Com base em tais mitos que, repetimos, não pertencem à Doutrina, mas aos espíritas que os defendem, o Espiritismo corre o risco de se tornar uma crença fundamentalista, na qual meia dúzia de pessoas pretende controlar a liberdade de pensamento de milhares de outras, em tirânica ditadura de natureza doutrinária – com “saudades” do poder de outrora!...
 
1 – O espírito é um ser assexuado.
2 – O perispírito é destituído de órgãos sexuais.
3 – O perispírito não pode se reproduzir.
4 – O Mundo dos Espíritos é o teto do Universo.
5 – O Mundo Espiritual é espírita.
6 – Toda pessoa anda com um Protetor Espiritual a tiracolo.
7 – Toda reencarnação é “programada”.
8 – Todo homossexual foi um espírito, sexualmente, pervertido em sua existência passada.
9 – Em todos os mundos, a reencarnação acontece segundo os mesmos padrões estabelecidos na Terra.
10 – Tudo o que acontece ao homem é consequência do carma adquirido em sua vida anterior.
11 – Em mediunidade, o espírito comunicante faz tudo, inclusive suprir a ignorância do médium.
12 – O médium mecânico, ou inconsciente, é o que merece maior credibilidade.
13 – Em mediunidade, o animismo é sempre contraproducente.
14 – O Espiritismo é uma doutrina pronta e, portanto, nada mais se lhe pode acrescentar aos postulados.
15 – Na transmissão do passe, uma técnica de movimentação das mãos é mais eficiente que outra. 
 
Claro e evidente que outros mitos podem ser acrescentados à nossa lista, todavia, acreditamos que somente estes 15 já sejam mais que suficientes para menoscabar a Doutrina da Fé Raciocinada e conspirar contra a sua característica progressiva, fazendo-a perfilar entre as crenças religiosas que se apoiam no maravilhoso e no sobrenatural.
 
INÁCIO FERREIRA
 
Uberaba – MG, 13 de fevereiro de 2016.


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