Eu não tenho escolha
Gostei! Rebloguei!
Faça o que quiser com o meu amor.
Ele é meu, mas eu te dei
Você pode ignorá-lo, guarda-lo, expô-lo
VOCÊ pode. Eu não.
Porque sou eu quem sente
E sei que parte dele
vai continuar aqui.
Escondida, é verdade.
Porque ninguém gosta do papel de tolo
E, se em algum momento ele te interessar
Me consulte… pode ser que ele ainda exista
O amor é um item raro
Nasce e morre sozinho
Não tenho poder sobre ele…
Não é uma questão de querer
Porque se eu pudesse escolher
Ele sequer teria nascido.
A semente era de espinho.
Soube desde que a vi…
Mas cuidei-a com carinho,
regando aqui e ali.
Cresceu, espinho deu… e me feriu.
Não tive ódio, não quis arrancá-la.
Na verdade, agradeci…
Pois até os espinhos têm flor…
A semente, era de amor,
mas floresceu só em mim.
(E não fui eu quem plantou…)
(E não fui eu quem plantou…)
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Publicado por Silvia Gomes em 07/09/2016 in Poesia
Sementeiras da violência

Nos dias atuais a preocupação com a violência e a falta de segurança é constante.
Os governos se mobilizam para encontrar uma solução definitiva para esse terrível mal que assola o mundo.
Lamentavelmente, grande parte das medidas para se conter a violência são apenas propostas repressivas, passíveis de aumentá-la ao invés de eliminá-la.
Quando se quer vencer uma guerra pela força, usam-se as mesmas armas que os adversários, só que em maior número ou mais potentes.
No entanto, o bom senso diz que para se vencer, definitivamente, uma guerra é preciso minar as bases da violência com ferramentas eficazes para esse fim.
Dessa forma, não será com uma agressão maior que se eliminará a violência da face da Terra.
Em nosso país, por exemplo, o tráfico de drogas é o grande fomentador da violência, da bestialidade, do embrutecimento do ser humano e da falta de valorização da vida.
Mas o que precisa ser pensado, é que não haveria oferta de drogas e, por conseguinte, as máfias que disputam esse mercado, se não houvesse o viciado.
Dentro dessa lógica, é racional que pensemos em eliminar esse mal pela raiz e não pelo topo.
É preciso encarar o problema de frente, e não de forma caolha, ou com uma venda nos olhos para não enxergar o que não se quer ou não convém.
Sob esse ponto de vista, deveremos começar a direcionar o nosso olhar para a base do problema, que é a forma com que se está conduzindo a infância.
Se na infância é que se aprende sobre os valores e desvalores da vida, é preciso envidar esforços para plantar, na mente e no coração da criança, os verdadeiros valores da vida.
Com a lucidez que o século XXI enseja, deveremos eliminar dos desenhos animados, dos jogos infantis, das telenovelas e dos programas que a criança assiste, todo tipo de violência, de vícios, de desonestidade, de cenas que incitam à desvalorização da vida.
Sim, porque as novelas, desde as noturnas até as vespertinas, que geralmente são as noturnas vistas de novo, estão repletas de sementes de violência, de vícios. Basta observar.
A prostituição, as bebidas alcoolicas, o fumo, o uso das pessoas como se fossem objetos descartáveis, são uma constante.
Muito embora algumas novelas tentem amenizar isto fazendo abordagens sobre os prejuízos causados pelas drogas, com depoimentos de personagens reais, isso se torna hipocrisia nas cenas seguintes, mostrando pessoas em mesas de bares, em conversas animadas regadas a cerveja.
Isso logo após as afirmativas de que o álcool é a porta de entrada para as demais drogas.
Programas, cuja audiência é formada, em sua maioria, por crianças e adolescentes, mostram personagens quase sempre seminus, exibindo latinhas ou copos de alcoolicos.
Enquanto o descaso com a vida e o desrespeito ao ser humano forem ingredientes da comunicação de massa, a luta contra a violência será apenas um curativo numa ferida viva.
Enquanto não se buscar a solução efetiva, moralizando os seres, colocando o homem no lugar que lhe compete nos cenários do mundo, continuaremos a assistir o triste espetáculo da violência movida pela ganância e pela prepotência.
Para lograr êxito na luta pela paz, é preciso despertar para a vida, para os valores nobres que devem reger uma sociedade justa e feliz.
A melhor, a mais eficiente e econômica de todas as modalidades de assistência é a educação, por ser a única de natureza preventiva. Ela não remedeia os males sociais; evita-os.
Redação do Momento Espírita com pensamento final extraído do livro O mestre na educação, de Pedro de Camargo, Ed. Feb. Disponível no livro Momento Espírita, v. 3, ed. Fep. Em 18.05.2011.
2 Comentários
Publicado por Silvia Gomes em 17/08/2016 in Reflexão
Etiquetas: assistência, audiência, comunicação de massa, desvalores, educação, esforço, lucidez, males sociais, sementeiras, valores
Amor é o que se faz

Possivelmente um dos vocábulos mais utilizados por nós seja amor.
A indústria cinematográfica, de um modo geral, distorceu a essência do amor ao torná-lo emocional e sexualizá-lo, em vez de transmitir a sua mensagem autêntica.
Os gregos usavam o substantivo ágape para descrever o amor incondicional. Amor que nada exige em troca.
Quando Jesus se refere ao amor refere-se ao amor ágape, um amor que se expressa pelo comportamento e pela escolha, não o sentimento do amor.
Isso nos remete ao conceito de que amor é o que se faz, muito mais do que o que se sente.
O amor deve ser expressado, demonstrado. Alguns de nós, costumamos dizer: Amo você.
E repetimos a frase, em muitas ocasiões. Contudo, a pessoa que ouve a frase, nem sempre se sente verdadeiramente amada.
Exatamente por isso: o amor exige ação. Exige que, ao passarmos por uma banca de flores, o olhar encantado nos remeta à lembrança do ser amado.
E, por isso, paremos, compremos, mesmo que seja somente um botão da mais expressiva flor para levar, em mãos, surpreendendo a quem amamos.
O amor nos pede que sejamos gentis. Que, no meio da manhã, sem motivo algum, simplesmente enviemos uma mensagem: Pensei em você, neste momento.
Somente para aquecer o coração amado.
Ou, que telefonemos para dizer, poucos minutos depois de sair de casa: Olá, tudo bem? Já estou com saudades. Inté.
O amor nos leva a levantarmos mais cedo, em um dia qualquer, prepararmos um café especial e nos demorarmos à mesa, um pouco mais do que o habitual, somente para usufruir do encantamento a dois ou com a família toda, os preciosos filhos.
Amar é sair a passear, sem hora para voltar, a não ser quando o sol resolver se recolher e a noite nos convidar ao repouso.
É ensinar as crianças a andar de bicicleta, insistir com o pequeno que tente se equilibrar sem as rodinhas acessórias e gritar de felicidade, com ele, comemorando a conquista.
É assistir à festinha da escola, onde a filha somente declamará um verso, mas vibrar e ser o primeiro a se erguer para aplaudir.
É se sentar ao lado do filho e observar, sorrindo, cada traço que ele concretiza, tentando formar as letras do alfabeto que vai descobrindo.
É ouvi-lo ler e reler a mesma frase, várias vezes, no contentamento de quem descobriu o valor das sílabas.
Amar é muito mais do que sentir. É agir. É renunciar a algo que deseja muito para que o outro possa concretizar seu sonho.
É estar presente na solenidade de formatura, na sagração de uma homenagem importante, e ter a certeza de ter colaborado para aquele êxito.
E isso quer dizer sacrifício de horas de sono, de muitas idas e vindas a lugares diversos, acompanhando a esposa, o filho, o marido.
Amar é cuidar das crianças enquanto o outro se faz ausente, na conquista de lauréis para a própria carreira.
É segurar a mão quando o medo se faz presente, quando a doença chega, quando as dificuldades se tornam maiores.
Amor é o que se faz, demonstrando o verdadeiro sentimento que nos vai na alma.
É jamais deixar para amanhã o gesto de ternura, de carinho, de atenção.
Isso porque o momento de amar é hoje, no presente, agora.
Pensemos nisso. Amor é o que se faz.
Redação do Momento Espírita, a partir do cap. 11,
do livro De volta ao mosteiro, de James C. Hunter,
ed. Sextante.
Em 11.7.2016.
do livro De volta ao mosteiro, de James C. Hunter,
ed. Sextante.
Em 11.7.2016.
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