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quinta-feira, 30 de abril de 2015

A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA


 

    O Evangelho Segundo o Espiritismo


 
A reencarnação fortalece os laços de família (I)
Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento. Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões. Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.
Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos. Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 18.)

INSISTIR NO ERRO É BURRICE....




01 – Errar é humano, insistir no erro é burrice. Por que mesmo sabendo que algo é errado, cometemos o mesmo erro? Como fazer para que isso não aconteça?
É que ainda estamos mais próximo das bestas que dos anjos. Daí o fato de “empacarmos” com freqüência, nos caminhos de nossa renovação, em reiterados enganos. por isso, Paulo proclamava: O bem que quero, não faço; o mal que não quero, esse eu faço. Não obstante, aprendemos com o espiritismo ser imperioso que lutemos contra nossas tendências, fazendo prevalecer o bem, antes que venham os esporões da dor para nos “desempacar”.
02 – Como agir diante de um patrão com excesso de poder e orgulho, que persegue e maltrata seus subordinados, humilhando-os?
A besta responde aos coices escoiceando. Se queremos agir racionalmente, devemos ensinar boas maneiras aos que não às possuem, exemplificando respeito, tolerância, compreensão… Por mais deseducado seja um patrão, não conseguirá ser rude indefinidamente com alguém que o trata com urbanidade, sem deixar-se afetar por suas impertinências. Não obstante, não se imagine vivendo um carma. Nada o impede de procurar outro emprego.
03 – Há cinco anos freqüento o espiritismo. Sou médium, e ainda não consegui ser uma espírita caridosa. Sempre que penso em fazer algo, dá errado. É problema material ou espiritual?
É problema de orientação. O exercício da caridade não pede lugar, tempo, espaço, circunstância… Não é um comportamento para determinada situação, mas uma atitude perante a vida. Assim, nas 24 horas do dia somos convocados ao seu exercício, ajudando a família, o necessitado, a comunidade…Na medida em que nos imbuímos desse propósito e o colocamos em prática, multiplicam-se as possibilidades de sermos caridosos, até mesmo com a remoção de uma pedra na via pública, passível de provocar acidentes.
04 – Embora estudando o espiritismo, não consigo vencer minhas angústias. Trago marcas profundas. Fui muito magoada no passado por pessoas de meu relacionamento, inclusive meu ex-marido. Por que isso acontece?
Cultivar o passado é revivê-lo a cada momento. Você está agindo como alguém que não permite que um ferimento cicatrize, lavando-o diariamente com ácido. Quando deixar de ter pena de si mesma e viver o presente, sepultando o passado, ficará bem.
05 – Por que o ser humano, quando sob pressão em seu dia-a-dia, se vê incomodado e descarrega em outras pessoas?
Se você fechar a válvula da panela de pressão haverá uma explosão. O mesmo acontece conosco. As pressões são naturais em nosso cotidiano, envolvendo saúde, profissão, trânsito, família, negócios, problemas e dificuldades. Tiraremos de letra, se as válvulas de nosso psiquismo estiverem funcionando de forma adequada, mediante fé irrestrita em deus, confiança em nós mesmos e boa vontade com o próximo.
06 – Em minha casa há muita briga e desentendimento. Como pacificar a família?
Pacificando-se. O ambiente sempre melhora, quando melhoramos, substituindo críticas por elogios, rudeza por carinho, palavrões por bênçãos, cobranças por doações. Quem consegue acender luzes em seu coração, sempre ilumina aqueles que o rodeiam.
07 – Estou freqüentando um centro espírita há algum tempo, mas enfrento sérias dificuldades com meus pais. Eles alegam que o espiritismo é obra do diabo e me criticam muito. O que devo fazer?
Demonstre-lhes que o Espiritismo o faz mais estudioso, mais alegre, mais confiante, mais cordato, mais atencioso, mais amoroso, mais compreensivo, mais amigo. Eles concluirão que tudo isso só pode vir de Deus.
08 – Como vencer as barreiras que nos separam das pessoas?
Comece por calar reclamações. Coração amargurado, dizia uma madre superiora, é obra-prima do demo. Quanto ao resto – é ouvir muito, sorrir mais, ajudar sempre.

O QUE É CARMA?



A expressão não é espírita. Está no hinduísmo e no budismo. Define as conseqüências de nossas ações, boas ou más, que geram reações que nos atingem na mesma intensidade, nesta encarnação ou nas próximas.
2 – Mas é usada no Espiritismo...
É usada pelos espíritas. Não consta da Codificação. Mais correto falar em ação e reação ou causa e efeito. A diferença é que o carma costuma ter um sentido passivo. A pessoa deve sujeitar-se aos males que lhe são impostos, sem reagir, para fazer jus a algo melhor no futuro. A partir daí temos situações lamentáveis como o sistema de castas que vige na Índia, a consagrar a discriminação, principalmente dos párias, a casta inferior.
3 – O pária não está pagando dívidas?
Sendo a Terra um planeta de provas e expiações, habitada por Espíritos comprometidos com o egoísmo, podemos dizer que todos estamos em prova ou expiação, pobres e ricos, em qualquer segmento da sociedade. A condição social pode ser apenas uma contingência, como nascer numa favela, por falta de melhor localização. Não é pela vontade de Deus que surgem as favelas e as castas, mas pela incúria humana. Deus cria e sustenta a vida. A qualidade de vida é obra do homem.
4 – Se não é um carma, essa situação pode ser modificada?
É esse o ponto. Na lei do carma, a exclusão que caracteriza os párias é irremissível, algo a ser suportado pela vida toda. Sob o ponto de vista espírita, ainda que se trate de uma medida disciplinar envolvendo comprometimentos do passado, é passível de ser amenizada a partir da conscientização da sociedade e pelo esforço do pária em favor de sua própria renovação.
6 – Digamos que alguém tenha matado um desafeto, dando-lhe um tiro no peito. Numa existência futura não deveria morrer assim, também, para resgate de sua dívida?
Isso apenas perpetuaria o mal, porquanto alguém deveria fazê-lo, assumindo carma idêntico. Esse retorno implacável, na mesma proporção, evoca a pena de talião, o olho por olho, dente por dente, de Jeová, o sanguinário deus mosaico, substituído pelo Deus de amor e misericórdia, revelado por Jesus.
7 – E como fica o assassino?
Terá desajustes espirituais, decorrentes de seu ato criminoso, que tenderão a refletir-se em seus estados físicos e emocionais, na presente existência ou em futuras, originando males que lhe ensinarão a superar a agressividade. Paralelamente, será chamado ao compromisso de reajustar-se com sua vítima, compensando-a pelo mal que lhe fez.
8 – Todos estamos sujeitos a essas conseqüências?
Sim, mas o grau de comprometimento do criminoso dependerá de sua capacidade em distinguir o mal do bem, o certo do errado. Quanto maior o seu discernimento, maior a responsabilidade.

ADOLESCENTE


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 Infância e aborrescência

Um amigo, às voltas com filhos adolescentes, que ele chama de “aborrescentes”, suspirava:
– Ah! Que bom seria se a criançada dormisse no início na puberdade e despertasse na idade adulta!
Reporta-se à complexidade desse ser estranho, instável, inseguro, impertinente, ansioso por auto-afirmação, adepto fervoroso da contestação, que olha com desdém para os pais, “esses caretas, mais por fora que braço de afogado”.
E pretende ser dono de seu nariz, embora conste como dependente na declaração de renda familiar, para todos os efeitos, até mesmo quando exercita a liberdade de decidir como vai gastar a mesada.
A solução não seria pô-lo a dormir, mas ajudá-lo a despertar.
O grande problema do adolescente é justamente o fato de ser alguém que chega ao fim de longo sono, a partir de seu mergulho na carne.
Completado o processo reencarnatório, o Espírito, que até então era pouco mais que um sonâmbulo, começa a entrar na posse de si mesmo, de suas tendências e aptidões, embora guardando completa amnésia em relação às experiências anteriores.
A proverbial relutância quanto aos cuidados do próprio corpo, envolvendo higiene, saúde, regime alimentar, sempre me pareceu mero resultado de longo estágio no plano espiritual, a chamada erraticidade, onde certamente perdeu o contato com elementares disciplinas sobre o assunto.

***
Na questão 383, de O Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta qual a utilidade de o Espírito passar pelo estágio da infância, diz o mentor:
Encarnando, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.
Observe, leitor amigo, a importância dessa informação!
O período de infância é propício para que influenciemos o Espírito, educando-o para a vida, ajudando-o a superar suas imperfeições e mazelas.
Fragilizado, em face das próprias limitações físicas, sem condições para desenvolver iniciativas próprias, ele é receptivo aos exemplos e orientações que recebe dos adultos.
O velho ditado, de pequeno é que se torce o pepino, exprime uma realidade.
Muitas tortuosidades e viciações do reencarnante podem ser superadas com uma educação adequada, conscientes os pais de que, conforme o verso do poeta inglês William Wordsworth, citado por Machado de Assis (1839-1908), em Memórias Póstumas de Brás Cubas, a criança é o pai do homem.
Tendências e mazelas não superadas na infância, herança do pretérito, moldarão o caráter do adulto.
***
Bem, e a adolescência – perguntará o leitor – para que serve?
Meu amigo diz que nesse estágio invertem-se as posições.
Na infância educamos nossos filhos.
Na adolescência eles nos educam.
Somos convocados a exercitar a paciência, a tolerância, a compreensão, o espírito conciliador, a fim de não transformar o lar em arena de intermináveis brigas e discussões.
Dentre as diatribes contestatórias do adolescente está a expressão que costuma usar, quando chamado às falas pelos genitores, em relação ao seu comportamento.
– Não cobrem nada de mim. Não pedi para nascer!
Pretende que não o consultaram para tê-lo como filho.
Conseqüentemente, que tratem de aceitar suas inconveniências.
O impertinente não tem nenhuma noção sobre essa tolice, que proclama enfaticamente.
Se algo conhecesse sobre as vidas sucessivas jamais falaria assim, tendo em vista o contingente de Espíritos desencarnados a espera da oportunidade de um mergulho na carne para experiências redentoras.
Certamente ele pediu, sim, insistentemente, para que seus pais lhe concedessem a abençoada oportunidade do recomeço, sem a lembrança do passado, a fim de vencer paixões e fixações que precipitaram seus fracassos e o infelicitam.

***
É típico do adolescente situar os pais por incompetentes que não enxergam um palmo adiante do nariz.
Julga-se capaz de fazer muito mais por si mesmo.
É bom que o faça.
Seu futuro depende disso.
Mas, certamente, quando estiver às voltas com filhos adolescentes há de mudar sua opinião, reconhecendo que os “velhos” fizeram bem mais em seu benefício do que o supunha sua pretensa sabedoria.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

LIMITES DA ENCARNAÇÃO

 

 

 

 

    O Evangelho Segundo o Espiritismo

Limites da encarnação
Quais os limites da encarnação?
A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.
O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.
Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.
Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. – São Luís. (Paris, 1859.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24.)

UM ESPIRITO CONSOLADOR

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Emprego da riqueza (II)
Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade. Dir-se-ia, diante da atividade que desenvolveis, tratar-se de uma questão do mais alto interesse para a humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em condições de satisfazer a necessidades exageradas, à vaidade, ou de vos entregardes a excessos. Que de penas, de amofinações, de tormentos cada um se impõe; que de noites de insônia, para aumentar haveres muitas vezes mais que suficientes! Por cúmulo de cegueira, freqüentemente se encontram pessoas, escravizadas a penosos trabalhos pelo amor imoderado da riqueza e dos gozos que ela proporciona, a se vangloriarem de viver uma existência dita de sacrifício e de mérito — como se trabalhassem para os outros e não para si mesmas! Insensatos! Credes, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo, pela cupidez ou pelo orgulho, enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social? Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem-estar, seus prazeres foram o objeto exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele, que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre. Por isso mesmo, esse senhor tão animado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou? — Um Espírito Protetor. (Cracóvia, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 12.)

EMPREGO DA RIQUEZA

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Emprego da riqueza (II)
Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade. Dir-se-ia, diante da atividade que desenvolveis, tratar-se de uma questão do mais alto interesse para a humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em condições de satisfazer a necessidades exageradas, à vaidade, ou de vos entregardes a excessos. Que de penas, de amofinações, de tormentos cada um se impõe; que de noites de insônia, para aumentar haveres muitas vezes mais que suficientes! Por cúmulo de cegueira, freqüentemente se encontram pessoas, escravizadas a penosos trabalhos pelo amor imoderado da riqueza e dos gozos que ela proporciona, a se vangloriarem de viver uma existência dita de sacrifício e de mérito — como se trabalhassem para os outros e não para si mesmas! Insensatos! Credes, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo, pela cupidez ou pelo orgulho, enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social? Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem-estar, seus prazeres foram o objeto exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele, que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre. Por isso mesmo, esse senhor tão animado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou? — Um Espírito Protetor. (Cracóvia, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 12.)

terça-feira, 28 de abril de 2015

A VIRTUDE

 

 

 

    O Evangelho Segundo o Espiritismo

A virtude
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, quase sempre as acompanham pequenas enfermidades morais que as desornam e atenuam. Não é virtuoso aquele que faz ostentação da sua virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho. A virtude, verdadeiramente digna desse nome, não gosta de estadear-se. Adivinham-na; ela, porém, se oculta na obscuridade e foge à admiração das massas. S. Vicente de Paulo era virtuoso; eram virtuosos o digno cura d'Ars e muitos outros quase desconhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que fossem virtuosos; deixavam-se ir ao sabor de suas santas inspirações e praticavam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos.
À virtude assim compreendida e praticada é que vos convido, meus filhos; a essa virtude verdadeiramente cristã e verdadeiramente espírita é que vos concito a consagrar-vos. Afastai, porém, de vossos corações tudo o que seja orgulho, vaidade, amor-próprio, que sempre desadornam as mais belas qualidades. Não imiteis o homem que se apresenta como modelo e trombeteia, ele próprio, suas qualidades a todos os ouvidos complacentes. A virtude que assim se ostenta esconde muitas vezes uma imensidade de pequenas torpezas e de odiosas covardias.
Em princípio, o homem que se exalça, que ergue uma estátua à sua própria virtude, anula, por esse simples fato, todo mérito real que possa ter. Entretanto, que direi daquele cujo único valor consiste em parecer o que não é? Admito de boamente que o homem que pratica o bem experimenta uma satisfação íntima em seu coração; mas, desde que tal satisfação se exteriorize, para colher elogios, degenera em amor-próprio.
Ó vós todos a quem a fé espírita aqueceu com seus raios, e que sabeis quão longe da perfeição está o homem, jamais esbarreis em semelhante escolho. A virtude é uma graça que desejo a todos os espíritas sinceros. Contudo, dir-lhes-ei: Mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho. Pelo orgulho é que as humanidades sucessivamente se hão perdido; pela humildade é que um dia elas se hão de redimir. - François-Nicolas-Madeleine. (Paris, 1863.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 8.)

SAÚDE MENTAL

Guardemos Saúde Mental

"Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da Terra." - PAULO. (COLOSSENSES, 3:2.)
O Cristianismo primitivo não desconhecia a necessidade da mente sã e iluminada de aspirações superiores, na vida daqueles que abraçam no Evangelho a renovação substancial.
O trabalho de notáveis pensadores de hoje encontra raízes mais longe. Sabem agora, os que lidam com os fenômenos mediúnicos, que a morte da carne não impõe as delícias celestiais.
O homem encontra-se, além do túmulo, com as virtudes e defeitos, ideais e vícios a que se consagrava no corpo.
O criminoso imanta-se ao círculo dos próprios delitos, quando se não algema aos parceiros na falta cometida.
O avarento está preso aos bens supérfluos que abusivamente amontoou.
O vaidoso permanece ligado aos títulos transitórios.
O alcoólatra ronda as possibilidades de satisfazer a sede que lhe domina os centros de força.
Quem se apaixona pelas organizações caprichosas do "eu", gasta longos dias para desfazer as teias de ilusão em que se lhe segrega a personalidade.
O programa antecede o serviço.
O projeto traça a realização.
O pensamento é energia irradiante. Espraiemo-lo na Terra e prender-nos-emos, naturalmente, ao chão. Elevemo-lo para o Alto e conquistaremos a espiritualidade sublime.
Nosso espírito residirá onde projetarmos nossos pensamentos, alicerces vivos do bem e do mal. Por isto mesmo, dizia Paulo, sabiamente: - "Pensai nas coisas que são de cima".
XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 177.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

PARA TI

para ti.

Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.

Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.

Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.

Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.

Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.

Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.

São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.

Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.

Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.

Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.

Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.

Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.

Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.

Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.

PROLONGUE SUA SAÚDE MENTAL.....

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“Prolongar a vida com qualidade passa por uma realidade mental que nem todos conseguem construir - sem irritação, melindres, mágoas, ressentimento e raiva. Puri...
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domingo, 26 de abril de 2015

HONRAI VOSSO PAI E VOSSA MÃE


O SONHO É A LEMBRANÇA DO QUE O ESPÍRITO VIU DURANTE O SONO...

O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades.
**Na imagem um trecho do livro Missionários da Luz, ilustrando a emancipação do espírito de Raquel e Adelino, durante o sono.