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domingo, 26 de abril de 2015
SUICÍDIO É UMA GRANDE ILUSÃO..
SUICÍDIO, UMA GRANDE ILUSÃO
"A Ciência Espírita ensina que, pelo suicídio sempre se perde o que se queria ganhar. O
suicídio é o corolário da covardia moral, que por sua vez é o resultado a que leva a
incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro e as idéias materialistas." Allan Kardec.
Afirma ainda o Mestre Lionês:
"(...) Quando homens de ciência, apoiados na autoridade do seu saber, se esforçam por
provar aos que os ouvem ou lê em que estes nada têm a esperar depois da morte, não estão
de fato levando‐as a deduzir que, se são desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se
matarem? Que lhes poderiam dizer para desviá‐los dessa conseqüência? Que compensação
lhes podem oferecer? Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser o nada...
Daí se deve concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva, mais vale
buscá‐lo imediatamente e não mais tarde, para sofrer por menos tempo. A propagação das
doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a idéia do suicídio na maioria dos que
se suicidam, e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda
responsabilidade. Com o Espiritismo, tornada impossível a dúvida, muda o aspecto da Vida.
O crente sabe que a existência se prolonga indefinidamente para lá do túmulo, mas em
condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam muito
naturalmente de pensar no suicídio; donde, em suma, a coragem moral.
O Espiritismo ainda produz, sob esse aspecto, outro resultado igualmente positivo e talvez
mais decisivo: apresenta‐nos os próprios suicidas a informar‐nos da situação desgraçada em
que se encontram e a provar que ninguém viola impunemente a Lei de Deus, que proíbe ao
homem encurtar a sua Vida. Entre os suicidas, alguns há cujos sofrimentos, nem por serem
temporários e não eternos, não são menos terríveis e de natureza a fazerem refletir os que
porventura pensam em daqui sair, antes que Deus o haja ordenado.
O suicídio tem sempre por causa um descontentamento, quaisquer que sejam os motivos
particulares que se lhes apontem. Ora, aquele que está certo de que só é desventurado por
um dia e que melhores serão os dias que hão de vir, enche‐se facilmente de paciência. Só se
desespera quando nenhum termo divisa para os seus sofrimentos. E que é a Vida humana,
com relação à Eternidade, senão bem menos que um dia? Mas, para o que não crê na
Eternidade, e julga que com a Vida tudo se acaba, se os infortúnios e as aflições o
acabrunham, unicamente na morte vê uma solução para as suas amarguras. Nada
esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio as suas misérias.
O Espírita tem vários motivos para contrapor à idéia do suicídio: a certeza de uma Vida
Futura, em que, sabe‐o ele, será tanto mais ditoso, quanto mais inditoso e resignado haja
sido na Terra: a certeza de que, abreviando seus dias, chega, precisamente, a resultado
oposto ao que esperava; que se liberta de um mal, para incorrer num mal pior, mais longo e
terrível; que se engana, imaginando que, com o matar‐se, vai mais depressa para o céu; que
o suicídio é um obstáculo a que no outro mundo ele se reúna aos que foram objeto de suas
afeições e aos quais esperava encontrar; donde a conseqüência de que o suicídio, só lhe
trazendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso mesmo, considerável
já é o número dos que têm sido, pelo Espiritismo, obstados de suicidar‐se, podendo daí
concluir‐se que, quando os homens forem Espíritas, deixará de haver suicidas conscientes.
Comparando‐se, então, os resultados que as doutrinas materialistas produzem com os que
decorrem da Doutrina Espírita, somente do ponto de vista do suicídio, forçoso será
reconhecer que, enquanto a lógica das primeiras a ele conduz, a da outra o evita, fato que a
experiência confirma."
Atentemos para a exortação de Santo Agostinho:
"(...) Até quando os vossos olhares se deterão nos horizontes que a morte limita? Quando,
afinal, vossa alma se decidirá a lançar‐se para além dos limites de um túmulo? Houvésseis de
chorar a Vida inteira, que seria isso, a par da eterna glória e resignação? Buscai consolações
para os vossos males no porvir que Deus vos prepara e procurai‐lhes a causa no passado. E
vós, que mais sofreis, considerai‐vos os afortunados da Terra.
(...) Se na maior acerbidade dos vossos sofrimentos, entoardes hinos ao Senhor, o anjo, à
vossa cabeceira, com a mão vos apontará o sinal da salvação e o lugar que um dia ocupareis.
A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os Horizontes do Infinito diante dos
quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. Não nos pergunteis, portanto, qual o
remédio para curar tal úlcera ou tal chaga, para tal tentação ou tal prova. Lembrai‐vos de
que aquele que crê é forte pelo remédio da fé; e aquele que duvida um instante da sua
eficácia é imediatamente punido, porque logo sente as pungitivas angústias da aflição.
O Senhor apôs o Seu selo em todos os que n`Ele crêem. O Cristo vos disse que com a fé se
transportam montanhas e eu vos digo que aquele que sofre e tem a fé por amparo, ficará
sob a sua égide e não mais sofrerá. Os momentos das mais fortes dores que lhe serão as
primeiras notas alegres da Eternidade. Sua Alma se desprenderá de tal maneira do corpo,
que, enquanto se estorcer em convulsões, ela planará nas regiões celestes, entoando, com
os anjos, hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Ditosos os que sofrem e choram! Alegres estejam suas almas, porque Deus as cumulará de
bem‐aventuranças."
1 ‐ Kardec, A. in "O Livro dos Espíritos" ‐ conclusão VII
2 ‐ Kardec, A. in "O Evangelho Segundo o Espiritismo" ‐ Capítulo V
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