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quinta-feira, 11 de junho de 2015

O VALOR DA ORAÇÃO

O valor da oração / A história da chave

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

O valor da oração

A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue a obsessão.
Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais forte.
Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome.
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum.
À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.
— Então, a senhora não sabe — explicou o Chico — tenho passado muita fome.
— Ora, você está reclamando muito, meu filho! — disse Dona Maria João de Deus — menino guloso tem sempre indigestão.
— Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa…
A mâezinha abraçou-o e recomendou:
— Continue na oração e espere um pouco.
O menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um grande cão da rua penetrou o quintal.
Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro.
Era um jatobá saboroso…
Chico recolheu, alegre, O pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha ao seu lado, acrescentando.
— Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.
E, despedindo-se da criança, acentuou:
— Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome de Jesus.

A história da chave

Com a saída do chefe da casa e dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.
Aí começou uma dificuldade.
Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras.
A madrasta bondosa preocupou-se.
Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.
Dona Cidália observou… Observou…
E ficou sabendo que lhes subtraía os recursos da horta; entretanto, repugnava-lhe a idéia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.
Chamou, então, o Chico e lembrou.
— Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria.
Peça-lhe um conselho. Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?
Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.
O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse:
— Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que são sempre pessoas de quem necessitamos. Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.
Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.
Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira.
Fonte: Lindos casos de Chico Xavier por Ramiro Gama

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