ENTREVISTAS |
Richard Simonetti, funcionário aposentado do Banco do Brasil, residente em Bauru, SP. É orador, jornalista e escritor espírita, ocupando atualmente o cargo de presidente do Centro Espírita "Amor e Caridade". Livros publicados: "Quem Tem Medo da Morte?", "Uma Razão Para Viver", "Atravessando a Rua", entre outros.
P: - Existe o carma do suicídio?R: - O problema do suicídio não é de carma. Decorre da falta de calma quando não aceitamos as provações humanas.
P: – E se a pessoa tem uma depressão tão forte que não consegue viver, enxergando no suicídio sua única saída?R: - Seria uma boa saída se a vida terminasse no túmulo. Como não termina, o suicídio apenas abre a porta para um mergulho em sofrimentos maiores.
P: – Aqueles que enfrentam graves depressões parecem não se importar muito com essa perspectiva. Consideram que não pode existir situação pior do que a que estão enfrentando.R: - Enganam-se. Não há na Terra sofrimento que se comparte ao do suicida. O Espírito Camilo Castelo Branco deixa isso bem claro no livro “Memórias de um Suicida”, psicografia de Yvonne A. Pereira, onde descreve suas experiências no Vale dos Suicidas.
P: - É possível alguém ser induzido ao suicídio por um Espírito obsessor?R: - Sim. Mas é preciso lembrar que os obsessores apenas exploram nossas tendências. Dificilmente conseguirão induzir ao suicídio um coração confiante em Deus, habituado a cultivar otimismo e bom ânimo.
P: – Não há casos de subjugação em que o obsessor sobrepõe-se às reações do obsidiado, precipitando-o no auto-aniquilamento?R: - Aparentemente, sim. Tenho observado casos de suicídio que mais parecem assassinatos cometidos por Espíritos.
P: - Nesse caso o suicida estaria isento de responsabilidade?R: - É difícil ajuizar até que ponto ele estava impedido de reagir. De qualquer forma a responsabilidade é compatível com seu grau de maturidade e informação. Há circunstâncias atenuantes, como numa obsessão; ou agravantes. Como o fato de estarmos perfeitamente conscientes do que fazemos e das conseqüências.
P: - Como confortar as pessoas que passam pela desdita de um suicídio na família?R: - É preciso ter sempre presente que o suicida não perde a condição de filho de Deus, nem é confinado em tormentos irremissíveis. Deus não desampara nenhum de seus filhos. O suicida aprende da forma mais dolorosa, mas segundo sua própria escolha, que a Vida dever ser respeitada.
P: - O que podemos fazer pelos suicidas?R: - Em principio, cessar o questionamento, deixando de cultivar reminiscências que repercutem dolorosamente neles. E, sobretudo, orar em seu beneficio. Dizem os suicidas que este é o seu refrigério.
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segunda-feira, 22 de junho de 2015
SUICIDA
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