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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A FÉ EM DEUS TRAZ A ALEGRIA DE VIVER!

 
Título :A Tira de Papel
Autor:Hilário Silva (espírito)
Waldo Vieira (médium)


Data:01/10/2002
Fonte:Livro: Almas em Desfile
MENSAGENS
       
A sessão terminara.
Armindo pensava, enquanto as pessoas deixavam o salão.  Ali viera pela primeira vez por insistência de amigos que lhe indicaram o Espiritismo como recurso para asserenar-lhe a angústia.
Ecoavam nele, ainda, as palavras do orador, moço a brandir verbo firme e brilhante:
- A fé em Deus traz a alegria de viver.  É sol na alma.  Tenhamos confiança e, sobretudo, ajudemos aqueles que não a possuem, confortando os desesperados.  Ajudar a alguém é ajudar-nos.  Servir é servir-nos...
E Armindo cismava:
O pregador diz essas coisas, mas não creio que as faça.  É muito moço ainda.  Cheio de vida.  Quero ver quando chegar na minha idade... cinqüenta e seis anos... Quanta decepção!  Quanta dor!...
E, meditando, não percebeu que quase todos os circunstantes já se haviam retirado, deixando-o quase só...
Armindo levanta-se e vê um montículo de papel sobre a mesa.
São pequenas tiras indicando os nomes de doentes que haviam recorrido às orações daquela noite no templo espírita.
Brota-lhe uma idéia de súbito.
Apanharia um nome e aplicaria os conselhos ouvidos.
Consolaria a alguém necessitado, tentando melhorar a sua própria mente.
Toma de um pedacinho de papel e lê nele um nome de mulher, com o endereço respectivo.
- Amanhã é domingo – refletiu.  – Visitarei essa pessoa pela manhã.
Realmente, às oito horas batia à porta de pequena casa, a desmoronar-se em bairro distante.
Mocinha triste atende.
Armindo pergunta pela mulher indicada.
E a jovem fala baixinho:
- Meu senhor, Conceição acaba de desencarnar.  Entre, faça o favor.
Emocionado, Armindo vê junto a catre paupérrimo duas senhoras humildes compondo o corpo inerte de mulher moça, observadas por duas crianças de olhar agoniado.
Depois das saudações, uma das senhoras assinala, discreta:
- Era câncer.  Descansou, coitada.  Há três meses vinha sofrendo horrivelmente.
Armindo, consternado, ouviu o esclarecimento.
Nisso, um homem penetra no quarto penumbroso.
- É o marido da morta e pai dos meninos – esclarece a senhora, falando de novo.
Armindo dirige-se para ele, fazendo menção de cumprimentá-lo, e, extremamente surpreendido, reconhece nele o orador da noite precedente, de olhos molhados, mas de fisionomia tranqüila.
    

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