Tradutor

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ESFORÇO E ORAÇÃO

Logo do Euespirita

Esforço e Oração

"E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só." 
(MATEUS, 14: 23)

De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.
Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.
***
Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.
Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.
***
Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.
Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.
A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.
***
A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.
Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares "à parte", recordando o Senhor.
*****

Pelo Espírito EMMANUEL

Psicografia Francisco Cândido Xavier

Livro: CAMINHO, VERDADE E VIDA

Postado pelo site EU, ESPIRITA!

DOENÇAS

Logo do Euespirita

DOENÇAS

Qualquer equipamento de uso, sofre os efeitos do tempo, o desgaste dos serviços, os desajustamentos, caminhando para a superação, o abandono...
O que hoje é de relevante importância, amanhã encontra-se ultrapassado e, assim, sucessivamente.
O corpo humano, da mesma forma, não pode permanecer indene às injunções naturais da sua aplicação e das finalidades a que se destina.
Elaborado pelos atos pretéritos é resistente ou frágil, conforme o material com que foi constituído em razão dos valores pertinentes a cada ser.
Muito justo, portanto, que enferme, se estropie, se desgaste e morra.
Transitório, em razão da própria junção, é, todavia, abençoado instrumento do progresso para o Espírito na sua marcha ascensional.
Chamado à reflexão, por esta ou aquela enfermidade, mantém-te sereno.
Vitimado por uma ou outra mutilação, aprofunda o exame dos teus valores íntimos e busca retirar da experiência as vantagens indispensáveis.
Surpreendido pelos distúrbios da roupagem física ou da tecelagem no sistema eletrônico do psiquismo, tenta controlá-los e, mesmo lutando pela recuperação, mantém-te confiante.
Não te deixes sucumbir sob as injunções das doenças.
Através da mente sã reconquistarás o equilíbrio da situação. E se fores atingido na área da razão, desde hoje entrega-te a Deus e confia n'Ele.
A doença faz parte do processo normal da vida como parcela integrante do fenômeno da saúde.
*****

Pelo Espírito: JOANNA DE ÂNGELIS

Psicografia: Divaldo Pereira Franco.

Livro: Episódios Diários

Postado pelo site EU, ESPIRITA!
- Espiritismo, um novo Amanhecer!
Logo do Euespirita

domingo, 29 de novembro de 2015

FLORES NASCEM,FLORES MORREM




FLORES NASCEM FLORES MORREM
Meu pai.
Porque ficar desalentado com minha morte? Flores nascem flores morrem. Nem sempre as flores dão frutos e sementes.
Assim fui eu. Jovem, tranqüilo, confiante, observador... Mas não observei que alguma coisa não ia bem em mim. Comecei a me sentir meio fraco e triste, mas não disse a ninguém. Minha mãe notou, mas eu não disse nada. 
Estudava como qualquer um, mas estava muito aborrecido e desanimado com os estudos. Comecei a ficar pior, quando alguém disse que deveria procurar um médico. Minha mãe me levou. Exames, exames e exames.
Quando o médico viu, eu notei um ar de preocupação em seu olhar. Era uma doença grave: leucemia.
Chamaram-me e com muitos rodeios me disseram e falaram também que eu ia ser hospitalizado. Muitos tratamentos, mas seria necessário um transplante de medula. Fiquei internado muito tempo e durante esse tempo minha mente não parava: por quê?
Nem sempre compreendemos, mas durante aquele tempo fui preparado e acredito que vocês também foram preparados, mas não aceitavam o fato.
Um dia acordei muito ofegante, o oxigênio me faltava, houve uma correria e fui para UTI. Lá estranhei bastante porque eu nunca vi tanta gente me ajudando. Nada valeu e eu morri.
Mamãe se desesperou, falou blasfêmias: “Onde estava Deus que me levou tão jovem”? Por quê? Meu Deus!
Daí a pouco não vi mais nada... Fui levado de maca para um lugar que não sei falar onde fica. Tudo muito limpo e muito agradável. Meu corpo já não doía e eu estava bem. Fui cuidado por dois jovens que me falavam de vida eterna, de consolações, de alegrias vindouras e que me diziam que breve eu me recuperaria.
Será que não precisaria mais do transplante? Disseram que não, que o corpo que estava doente foi descartado e que o corpo que eu possuía era perfeito, não necessitava de transplante.
Dormi tranqüilo e sossegado e até hoje sinto muito bem. Faço excursões com amigos que conheci agora e às vezes vou à casa de vocês. Vejo-os, acaricio-os, mas não me vêem.
Sou como uma plantinha ainda, porém saudável e espero novamente estar no convívio de vocês muito breve.
Um abraço de carinho do filho
Dudu.

A CURA PELOS FUÍDOS

A cura pelos fluídos - Prof.José Raul Teixeira
W.A.Cuin
WAC – Os Evangelhos informam que Jesus fez inúmeras curas utilizando somente as mãos. Como pode fazer tais prodígios? Somente Jesus podia curar com a imposição das mãos?
JRT – Não apenas Jesus, quando lemos o Evangelho de João, encontramos a informação do Mestre: ”Vois sois Deuses, tudo quanto eu faço vós fareis, se o quiserdes”. Deste modo sentimos que a expressão de Jesus, curar com as mãos, era uma expressão da sua capacidade de poder, desenvolvimento individual e do estágio evolutivo em que ele se achava.
A imposição de mãos, não era simplesmente por imposição de mãos, mas era para nos demonstrar que nessa ação, ATRAVÉS DAS EXTREMIDADES, uma infinidade de recursos do mundo superior podem ser acionados, estando a mente ativa impulsionando as energias que fluem através das mãos,
UMA VEZ QUE NÓS PODEREMOS EMITIR ENERGIA FLUÍDICAS ATRAVÉS DA NOSSA SIMPLES PRESENÇA,
PORQUE ELAS FLUEM COM FACILIDADE DE DIVERSAS MANEIRAS, DESDE QUE ESTEJAMOS COM A DISPOSIÇÃO MENTAL DE DETONA-LAS OU DE FAZE-LAS EXPULSAS DE NÓS, EM DIREÇÃO AO ALVO VISADO.
QUANDO NÓS ORAMOS POR ALGUÉM, ESTAMOS EMITINDO ENERGIAS MENTAIS, energias psíquicas e fluídos.
O chamado passe á distância é uma emissão mental de energias fluídicas através do nosso pensamento, que não erra o alvo.
Hoje em dia encontramos diversas criaturas que se exercitam nessa prática e passam a trabalhar em prol do bem, alimentando almas, consciências, graças ao que nós chamamos em Espiritismo de fluidoterapia e os cientistas estudando a energia que evola das criaturas vivas, passou a chamar de bioenergia, surgindo nos campos da ciência e Bioenergética, que na verdade é uma prática anterior ao próprio Cristo, porque desde os sacerdotes e médicos egípcios, quando queriam fazer uma cirurgia qualquer, numa época em que ainda desconheciam o anestésico, chamam os Pítons, os médiuns, para que impusessem as mãos sobre a área que eles deveriam abrir para que anestesiassem o indivíduo.
Temos nas obras mediúnicas, uma infinidade de casos demonstrando que SE PODE ATENDER AS PESSOAS ATRAVÉS DA FLUIDOTERAPIA À DISTÂNCIA, por isto é que indivíduos deixam os seus nomes, os seus endereços e nós deixamos as nossas referências para outrem possa orar, por nos demonstrando ai a eficácia, a importância dessa CAPACIDADE MENTAL DE IMPULSIONAR OS FLUÍDOS, para que eles realizem o seu mister.

QUEM DE NÓS DOIS - ANA CAROLINA

SEU PRIMEIRO NATAL

Seu primeiro Natal

   

Meu filho... É seu primeiro Natal. 

Por algum tempo pensei no que lhe dizer, pois, como pai, tenho também a missão de lhe apresentar o mundo - de descrevê-lo em todas suas nuances. 

Puxa... É seu primeiro Natal... 

Sei que as pequenas luzes que brilham em todo lugar irão lhe encantar os olhos... Mas, sobre elas, gostaria de lhe dizer que representam estrelas. 

Sim, as estrelas do Céu, que desejávamos trazer para mais perto de nós. Por isso enfeitamos as vitrines da vida com essas lâmpadas multicolores. 

Sabe... Não precisaríamos de todas elas, pois uma só nos bastaria: a que representa a vinda para a Terra de um Amigo muito querido, que chamamos Jesus. 

Sim, o mesmo Jesus de nossa oração diária, com o qual conversamos rapidamente antes de você dormir. 

Bastaria uma estrela apenas... Que trouxéssemos mais para perto de nós. 

Nem todo mundo lembra disso, meu filho... E, embora em quase todos os lares possamos ver as estrelinhas brilhantes, na maioria deles, elas só estão reluzindo pelo lado de fora e não dentro de seus corações. 

Aqui em casa elas estão por toda parte, pois você gosta tanto delas, não é? E saiba que estão no coração do papai, da mamãe, e de todos aqueles que te amam muito! 

* * * 

Você ouvirá muito a palavra presente, e confesso a você que muitas pessoas vão pronunciar esta palavra sem a mínima idéia do que ela significa. 

Vão procurar esses tais presentes por aí, nas lojas, na televisão, na Internet, mas, não vão poder encontrar... 

Para você entender bem o que é um presente, basta que se lembre do rosto de sua mãe e de seu pai quando o abraçamos diariamente. 

Um presente é uma alegria que não acaba nunca, meu filho... 

Você verá alguns homens vestidos com uma roupa vermelha bonita, também. É bom se acostumar, pois eles estarão por toda parte. 

Talvez você se assuste um pouco com eles, mas saiba que eles representam a bondade no coração dos homens, bondade que faz com que as pessoas se desapeguem de suas coisas, e as doem a quem precisa mais do que elas. 

Você verá festas, comidas diferentes, ruas lotadas de pessoas, músicas belas. Mas saiba que tudo isso é apenas uma representação muito tímida do que realmente é o Natal. 

O Natal é um convite que nos é refeito todos os anos, filhinho, quando os Bons Espíritos do Universo voltam a nos dizer que nascemos e renascemos para amar, e que o amor deve estar acima de tudo na existência. 

Esperamos poder lhe apresentar o amor, ao longo desses natais que passaremos juntos. 

E para isso, voltaremos a falar, muitas e muitas vezes, desse Amigo que chamamos Jesus. O Jesus da oração antes de dormir, o Jesus do Natal, o Jesus do amor... 

Saiba ainda, filho amado, que, em seu primeiro Natal, seus pais agradecem muito ao Pai Maior por tê-lo ao seu lado. 

As estrelinhas aqui de casa vão brilhar por toda parte, e cada uma delas estará dizendo: Amo você. 

Feliz Natal, meu filho...

HISTÓRIA DE UMA VIDA

História de uma Vida

Tudo começou quando um dia, em minha mãe, num local bem protegido chamado trompa, dois elementos se encontraram: um de minha mãe, o óvulo, e outro de meu pai, o espermatozóide. Como dois apaixonados se aproximaram e se abraçaram tornando-se uma pequenina gota d’agua.
Esse foi o dia mais feliz de minha existência. Recomeçava para mim a oportunidade do retorno à carne, depois de passar um largo tempo no mundo espiritual.
Deram-me o nome de ovo. Eu era muito pequenino, muito menor do que um grão de areia. Iniciei então, uma longa viagem. Empurrado para diante por algo semelhante a cílios, que desenvolviam movimentos delicados como os do mar quando beija docemente a praia, indo e vindo, cheguei enfim a um lugar chamado útero.
Era um lugar macio, quentinho e logo notei não correr perigo. Sem muito esperar, fui me aninhando, agarrando-me firmemente em uma das paredes. Já contava com três dias de vida.
Aos poucos fui me cobrindo com uma membrana daquela mesma parede. Aos nove dias de vida, minha forma era a de um disco e tinha meio milímetro de diâmetro. Fui crescendo e aos doze dias de vida já tinha o dobro do tamanho: um milímetro.
Recebi o nome de embrião. Comodamente instalado, fui formando uma almofada que se chamava placenta, para que melhor me pudesse alimentar, retirando do organismo de minha mãe tudo o que precisava.
Já estava com quase um mês. A expectativa de minha existência era muito grande. A ansiedade de minha mãe se transformou em pura alegria quando os testes deram “positivo”. Agora era meu pai a querer saber se eu seria menino ou menina, louro ou morena, de olhos castanhos ou azuis.
Quando ele perguntou: como será ele? Fui logo respondendo: tenho forma da letra c, e pareço com um cavalo-marinho. Tenho um centímetro de tamanho.
Não sei se me ouviram mas o que sei é que redobraram cuidados e recomendações.
Aos dois meses, meu corpinho estava mais reto, minha boca mais formada, meu nariz começava a aparecer, meus olhos estavam mais desenvolvidos. Meu tamanho? Quatro centímetros. Meu peso? Cinco gramas.
Aos três meses já tinha forma de gente... E o tempo foi passando.
Emoção mesmo foi no dia em que mamãe pôde ouvir o meu coraçãozinho bater. Sentia como se fosse uma mensagem para ela. E era mesmo. Era meu agradecimento por tudo o que ela fazia e pensava por mim.
Ela esperava, papai aguardava e eu também. Como seria o nosso reencontro?
Seis, sete, nove meses. O médico marcou o dia de minha chegada. O meu enxovalzinho estava pronto e meu bercinho me aguardando. Última semana de espera.
Hoje me apresentei para toda a família. Que alegria! Meu primeiro dia de vida, nos braços de minha mãe.
*
Os filhos que nos chegam pelas vias da reencarnação são, quase sempre, espíritos amigos com os quais já vivemos em outras eras.
Chegam-nos, batendo à porta do coração, a solicitar entrada e quando lhes permitimos o ingresso no seio da família, se enchem de felicidade.
Podem ser comparados a aves pequenas que retornam ao ninho, após exaustivas andanças por outras terras, à procura de carinho, ternura e abrigo.
Fiquemos atentos e jamais fechemos as portas do nosso amor a esses pássaros implumes que nos buscam desejando oportunidade para retornar à vida física.
Texto do CD Momento Espírita vol 3 - baseado em Apostila do grupo de gestantes da USE.

MARICOTA SERELEPE


I - MARICOTA SERELEPE 
Maricota Serelepe
Era menina travessa...
Não havia disciplina
Que lhe dobrasse a cabeça. 
Gostava de más respostas.
Na escola, em casa, nas ruas,
Vivia desordenada
A fazer sempre das suas. 
Em vão, ganhava conselhos
Dos amigos para o bem.
Maricota Serelepe
Não atendia a ninguém. 
Não era apenas sapeca:
Fugia a qualquer dever.
Vivia a brutalidade,
Fazia o mal por prazer. 
II - MALCRIADA 
A mamãe aconselhava:
- Minha filha, veja lá!
Céu castiga a menina
Que se faz grosseira e má. 
A pequena respondia:
- A senhora nada sabe.
Concluindo num cochicho:
- Gente velha que se acabe. 
A professora também
Lhe falava, com carinho:
- Maricota, minha filha,
Não saia do bom caminho! 
A aluna desrespeitosa
Dizia, cabeça tonta:
- O que eu fizer, professora,
Não será de sua conta... 
III - INDISCIPLINADA 
Aos onze anos bem-feitos,
Agindo e vivendo às cegas,
A menina endiabrada
Era o terror dos colegas. 
Desprezava os bons avisos.
Por mais se lhe castigasse,
Resistia às punições,
Perturbando toda a classe. 
Rasgava livros, cadernos,
Esvaziava tinteiros,
Lançando borrões escuros
À roupa dos companheiros. 
Tanto fez, tanto saltou
A endiabrada menina,
Que foi expulsa, mais tarde,
Em favor da disciplina. 
IV - VADIA 
Desde então, ficou sabendo
A vadiagem de cor;
Sem conselhos e sem livros,
Ficou pior, bem pior .... 
Dizia, à mamãe bondosa,
Que prosseguia a estudar,
Mas punha-se, em plena rua,
A mentir e perturbar. 
Não lhe chegavam agora
As horas grandes do dia.
Depois de fechada a noite,
A endiabrada fugia... 
Aprendeu na malandragem
O furto, o assovio, a vaia;
Em breve tempo, encontrou
Meninos de sua laia. 
V - PREGUIÇOSA 
Escapulindo ao trabalho,
Expulsa dos bens da escola,
Fazia-se pobrezinha,
Saindo a pedir esmola. 
Enganava os transeuntes,
Prendendo-lhes a atenção;
Xingava o trabalho sério
E tinha horror ao sabão. 
Como o pássaro ocioso,
Que a todo dia se atrasa,
Maricota Serelepe
Raramente vinha a casa. 
A mãe bondosa rogava
Mais cautela, mais juízo,
Mas a menina exclamava:
- De conselhos não preciso! 
VI - MALDOSA 
Atacava os cães amigos
A vozerio e pancadas;
Tratava todo gatinho
A brasa viva ou pedradas. 
Se avistava a palha seca
Da casa dos passarinhos,
Não hesitava um minuto:
Vibrava golpes nos ninhos. 
Matava filhotes tenros
Com grosseria sem-nome;
Prendia as aves canoras,
Exterminando-as à fome. 
Se passava no terreiro,
A galinhada fugia,
Sabendo que Maricota
Vibrava pancadaria. 
VII - DESVIADA 
De rua em rua, a esconder-se,
A menina, a passo curto,
Era um demônio pequeno,
Exercitado no furto. 
Varando portas estreitas,
Pulando grandes janelas,
Sabia correr dos guardas
E burlar as sentinelas. 
Espreitava nas quitandas
O instante exato das vendas,
Para assaltar os meninos
Carregados de encomendas. 
Fosse qual fosse o momento,
Horas claras ou sombrias,
Roubava doces, brinquedos,
De lojas e padarias. 
VIII - MORTA 
Um dia, furtando jóias,
Maricota teve a mão,
Que se agitava com pressa,
Mordida de escorpião. 
Era o castigo afinal,
À maldade, à rebeldia;
Maricota Serelepe
Caiu em breve agonia. 
Pilhada por delinqüente,
A menina envenenada
Foi conduzida ao socorro,
Deprimida, envergonhada. 
Não lhe valeu, todavia,
O tratamento mais forte...
Findo o dia doloroso,
Em ânsias, rendeu-se à morte. 
IX - AFLITA 
Distante do corpo frio,
Maricota, sem repouso,
Notou que a morte era um anjo
De olhar terno e carinhoso... 
Ajoelhou-se a coitada,
Chorou e pediu assim:
— Mensageiro da Bondade,
Compadece-te de mim!... 
— Minha filha — disse ele —,
Desejava auxiliar-te,
Mas, há monstros que te buscam,
Chegando de toda a parte. 
Depois de um minuto longo,
Afirmou, cheio de dor:
— Ah! filha, repara em torno,
Pede o perdão do Senhor. 
X - CASTIGADA 
Maricota não mais viu
A luz do emissário santo;
Olhando em redor gritava,
Tomada de enorme espanto. 
Buscava correr em vão...
Oh! não, não queria ouvi-los!
Eram serpentes, dragões,
Lagartos e crocodilos. 
Os monstros, porém, chegavam...
Um deles, grande inimigo,
Disse a ela: — "Maricota,
Agora estamos contigo. 
Somos filhos da maldade
— Prosseguiu forte e iracundo -,
Do furto e da vadiagem
Que procuravas no mundo". 
XI - ATORMENTADA 
- Deixem-me, monstros! - pedia
A Pobrezinha, a chorar;
Mas os lagartos e as cobras
Puseram-se a gargalhar. 
- Deixá-la? - disse o maior -
Teu pedido não nos vence,
Tua vida, Maricota,
Desde muito, nos pertence. 
Ajudamos-te a roubar,
A vadiar, a fingir...
Agora, és nossa, bem nossa,
Não podes escapulir. 
- Oh! que horror! - disse a infeliz.
Ninguém para consolá-la!...
Pôs-se, lívida, a correr
E os monstros a acompanhá-la... 
XII - SUPLICANTE 
Longos dias, longas noites,
Maricota, em aflição,
Atravessou negros vales,
Gritando e chorando em vão. 
Precipitou-se em abismos,
Sem esperança e sem paz,
Clamava, seguindo à frente,
E os monstros seguindo atrás... 
Sentiu sede, sentiu fome,
Na jornada em correria...
Quanto tempo a padecer?
Maricota não sabia... 
Depois de muita oração,
Na angústia do cativeiro,
Jesus, o Divino Amigo,
Enviou-lhe um mensageiro. 
XIII - ANSIOSA 
Tão logo veio o emissário
De socorro e salvação,
Os monstros, espavoridos,
Mudaram de direção. 
A menina, arrependida,
Ajoelhou-se, entre ais,
E exclamou: Anjo Divino,
Socorro! não posso mais!... 
Tenho chorado e sofrido,
Atormentada de dor.
Por piedade! Salvai-me!
Dai-me o Céu do Deus de Amor!... 
Fitando, de olhar dorido,
O azul e estrelado véu,
Suplicava compungida:
- Dai-me a luz da paz do Céu!... 
XIV - AMPARADA 
O Anjo amoroso afagou-a,
Dizendo com caridade:
- Em nome da Providência,
Devolvo- te a liberdade. 
Mas, ouve, minha menina:
Se queres luz, agasalho,
Não podes entrar no Céu,
Sem a bênção do trabalho. 
Viveste pela maldade,
Sem respeito, sem carinho,
Não ouviste os bons conselhos,
Fugiste do bom caminho. 
Aceitas a corrigenda
Do Pai bondoso e perfeito?
Maricota, ajoelhada,
Em pranto, exclamou: Aceito! 
XV - CORRIGIDA 
Foi então que apareceu,
De feia e enorme estatura,
Um zelador de crianças:
O Gigante Mão Segura. 
O mensageiro do Cristo
Explicou-lhe: Esta menina
Necessita recolher-se
Aos campos de disciplina. 
Até que se regenere,
Dê-lhe recursos de emenda.
Praticou muita maldade,
Precisa de corrigenda. 
Nesse instante, Maricota
Foi levada, em aflição,
Para um campo escuro e triste
De serviço e de prisão. 
XAVIER, Francisco Cândido. História de Maricota. Pelo Espírito Casimiro Cunha. FEB.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

MEDIUNIDADE SEGUNDO O ESPIRITISMO


    O Evangelho Segundo o Espiritismo

Mediunidade gratuita (II)
A par da questão moral, apresenta-se uma consideração efetiva não menos importante, que entende com a natureza mesma da faculdade. A mediunidade séria não pode ser e não o será nunca uma profissão, não só porque se desacreditaria moralmente, identificada para logo com a dos ledores da boa-sorte, como também porque um obstáculo a isso se opõe. É que se trata de uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e mutável, com cuja perenidade, pois, ninguém pode contar.
Constituiria, portanto, para o explorador, uma fonte absolutamente incerta de receitas, de natureza a poder faltar-lhe no momento exato em que mais necessária lhe fosse. Coisa diversa é o talento adquirido pelo estudo, pelo trabalho e que, por essa razão mesma, representa uma propriedade da qual naturalmente lícito é, ao seu possuidor, tirar partido. A mediunidade, porém, não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade. Pode subsistir a aptidão, mas o seu exercício se anula. Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. Explorar alguém a mediunidade é, conseguintemente, dispor de uma coisa da qual não é realmente dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga. Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa idéia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão. (Veja-se: O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVIII. — O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. XI.)
A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.
Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 9 e 10.)

OS TRÊS LEÕES

Título :O Buscador
Autor:Desconhecido
Data:01/12/2001
Fonte:O Mensageiro
MENSAGENS
         
Esta é a história de um homem a quem eu definiria como um buscador...
Um buscador é alguém que busca, não necessariamente alguém que encontra.
Também não é necessariamente alguém que sabe o que está buscando. É simplesmente alguém para quem sua vida é uma busca permanente.
Um dia o buscador sentiu que devia ir à cidade de Kammir. Ele tinha aprendido a obedecer rigorosamente a estas sensações que surgiam de algum lugar desconhecido de si mesmo, de maneira que abandonou tudo e partiu.
Após dois dias de marcha em empoeirados caminhos, lá longe divisou Kammir.
Um pouco antes de chegar à cidade, chamou-lhe poderosamente a atenção uma colina que se encontrava à direita do caminho. Ela estava coberta de um verde maravilhoso, com numerosas árvores, pássaros e flores encantadoras; tudo estava rodeado por uma pequena cerca envernizada.
...Uma pequena porta de bronze o convidava a entrar.
De repente sentiu que esquecia da cidade e não resistiu à tentação de descansar um momento naquele lugar.
O buscador atravessou o portal e começou a caminhar lentamente entre as
brancas pedras distribuídas como que aleatoriamente entre as árvores.
Permitiu que seus olhos pousassem como borboletas em cada detalhe desse paraíso multicolor.
Seus olhos eram olhos de um buscador e, talvez por isso, descobriu sobre uma daquelas pedras aquela inscrição: "Abdul Tareg viveu 8 anos, 6meses, 2 semanas e 3 dias."
Sentiu-se um pouco angustiado ao perceber que essa pedra não era simplesmente uma pedra, era uma lápide.
Sentiu pena ao pensar em uma criança tão nova enterrada naquele lugar.
Olhando ao redor, o homem se deu conta de que a pedra seguinte também tinha uma inscrição. Aproximou-se e viu que estava escrito: "Yamir Kalib, viveu 5 anos, 8 meses e 3 semanas."
O buscador sentiu-se terrivelmente transtornado. Esse belo lugar era um cemitério e cada pedra era uma tumba.
Uma por uma começou a ler as lápides. Todas tinham inscrições similares: um nome e o exato tempo de vida do morto. Porém, o que lhe causou maior espanto foi comprovar que quem mais tinha vivido, apenas ultrapassava os 11 anos...
Invadido por uma dor muito grande, sentou-se e começou a chorar.
A pessoa que tomava conta do cemitério, que nesse momento por ali passava, aproximou-se.
Permaneceu em silêncio enquanto olhava o homem chorar e, após algum tempo, perguntou-lhe se chorava por alguma pessoa da família.
- Não, ninguém da família. - respondeu o buscador - O que se passa nessa cidade? Que coisa tão terrível acontece aqui? Por que tantas crianças mortas enterradas neste lugar? Qual a horrível maldição que pesa sobre essas pessoas que as obrigou a construir um cemitério de crianças?
O velho sorriu e falou:
-Pode acalmar-se. Não existe nenhuma maldição.
O que acontece é que aqui temos um antigo costume que lhe contarei...
Quando um jovem completa seus quinze anos, ganha de seus pais uma caderneta, como esta que eu mesmo levo aqui, pendurada no pescoço.
É uma tradição entre a gente, que a partir desse momento, cada vez que você desfruta intensamente de alguma coisa, abre sua caderneta e escreve nela:
- À esquerda o que foi desfrutado...
- À direita, o tempo que durou o prazer.
Conheceu uma moça e se apaixonou por ela. Quanto tempo durou essa enorme paixão e o prazer de conhecê-la? Uma semana? Duas? Três semanas e meia?...
E depois..., a emoção do primeiro beijo, quanto durou? O minuto e meio do beijo?
Dois dias? Uma semana?...
E a gravidez ou o nascimento do seu primeiro filho...?
E o casamento dos amigos?
E a tão desejada viagem?
E o encontro com o irmão que retorna de um longínquo país?
Quanto tempo desfrutou dessas situações...?Horas? dias...?
Assim, vamos anotando na caderneta cada momento que desfrutamos..., cada momento.
Quando alguém morre, é nosso costume abrir a caderneta e somar o tempo desfrutado para gravá-lo sobre a pedra, porque este é para nós, o único tempo VIVIDO.

OS TRÊS LEÕES


Numa determinada floresta havia três leões. Um dia o macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda a bicharada da floresta e disse:
- Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais, mas há uma dúvida no ar: existem três leões fortes.  Ora, a qual deles nós devemos prestar homenagem?  Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei?
Os três leões souberam da reunião e comentaram entre si: - É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido, uma floresta não pode ter três reis, precisamos saber qual de nós será o escolhido.  Mas como descobrir?  Essa era a grande questão: lutar entre si eles não queriam, pois eram muito amigos.
O impasse estava formado.  De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso.  Depois de usarem técnicas de reuniões do tipo brainstorming, etc., eles tiveram uma idéia excelente.  O macaco se encontrou com os três felinos e contou o que eles decidiram:
- Bem, senhores leões, encontramos uma solução desafiadora para o problema.  A solução está na Montanha Difícil. – Montanha Difícil?  Como assim?
- É simples, ponderou o macaco.  Decidimos que vocês três deverão escalar a Montanha Difícil.  O que atingir o pico primeiro será consagrado o rei dos reis.
A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta. O desafio foi aceito.  No dia combinado, milhares de animais cercaram a Montanha para assistir a grande escalada.
O primeiro tentou.  Não conseguiu.  Foi derrotado.  O segundo tentou.  Não conseguiu.  Foi derrotado.  O terceiro tentou. Não conseguiu.  Foi derrotado.
Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma vez que os três foram derrotados?  Foi nesse momento que uma águia sábia, idosa na idade e grande em sabedoria, pediu a palavra:
- Eu sei quem deve ser o rei!!!  Todos os animais fizeram um silencio de grande expectativa. – A senhora sabe, mas como? Todos gritaram para a águia.
– É simples, confessou a sábia águia, - eu estava voando entre eles, bem de perto e, quando eles voltaram fracassados para o vale, eu escutei o que cada um deles disse para a montanha. O primeiro leão disse: - Montanha, você me venceu!  O segundo leão disse: - Montanha, você me venceu!  O terceiro leão também disse: - Montanha, você me venceu, por enquanto!  Mas você, montanha, já atingiu seu tamanho final, e eu ainda estou crescendo.
– A diferença, - completou a águia, - é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim é maior que seu problema: é rei de si mesmo, está preparado para ser rei dos outros.  Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiro leão, que foi coroado rei entre os reis.
Moral da História:
Não importa o tamanho de seus problemas ou dificuldades que você tenha; seus problemas, pelo menos na maioria das vezes, já atingiram seu nível máximo, mas você não.  Você ainda está crescendo.  Você é maior que todos os seus problemas juntos.  Você ainda não chegou ao limite de seu potencial e performance.  A Montanha das Dificuldades tem tamanho fixo, limitado.  E, lembrem daquele ditado:  “Não diga a Deus que você tem um grande problema, mas diga que você tem um grande Deus.”  


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Caso Suzane Von Richthofen - Visão espírita

O MUNDO NÃO É MAIS O MESMO

    O Mundo Não é Mais o Mesmo

    Quando uma catástrofe de grandes proporções assume as manchetes dos meios decomunicação de massa, o povo declara, indignado:
    “O mundo não é mais o mesmo!”
    No entanto, a cada momento que um cidadão melhora, com sua ação, uma situação qualquer, pode-se dizer que o mundo não é mais o mesmo:
    Está melhor.
    Quando uma pessoa adota uma criança sem pais; quando alguém de boa vontade dedica seu tempo a um idoso desvalido; quando pessoas de bem visitam presídios e levam afeto a delinqüentes infelizes, podemos dizer que o mundo está um pouco melhor.
    Quando voluntários se dedicam a crianças que não têm acesso à arte, à cultura, à escola, o mundo não é mais o mesmo, está melhor.
    E quando um homem doa seu tempo e seus conhecimentos em prol da construção da liberdade de povos que sequer falam a sua língua, podemos afirmar com certeza:
    O mundo está bem melhor.
    Pouco se ouvia falar do cidadão Sérgio Vieira de Mello até o dia em que um carro-bomba explodiu sob a janela de seu escritório, no Iraque.
    No entanto, aquele homem singular tinha um ideal bem definido, ao qual dedicou trinta e cinco anos de sua curta jornada terrestre.
    Era um homem que se compadecia com a desgraça do próximo.
    Por sua diplomacia, firmeza e doçura, foi enviado pela organização das nações unidas para ajudar na solução dos conflitos deixados no Iraque após a invasão norte-americana.
    Ele atuou em Kosovo, Timor Leste, Moçambique, Sudão, Chipre, Peru, sempre com o intuito de promover a paz e a concórdia entre povos em conflito.
    A cada uma das suas ações de paz, certamente o mundo ficava um pouco melhor.
    ...Um homem..., uma vida..., um ideal.
    ...O mundo não é mais o mesmo...
    As luzes do palco físico se apagavam lentamente para aquele trabalhador incansável...
    Seu corpo físico estava ferido e preso entre os escombros, mas a dor não impedia aquele construtor de um mundo melhor de pensar em seus amigos e companheiros de jornada...
    bombeiro que tentou salvá-lo, “disse que em momento algum, mesmo em suas últimas horas, o brasileiro mencionou que era Sérgio Vieira de Mello, funcionário veterano da ONU e o homem escolhido pelo secretário-geral da organização, Kofi Annan, para liderar a missão no Iraque.”
    Disse, ainda, que enquanto conversava com Sérgio para mantê-lo consciente, ele perguntava:
    Como estão todos? Há quantas pessoas feridas? Você pode me dizer o que aconteceu?
    Mesmo ferido e sentindo dores acerbas, Sérgio pensava nos outros.
    Poucas horas mais tarde, o missionário saía de cena...
    Deixava os palcos terrenos onde desempenhou com maestria o papel que lhe competia...
    No instante derradeiro, quando suas forças estavam no fim, Sérgio usou o sopro de voz que lhe restava para expressar o desejo de que a ONU continuasse no Iraque.
    “Não deixe que eles retirem a missão”, disse ao bombeiro que lhe prestava socorro.
    Por tudo isso hoje, hoje podemos dizer que o mundo não é mais o mesmo... está melhor. Porque um homem, que não era, nem pretendia ser santo, fez a sua parte.
    Um homem que colocou seu tijolo de amor na construção de um mundo onde a paz possa ser, um dia, realidade.
    ...Um homem, um ideal, uma vida.
    Sérgio Vieira de Mello escreveu, com as tintas inapagáveis do amor ao próximo, sua história... e deu a vida peloideal de um mundo livre e soberano, onde os direitos humanos sejam efetivamente respeitados.
    E, como tantos outros, ao fechar a mala e retornar para casa, Sérgio pôde dizer:
    Meu dia de trabalho acabou.
    Mas não posso dizer: minha vida acabou.
    Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte.
    O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem.
    Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente.

     A+ | A- | Imprimir | Envie para um(a) amigo(a) | Me