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domingo, 15 de novembro de 2015

HISTÓRIAS ESPÍRITAS

Certa noite, Jane teve uma ideia. Depois de a ter colocado na cama, ajeitado as cobertas, levantado a grade lateral, acariciou seu rosto e debruçando-se, a beijou, dizendo: Boa noite, querida.
Foi como se uma comporta se abrisse. Lágrimas caíram pelo rosto de Kate.
Chris sempre me dava um beijo de boa noite. Sinto tanta falta dele. Tanta falta do beijo que ele me dava na hora de dormir.
E, enquanto a enfermeira lhe enxugava as lágrimas, Kate continuou:
Sem o beijo dele parece que eu não estou indo dormir. Muito obrigada por me dar um beijo.
Sabe, continuou, Chris costumava cantar para mim. Eu deito aqui à noite e penso nisso. Na canção que ele cantava aos meus ouvidos.
E como era? – Perguntou Jane.
Kate sorriu, segurou a mão da enfermeira, limpou a garganta. E, com sua voz pequena, mas ainda melodiosa, cantou: Me beije, meu amor, e então nos separaremos. E quando eu estiver muito velha para sonhar, este beijo estará bem vivo no meu coração.
*   *   *  *  *  *  *
Os anos podem vincar a face, desenhando sulcos. Os anos podem tornar os cabelos grisalhos e transformar moças ligeiras em senhoras que demoram um pouco mais para trocar o passo.
Os anos podem transformar um jovem robusto em um velho sábio. Mas o que melhor fazem os anos é tornar o amor maduro, duradouro, profundo.
Por isso, se você tiver avós por perto, seus ou de outros, não esqueça de lhes atender as necessidades primordiais do coração.
Especialmente, se estão sós, porque o companheiro ou companheira já realizou a sua maior e grande viagem para o Além.
Pense que mais do que alimento, remédio, agasalho e teto, eles precisam de amor. Um gesto de ternura que reproduza os tantos que os alimentaram um ao outro, durante o longo percurso das suas tão proveitosas vidas.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Um beijo de boa-noite,
de autoria de Phyllis Volkens, do livro 
Histórias para aquecer o coração 

das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read 
Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante.
Em 1.12.2014.
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Publicado por  em 04/12/2014 in Reflexão

Um bom sentimento no coração

bom sentimento
Dois meninos caminhavam ao longo de uma estrada, que se estendia através de um campo.
À beira do caminho viram um casaco velho e um par de sapatos surrados.
Ao longe vislumbraram o dono que trabalhava naquele campo.
O rapaz mais novo sugeriu que eles escondessem os sapatos, se escondessem eles mesmos, e ficassem ali observando a expressão de surpresa do dono, quando retornasse.
O menino mais velho achou que isso não seria tão bom.
Ele disse que, pelo aspecto da roupa e dos sapatos, o dono deveria ser um homem muito pobre.
Então, depois de falarem sobre o assunto, por sua sugestão, concluíram que tentariam outra experiência: ao invés de esconder os sapatos, iriam colocar uma moeda de prata em cada um, e observar o que o dono faria quando descobrisse o dinheiro.
E foi o que fizeram.
Logo, o homem regressou do local onde trabalhava, colocou seu casaco, calçou um pé em um sapato, sentiu algo duro, levou-o para fora e encontrou um dólar de prata.
Maravilha e surpresa brilharam em seu rosto.
Ele olhou para a moeda uma vez e outra vez, virou-se e não conseguiu ver ninguém ali por perto.
Em seguida, calçou o outro sapato.
Para seu grande espanto, encontrou outra moeda de prata.
Ele começou a chorar, ali, sentado sobre o campo.
Em seguida ajoelhou-se, e ofereceu em voz alta uma oração de agradecimento, na qual falou de sua esposa que estava doente e sem esperança, e sobre seus filhos, indefesos, sem comida.
Fervorosamente, agradeceu a Deus por essa graça, vinda de mãos desconhecidas, e evocou as bênçãos dos céus sobre aqueles que lhe deram a ajuda de que precisava.
Os meninos permaneceram escondidos até ele ir embora. Haviam presenciado toda a cena.
Eles tinham sido tocados por sua oração, e sentiram um calor dentro de seus corações.
Enquanto saíam a pé pela estrada, disse um ao outro: Então, realmente, você não tem um bom sentimento no coração?
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Haverá dia em que todos nós, sem exceção, entenderemos porque há apenas um caminho, o caminho do bem.
Haverá dia em que apenas esse tipo de felicidade interior irá nos saciar, em que não mais buscaremos preencher os vazios da alma de outras formas.
Haverá dia em que compreenderemos Jesus e Sua mensagem maior, resumida no amor, simplesmente no amor: a Deus, ao próximo e a nós mesmos.
Enquanto esse dia não chega cabe-nos realizar as pequenas conquistas, dar os primeiros passos, viver as primeiras felicidades autênticas possíveis na Terra.
Percebamos em nosso coração o sentimento que predomina quando podemos ser úteis a alguém, quando, de alguma forma, significamos algo na vida de outra pessoa.
Analisemos esse sentimento, tentemos compreender de onde ele vem, tentemos compreender de onde vem a alegria de ouvir um Você é muito importante para mim.
O amor já está na Terra há muito tempo. Não é segredo para ninguém. Não é propriedade dos sábios, dos doutos. Ele está aí, esperando por mim, esperando por você, esperando por nós.
Redação do Momento Espírita, com base em trecho
do discurso 
Lições que aprendi quando menino,
do Rev. Gordon Hinckley, encontrado no
site www.lds.org
Em 11.11.2014.
1 Comentário
Publicado por  em 14/11/2014 in Reflexão

Atritos

atritos
Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos. Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos. Sem eles, a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes. 
Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas.
Faz parte… Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência. Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos.
Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores…
Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de DEUS, é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado? Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor…
Pois, DEUS fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR.
DEUS deu a cada um de nós essa capacidade, a de AMAR… Mas temos que aprender como.
Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.
Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor.
Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e… os superando. Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento… E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!
Não existe outra forma de descobrir o AMOR.
E sem ele a VIDA não tem significado.
(Roberto Crema)
– Presidente do Colégio Internacional dos Terapeutas – UNIPAZ. –

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