Não tenha medo de quem te ama
Não tenha medo, pois quem te ama de verdade, jamais fará deliberadamente, algo para lhe prejudicar.
Só fará alguma coisa parecida, quem considera o outro uma propriedade, da qual não quer abrir mão por mero capricho.
Quem sente o amor com pureza d’alma, preferirá inclusive ir embora, para não atrapalhar sua felicidade, se você não sentir do mesmo jeito.
Não tenha medo… Porque quem ama genuinamente, estará sempre de portas, coração e braços abertos a qualquer momento que você precisar ou simplesmente quiser, pois será seu amigo fiel além do tempo.
Aquele que ama tem como marca a coragem de priorizar a felicidade do ser amado, mesmo que isto custe a sua. E por incrível que pareça, esta coragem desperta o medo, já que nos acostumamos a entender por amor o que nada mais é que apego e sentimento de posse.
Mas, chegará o dia em que compreenderemos que o verdadeiro amor se baseia na amizade e no respeito à individualidade.
E não importa a distância e nem o tempo, pois como diz o poeta Carlos Drumond de Andrade: “Amar se aprende amando e só quem ama escutou o apelo da eternidade.”
Silvia Gomes
Etiquetas: amigo fiel, apego, coragem, eternidade, individualidade, medo, sentimento de posse, sentir
A fome maior
Desde algum tempo, uma grande mobilização se iniciou em nosso país e no mundo, com o intuito de acabar com a fome.
Todos se mobilizam no ideal de saciar a fome dos corpos. Ação mais do que justa.
O assunto, contudo, não é novo. O problema da fome sempre rondou a Humanidade, em épocas variadas.
O autor Amado Nervo, em seu livro Plenitud, capítulo Todos têm fome, escreve: Neste orbe, todos têm fome: fome de pão, fome de luz, fome de paz, fome de amor.
Este é o mundo dos famintos. A fome de pão, melodramática e ruidosa, é a que mais comove, porém não é a mais digna de comiseração.
Existe a fome de amor. Muitos desejam ser amados, ter alguém que os queira e passam pela vida sem ninguém que lhes conceda uma migalha de carinho.
Há os famintos de luz. Espíritos que anseiam por conhecimentos e não conseguem ter a sua fome atendida.
Finalmente, a fome de paz que atormenta a quantos trazem os pés e o coração a sangrar.
Muita sabedoria encerram estas palavras. A fome do corpo é uma só. Mas a fome do Espírito apresenta várias faces, cada uma de efeitos mais alarmantes.
A fome de pão atinge somente o indivíduo. Não contamina a terceiros. As outras espécies de fome generalizam suas consequências e comprometem a coletividade.
A fome de amor, de luz e de paz fomenta muitas tragédias. Quem não se sente amado, quem não tem luz e nem paz é a criatura que se torna manchete como promotora de crimes terríveis.
O crime, nos seus aspectos mais variados, resulta de uma falha moral, de um nível baixo de Espiritualidade, de um desequilíbrio psíquico.
A grande solução está na educação convenientemente compreendida e ministrada. Educação que se volta para o ser espiritual.
Dessa forma, a Humanidade encontrará a sua solução na educação.
Educar a criança é semear o bom grão. É preparar uma nova sociedade. É criar um mundo melhor onde habitará a justiça.
Um mundo onde reinará a solidariedade, garantindo o pão para todos.
Um mundo de fraternidade que a todos oferecerá ensejo de revelar suas capacidades.
É tempo de investir na transformação do indivíduo. É tempo de deixarmos de permanecer alheios ao processo cuja eficácia é indiscutível na melhoria individual e social: a educação.
Cabe-nos, assim, o engajamento na luta contra a fome.
Voltemos nossa atenção para a escola. Eduquemos a criança no lar, desde pequena.
Naturalmente, é um projeto a longo prazo. Trata-se do preparo e cultivo do solo que, após os devidos cuidados, produzirá frutos de acordo com a sementeira feita.
* * *
Para atender a fome do corpo, basta um pedaço de pão.
Para atender a fome generalizada do ser humano, necessária se faz a luz da razão, que espanca as sombras de quem avança em sofrimento ou limitação.
E educação é o desenvolvimento harmônico de todas as faculdades do Espírito, para que este se torne luz, adquira paz e exercite o amor.
Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 25, do livro O mestre na educação, de
Pedro de Camargo, ed. FEB.
Em 10.10.2015.
cap. 25, do livro O mestre na educação, de
Pedro de Camargo, ed. FEB.
Em 10.10.2015.
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